Com academias fechadas por conta do novo coronavírus, muitos bauruenses tiveram que adaptar suas rotinas de treinos. Alguns escolheram praticar exercícios em casa, mas muitos optaram por uma atividade ao ar livre. A proximidade com a natureza atrelada à possibilidade de evitar o contato com outras pessoas trouxe a atenção para as bicicletas.

De acordo com Cristina Silva, ciclista há cinco anos, o número de pessoas pedindo informações nas redes sociais do grupo de ciclismo, o Bike Brothers Bauru, cresceu nos últimos meses. Tal fato fez com que a procura por trilhas na região também aumentassem.

“Aumentou de uma forma assustadora. Muitos vieram pela página perguntando como faz para iniciar. Nós orientamos que a nossa agenda de pedais está suspensa até que seja seguro voltarmos a pedalar em grupo. Porém se formaram pequenos grupos de famílias no ciclismo durante a pandemia”, conta Cristina.

Bruno Pereira Chies foi uma das pessoas que iniciou no esporte ainda na quarentena. Tudo começou pelo incentivo de alguns amigos que já pedalavam, assim, o bauruense comprou sua primeira bicicleta. Hoje já são cinco meses pedalando e a identificação foi tanta que ele até trocou a magrela por uma melhor.

“A ideia de pedalar foi uma alternativa para sanar duas necessidades. O fortalecimento dos meus joelhos, pois havia feito uma cirurgia em 2019 e estava em fase de reabilitação quando a pandemia começou. Além de ser uma válvula de escape para o estresse do momento que estamos vivendo, pois me permite uma prática física e de relaxamento mental por ser realizada ao ar livre”, conta Bruno.

Trilhando um começo no pedal

Tanto Cristina quanto Bruno enfatizam que o ciclismo vem sendo amplamente aderido por conta da sua facilidade. Entretanto, além da bike, alguns equipamentos são necessários para começar a pedalar. O capacete, por exemplo, é imprescindível, já que protege a cabeça em qualquer tipo de acidente.

“Uma luta que nós temos travado com quem está iniciando é o uso de capacete. Sempre falamos que é obrigatório. Além disso orientamos o uso de luvas, para não machucar as mãos, e óculos, para proteger os olhos de alguma pedrinha ou insetos”, enumera Cristina.

Equipado com todos os itens de segurança, Bruno embarcou no seu primeiro desafio, uma trilha indicada para quem está começando. “Meu primeiro trajeto foi o chamado Bezerrinha, é leve, com poucas subidas e uma quilometragem baixa, de mais ou menos 30km. Meus pedais ocorrem nos arredores de Bauru e existem várias pequenas cachoeiras em nossa região, é sempre o destino predileto. Todos os pedais nos proporcionam boas experiências e sensação de superação”, diz Bruno.

Iniciante ou adaptado a longas distâncias, opções de trilhas e caminhos para percorrer aqui em Bauru é o que não faltam!

25 trilhas para conhecer pedalando*

Desde 2015 inserida no esporte, Cristina aponta alguns trajetos na região, porém alerta que eles podem variar: “muda muito porque, às vezes, as pessoas juntam uma trilha na outra. Então o mais aconselhável é que, quem está iniciando, procure um ciclista experiente ou um grupo de ciclismo para entender como funciona.”

  • Iniciantes (Até 25km)

Radar IPMet – Posto Borsato

  • Leve (até 40km)

Jaupavi
Lago Ness
Contorno Da Mata
Laranjinha
Bezerrinha
Bezerra
Bezerrão
Secador

  • Moderado (até 65km)

638
Guaianás
Agudos
Pastel Agudos
Santelmo
Pederneiras
Vangloria
Sede Duratex
Pira/Agudos
Lagoa dos Patos
Trilha da moto 1
Trilha da moto 2
Trilha da moto 3
Trilha da Borboleta
Tibiriçá

  • Hard (Acima de 70km)

Lagoa dos Patos – Trilha das Borboletas – Agudos 

*As trilhas com o link do Wikiloc acima foram publicadas por ciclistas que já realizaram o circuito, porém, por conta da data em que foram feitas podem ter sofrido alterações. O nosso objetivo com esta matéria é mostrar que existem locais para fazer trilhas de bicicleta na região de Bauru. No entanto, ressaltamos a importância do acompanhamento com pessoas experientes.

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