Com a escrita é possível não só criar universos mágicos e fantásticos, mas também relatar situações de vida e do dia a dia das pessoas. É possível criticar políticas, ideais e paradigmas. 

Assim nasceu o livro Fique! do autor bauruense Matheus Dumalak. Explorando a temática LGBT+, a obra conta sobre o relacionamento a distância entre dois jovens: Gustavo e Guilherme.

A trama se desenvolver a partir de situações do dia a dia e os desafios dos garotos perante o relacionamento, a sociedade e a família. 

Esse é o primeiro livro publicado do bauruense e já está a venda! Além disso, Matheus revela que já está com novas história prontas!

Confira um pouco o bate papo com o autor:

– Como surgiu a sua paixão pela escrita?

Sempre gostei de escrever, na verdade. Foi uma forma que encontrei de transbordar-me. Hoje, o mundo é muito superficial e poucas pessoas são sensíveis aos sentimentos e emoções (sejam emoções cotidianas ou mais significativas). Os relacionamentos são “gelados”, não há reciprocidade. Então, minha paixão pela escrita é, justamente, por poder transbordar tudo isso sem ser julgado ou taxado como “estranho”.

– E como veio a inspiração da história?

A história é inspirada em minha vida. Não que eu tenha literalmente passado por tudo o que acontece no livro, porém, são sentimentos e emoções que eu senti e as passei para as personagens. Cada momento narrado foi um demônio vencido, esse livro, antes de chegar ao público, me curou.

– Por que abordar a temática LGBT+? Qual a importância, nos dias de hoje, de trazer debates sobre diversidade?

Acredito que a comunidade LGBT+ ainda é muito carente quando o assunto é amor. Nós precisamos aparecer mais como humanos, que choram, sentem dor e respiram; isso é que vai nos proporcionar a liberdade (no sentido puro da palavra) que tanto buscamos. O amor foi transformado em um sentimento inalcançável, nós precisamos resgatá-lo e trazer para o nosso cotidiano. 

Abordar a temática LGBT+ não deve ser visto como uma barreira vencida, mas, sim, como um argumento poderoso para nos humanizar e nos socializar. É isso que precisamos: sermos aceitos por nossas famílias e amigos, pelos colegas de trabalho ou em qualquer outro ambiente. Ser LGBT+ não deve significar isolamento, deve significar amor, brilho e alegria.

E, principalmente, devemos ter a paz em nossos corações de que Deus (seja lá qual Deus for o seu) nos ama. Não somos pecadores, não somos estranhos, somos apenas humanos, como quaisquer outros.

– Vocês contar um pouco sobre como é o enredo do livro?

Guilherme vem de uma família muito religiosa, enquanto Gustavo é de uma família mais liberal. A trama principal se passa no período em que os garotos estão na faculdade, em que Guilherme estuda arquitetura fora de casa, e Gustavo estuda psicologia.

Com o desenvolvimento do livro, cada vez mais reflexões vindas de Gustavo, envolvem o leitor em uma narrativa carregada de emoções, dúvidas e escolhas. Possuindo um desfecho surpreendente e totalmente impensável.

 – Qual foi a sensação de ver seu trabalho ser publicado?

É libertador ter falado sobre temas tão sensíveis e carregados de sentimentos. Uma alegria enorme envolve-me ao ver que os leitores responderam positivamente à obra. É um sentimento indescritível.

– Por fim, por que os leitores deveriam conhecer a história de “Fique!”?

Fique! é uma história viva e surpreendente, trazendo, no final, uma sensação de liberdade e paz indescritíveis. É impossível não se identificar com as personagens. Quem ler Fique! vai ter outra visão do amor LGBT+, encontrando um sentimento puro e incontestável de paz, amor e gratidão.

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