Ela tinha apenas 11 anos de idade mas já sabia o que queria ser no futuro! Além disso, apesar da tenra idade, tinha a responsabilidade de cuidar da casa (já que seus pais trabalhavam fora) e do seu irmão mais novo.

Aprendeu cedo a enfrentar as situações da vida, porém, sem perder a essência da infância. Jogava queimada na rua, andava descalça, apertava campainha e saía correndo com os amigos, brincava com as bonecas (feitas de pano). Enfim, mesmo com a responsabilidade que a vida lhe impôs tão cedo, a garotinha também curtiu e viveu como qualquer criança (e isso não era considerado trabalho escravo).

Pelo contrário, ela via a luta de seus pais para criar os filhos – de maneira simples e humilde. Respeitava seus ensinamentos religiosos e valores como honestidade, solidariedade , fé e bondade, dentre outros.

Pensando em deixar a mãe mais feliz, a garotinha fazia questão de arrumar a casa (aliás queria deixar brilhando, talvez daí, o toque de limpeza que tem hoje), além de cuidar do seu irmão. Depois, aguardava ansiosa o retorno da mãe do trabalho, que carinhosamente sempre a elogiava.

Naquele tempo, as coisas eram mais difíceis, dependendo das condições financeiras de cada um, claro. As crianças não tinham tudo, como acontece atualmente. Para ganhar um presente – ufa – levava um ano inteiro. Só no Natal. E como o Natal demorava para chegar! Diferentemente do que fazemos hoje com nossos filhos.

Claro que os tempos são outros, não existia essa violência, as escolas estaduais realmente ensinavam e os professores eram os segundos pais das crianças. Hoje, superprotegemos nossos filhos, oferecemos tudo que há de melhor, queremos que eles sejam grandes profissionais, encontrem uma pessoa que os amem e que sejam ¨felizes para sempre¨.

Apesar de todo esforço, sabemos que os filhos são criados para o mundo. Fernando Pessoa já dizia: ¨A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo¨. Desnecessária no sentido bom da palavra, tá?!

Desnecessária é saber que fizemos nosso melhor e que chegou a hora dos nossos filhos alçarem seus próprios vôos. Desnecessária, porém, presente. Fazendo com que eles saibam que somos um porto seguro! Que sempre estaremos ali, apoiando, dando suporte, rindo, chorando e, principalmente, pedindo a Deus que cuide deles. 

Ah, lá no comecinho do texto, quando descrevi uma garotinha de 11 anos que já sabia o que queria ser no futuro, só para vocês saberem, essa menina sou eu! E a profissão escolhida desde sempre : Jornalista! Lutei e consegui! Quanto à mãe desnecessária de Fernando Pessoa, agradeço todos os dias à minha mãe! Um exemplo de mulher guerreira, que soube se tornar desnecessária, mas que foi, e é, a mãe mais presente em todas as fases da minha vida!

É isso pessoal! Às vezes é bom lembrar quem realmente somos e da onde viemos! Isso mantém a nossa essência!

Beijão. Tchau! Até a próxima! 

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