Morar sozinha é viver completamente numa montanha-russa. E em 5 meses, eu já passei por cada uma, que merecia um livro, e umas bem engraçadas (risos). Morar sozinha não quer dizer viver sozinha, e isso, com certeza, ficou muito bem claro para mim.

Mas morar sozinha tá sendo uma verdadeira tentativa de realmente me transformar em uma adulta de verdade.

A gente acha que sabe de algo na vida, mas não sabemos de nada mesmo. É engraçado como nosso cérebro em menos de um dia consegue se transformar em várias personalidades. De uma criança de 5 anos de idade, quando algum problema surge e você só quer deitar em posição fetal esperando sua mãe para te acudir, ou, de uma pessoa idosa de 90 anos que já viveu de tudo e tem uma enorme sabedoria.

Ou simplesmente de um adolescente de 15 anos de idade, que não quer fazer nada. Sabe quando seus pais te pediam para lavar a louça, arrumar o quarto e você não queria de jeito nenhum fazer? Pois é, quando você começa a morar sozinho, tem semanas que você não quer fazer simplesmente nada, você nem pode jogar a culpa em alguém, nem brigar, nem gritar, além de você mesma(o) (risos de nervoso, risos).

Mas chega de reflexão, vamos ao que interessa… Se vocês querem rir, senta que lá vem algumas historinhas sobre essa experiência maluca de morar sozinha e ser “independente”.

Bom, depois de uns dois meses, consegui comprar uma máquina de lavar, aliás, como é caro esse trem, mas consegui, parcelei em 70 vezes, claro. Eu sei lavar roupa, porém, a máquina de lavar da casa da minha mãe é mais antiga que a minha, ou seja, fácil de entender e simples, a minha tem opção pra tudo, amém. E um dia desses, minha irmã foi passar uns dias em casa, pois estava de férias, e tirou a mangueira da máquina da torneira, para poder esfregar as máscaras. Até aí tudo bem, e dessa forma ficou. Ela foi embora, rotina que segue, até que fui lavar as roupas…

Pausa, pois estou rindo sozinha… Coloquei as roupas na máquina, e liguei, coloquei o sabão líquido direto nas roupas, e pronto, deixei batendo. Mas algo não estava certo, eu não ouvia o barulho da água, contudo, deixei passar, apesar disso, ainda assim, fiquei matutando na cachola. A roupa saiu da máquina suja, óbvio (ooooo), com a marca do produto, não satisfeita, coloquei mais roupa pra bater, foi a mesma coisa, não saía água. Liguei para minha irmã, segue diálogo:

Eu: Marina (tom de voz brava) o que você fez com minha máquina de lavar?

Irmã: Nada filha, o que aconteceu? (tom de voz até que normal).

Eu: Ela não tá saindo água, custou caro Marina (começando a ficar nervosa, partindo para agressividade).

Irmã: Isadora, eu tirei a mangueira só para lavar a máquina e só, não fiz mais nada (pausa)… Você colocou de volta a torneira?

Eu: (uma pausa bem grande) Ai merda…

Irmã: (RINDO ETERNAMENTE DA MINHA CARA) Linda, quando você tira a mangueira, você precisa colocar de volta, tá? (sendo irônica e rindo, claramente)

Eu: O pior de tudo que coloquei duas vezes a máquina pra bater e gastei produto duas vezes (rindo também).

E o resto é história, ela me zoou por vários dias, eu também ri por vários dias, mas pode ter certeza, nunca mais vou esquecer de colocar a mangueira na torneira para lavar roupa. Até porque, gastar amaciante e sabão à toa, ninguém merece, o coisa cara!

Confira mais textos da colunista: socialbauru.com.br/author/isadoraventurini/.

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