Você sente saudade de aproveitar o quê na cidade? Provavelmente alguma resposta vem à tona na sua cabeça. Cinemas, restaurantes, parques ou qualquer outro lugar que nos foi privado durante esse período em que o distanciamento se faz necessário.

Prestes a completar 124 anos, comemorado no dia 1° de agosto, Bauru proporcionou muitos momentos de lazer até então. Talvez a falta de liberdade tenha feito com que repensássemos a máxima reproduzida sem muitas reflexões de que a cidade não é boa o suficiente para seus moradores.

Agora que estamos em casa, é muito mais claro o tanto de experiências interessantes que podemos aproveitar na Sem Limites. Seja pela programação cultural, pelo roteiro gastronômico ou até pelos locais de muito contato com a natureza como o Zoológico e o Jardim Botânico – que seguem fechados.

Em comemoração ao aniversário de Bauru – e para relembrar os tempos antes da pandemia -, perguntamos a alguns bauruenses “O que você mais sente falta de fazer na cidade?”. As respostas foram variadas, provando que há muito o que aproveitar por aí.

Tradição com a família

“Aproveitava bastante as idas ao cinema, todos aqui em casa adoram cinema. Ficávamos esperando as estreias. Sempre foi um ótimo lazer em família. E depois sempre gostávamos de comer um lanche no Flipper. Além do cinema, sinto falta dos passeios no shopping, das reuniões (churrascos) com amigos e familiares. Aqui em casa temos feito as nossas sessões de cinema, com direito a pipoca, e também assistimos lives. Em relação aos lugares em Bauru, o primeiro passeio será o tradicional da família, cinema e logo após um lanche” – Carla de Lélis Mortari Ramuno, comerciante.

Sair para comer e conversar

“Eu aproveitava muito os restaurantes, gostava muito de ir ao Villaggio tomar um chopp. Ir ao centro da cidade comprar produtos para fazer artesanatos. Eu gostava muito de sair para tomar um café, comer um bolo, sentar e ficar bastante tempo conversando. Eu sinto muita falta de ir ao cinema, que é um lugar que vai demorar para voltar. A primeira saudade que vou matar é de restaurante japonês e de tomar chopp, gosto muito de sair para comer e conversar. Com certeza será restaurante, que eu sinto mais falta e vou querer ir quando estiver liberado”, Viviane Fernandes, odontopediatra.

Saudade do Sampa

“Do lugar da cidade que eu aproveitava bastante eram as baladas, Sampa e B.B. Batatas. Cinema eu ia de duas a três vezes por mês, eu gostava muito mesmo de rolê em shopping, eu ia comer, dava uma ‘sapeada’ nas lojas e depois eu ia ao cinema. Era uma coisa que eu adorava fazer durante a semana e agora não dá mais. Eu sinto bastante falta disso, nunca gostei de ficar dentro de casa, vivia na rua. Hoje eu estou aprendendo a ficar dentro de casa, viver só eu e eu, porque moro sozinho em Bauru, então fica tudo muito mais difícil. O primeiro lugar que eu vou depois que acabar a quarentena, que descobrirem a vacina, que for o nosso ano novo da vida mesmo, é o Sampa Bauru. Todo mundo que me conhece sabe que eu amo aquele lugar, minha história aqui em Bauru mistura muito com o Sampa, porque abriu bem na época que eu vim para a cidade e eu fiz uma amizade muito grande com todo mundo lá. É um lugar que tem um carinho e uma história afetiva muito grande pra mim, então é o primeiro lugar que eu quero curtir com todos os meus amigos. Acho que vai ser a virada do ano praticamente, vai ser um momento de comemorar mesmo, e vai ser lá” – Eduardo Kadu, contador.

Vida noturna

“Embora eu seja música e já viva na noite normalmente, o lugar que eu sinto falta que eu gostava muito de ir, eu ia a tarde, era no Villaggio Mall, tomar chopp. Eu adorava tomar chopp, comer as comidas do Tahini. Eu sinto muita falta disso, muita mesmo. Na cidade, nem se fala, quando eu ficava uma sexta sem tocar, já ficava louco, perceptivelmente chateado. Fora isso, sinto muita falta de cinema e até me emociono falando. Não tem jeito, por mais que os lugares me gerem sentimento de nostalgia, o que mais sinto falta é trabalhar, é o que eu mais queria estar fazendo, porque meu trabalho é algo que eu amo, me fortalece, a galera pulando e cantando com você, sinto muita saudade de tocar com os meus amigos, a banda. Eu estou compondo músicas, estudando marketing digital, não sei nada, mas estou aprendendo. Ah, e tenho feito muitas colabs com meus amigos, eu toquei com pessoas que nunca vi na minha vida, que eu nem conheço. Isso é muito da hora que tem dado um respiro pra gente, que tem trazido pra calma, parece bobeira para quem está vendo no feed, pra gente é uma válvula absurda, porque a gente sente que não está sozinho, se diverte, é o que tem mais me ajudado” – Leonard Couto, músico.

Ar livre e reunir os amigos

“Tem alguns lugares que eu aproveitava por ter dois filhos pequenos, então a gente tinha uma rotina de ir ao Bosque da Comunidade, algumas vezes no Vitória Régia e no parquinho. Não sou muito de sair, mas eu sinto falta de ir ao Cevadas Literárias, por exemplo, um encontro mensal para falar de literatura. Está muito atrelado a uma coisa que eu sinto falta, que é o convívio com as pessoas. Eu sinto falta de ir ao bar, tomar uma cerveja e conversar, nesse sentido eu sou muito sociável. Eu tenho muitos amigos, então tenho sentido falta da relação com as amizades. Em um primeiro momento, vou querer matar a saudade de pessoas que costumam ser muito próximas, mas que não estão tão próximas, como minha mãe, faz quatro meses que não a vejo. No âmbito geral, a saudade que eu vou querer matar é esses encontros com os amigos, seja em casa ou no bar, fazer uma comida no final de semana, chamar casais para compartilhar, conversar sobre a vida, faz falta demais” – João Correia, editor.

Cultura no Sesc Bauru

“O Sesc, local maravilhoso, cultural, essencial. Ir a shows, bares, campos de futebol, shopping, tenho lecionado aulas on-line, gravado um vídeo que meu filho e eu criamos o “Quarenta segundos de Gramática” no Facebook e no Instagram @profsinuhe! Tenho lido como nunca li, mais livros de filosofia, para entender este momento! Tenho visto séries La Casa de Papel, Dark. Visto filmes como O Poço, A Casa, vários argentinos. A vontade é reunir várias pessoas em um local com muita bebida, histórias, comida, ao som da Banda Larga e de Os Últimos Escolhidos do Futebol! Gosto muito de gente e sinto muita falta! A pandemia ensinou-me a sonhar sem medo, o medo é um substantivo abstrato que nunca será concreto! Quanto aos sonhos, viajar, principalmente, pois a morte é certa, por isso viver é preciso! Também sinto muita saudade de proferir minhas palestras e ter contato com o público, suas dúvidas que tanto me ensinam!” – Sinuhe Preto, professor.

E você, qual a sua saudade em Bauru?

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