“Um projeto diferente de tudo o que já fiz” – é assim que Jô Moura define o novo trabalho lançado neste mês chamado Projeto A2, em parceria com o rapper B.8. Ainda que sambista, ela explica que a ideia inicial era unir samba e rap. Entretanto, com o decorrer da produção, o estilo acabou se findando no R&B, gênero que combina elementos do rhythm and blues, soul, funk, pop, hip hop e dance.

“Passei por outras vertentes do samba até chegar no R&B, uma linguagem mais romântica do rap e da black music. Por isso é diferente de tudo o que eu já fiz. Até então, tudo o que eu fazia estava enquadrado dentro do samba”, explica a cantora.

Dessa forma, o objetivo do Projeto A2 é lançar três singles. O primeiro, Paraíso Astral, estreou na última quinta-feira, dia 23. Além da música, Jô e B.8 também lançaram o clipe, produzido por Léo Oliveira. A segunda faixa, chamada “O Rolê” já está pronta, mas ainda sem clipe. Por conta da pandemia, a última faixa ainda não foi finalizada.

Paraíso Astral

O primeiro single fala sobre um casal, duas pessoas que estão se gostando e tem tudo para combinar por causa dos signos. Um é paraíso astral do outro, então tudo vai dar certo. Apesar de falar da distância dos dois, no momento em que estão juntos, tudo é perfeito.

“Então significa que o paraíso astral acontece quando os dois estão juntos, essa junção de combinações astrológicas que nos traz uma combinação perfeita de relacionamento”, afiram Jô.

Jô Moura

A bauruense começou na música fundando o grupo Balaio de Sinhá, trabalhando com o resgate das músicas afro, de cunho afro religioso e releituras de canções já consagradas. No final de 2015, os integrantes do grupo foram saindo e, nessa transição, Jô embarcou na carreira solo.

Assim, ela já lançou o EP “Tempo de Brilhar” com sete faixas que falam sobre o empoderamento da mulher negra, empoderamento feminino, questões políticas e de posição social.

“É um samba diferente, porque vem trazendo algo moderno dentro das apresentações como a bateria, o baixo e a guitarra dentro do samba. Instrumentos mais altivos que provavelmente não acontece no sambra tradicional”, explica.

Acompanhe a cantora pelas redes sociais: /jomouraoficial e @jomoura_oficial.

Parceria com B.8

Mesmo com o trabalho autoral solo, ela ainda procurava uma parceria para produzir um samba/rap. Até que conheceu B.8, em Botucatu, enquanto cumpria sua agenda de shows.

A afinidade resultou em um projeto e três músicas. Segunda a cantora, a intenção de unir os dois estilos se deu porque samba e rap são estilos musicais primos, que fazem parte da cultura negra.

“Todos são músicas negras e eu queria fazer a junção dos dois estilos. Sempre como projeto paralelo, nunca pensei em me tornar MC. Eu continuo sambista, dentro do meu universo, é uma questão de posicionamento político, de ideologia e de filosofia de vida. O samba é inerente a mim e a minha história, então não pretendo mudar. Porém, eu acho que o rap está atrelado, é um ritmo primo do samba, então tem tudo a ver”, finaliza Jô Moura.

 

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