Há quase 60 anos existe um grupo de pessoas que se alternam voluntariamente para oferecer apoio emocional e prevenção do suicídio de maneira sigilosa e sem aconselhamentos. Esse grupo, que hoje ultrapassa os 4.000 voluntários em todo o país e realizou 3 milhões de atendimentos em 2018 é o CVV (cvv.org.br).

“No início, o atendimento era pessoal, por carta ou telefone, a máxima tecnologia na época”, comenta Carlos Correia, voluntário e porta-voz do CVV. “Hoje, além desses modelos, nosso serviço é acessível por chat e e-mail, além de aperfeiçoarmos o telefone, possibilitando que o voluntário esteja em qualquer município do Brasil, ou até em outro país”, complementa.

Em dezembro, muitas questões costumam ser resolvidas ou listadas para a passagem de ano. Uma delas é a famosa lista de promessas de ano novo. “Cogitar a possibilidade de se tornar voluntário do CVV pode fazer parte dessa lista”, afirma Carlos. “Uma vez que não é necessário ter uma formação específica, existem diferentes maneiras de atuação, inclusive sem sair de casa, e o voluntário pode determinar o melhor horário e dia da semana para seu plantão, o CVV é uma oportunidade possível para muita gente”.

Carlos comenta que quem tem pelo menos 18 anos de idade, tempo para os plantões semanais e vontade de acolher pessoas desconhecidas sem julgamentos ou preconceitos pode se candidatar ao voluntariado, diretamente no site do CVV, e participar dos cursos de seleção e preparação. “Não somos super-heróis ou diferentes de ninguém, somos somente pessoas que, por diferentes motivações, resolvemos utilizar parte de nosso tempo a serviço de pessoas que precisam conversar”, explica. “E muitos de nós fazemos esses atendimentos há mais de 20 ou 30 anos, ou seja, é recompensador”.

Outra situação muito comum em dezembro é o aumento da procura pelo atendimento do CVV. Segundo Carlos, em média o último mês do ano tem 20% mais atendimentos do que os demais 11 meses. “Em períodos de festas, algumas pessoas se sentem ainda mais solitárias, sem perspectivas ou angustiadas”, diz Carlos. O 188, telefone do CVV sem custo de ligação e de alcance nacional, funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano, inclusive no Natal e Ano Novo.

Sobre o CVV

O CVV presta serviço voluntário e gratuito de prevenção do suicídio e apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os cerca de 3 milhões de atendimentos anuais são realizados por 4.000 voluntários em mais de 120 postos de atendimento pelo telefone 188 (sem custo de ligação),  ou pelo www.cvv.org.br via chat, e-mail ou carta.

A entidade realiza também ações presenciais, como palestras, Curso de Escutatória e grupos de apoio a sobreviventes do suicídio – GASS (https://www.cvv.org.br/cvv-comunidade/). O CVV é uma entidade financeira e administrativamente independente, mantendo-se por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas – para colaborar, acesse https://www.cvv.org.br/colabore.

Sobre o suicídio

O suicídio é um problema de saúde pública que mata pelo menos um brasileiro a cada 45 minutos, mais do que a Aids e muitos tipos de câncer, porém pode ser prevenido em 9 de cada 10 casos. O movimento Setembro Amarelo, mês mundial de prevenção do suicídio, iniciado em 2015, visa sensibilizar e conscientizar a população sobre a questão – www.setembroamarelo.org.br

* Dados do Ministério da Saúde

Mais informações

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