Quem lembra da época em que ouvir música significava colocar uma fita cassete no rádio ou num walkman? Ter que trocar de lado no meio do álbum? Ou procurar a música que você quer ouvir apertando botões para frente e pra trás?

Inventadas nos anos 60, as fitas cassetes, ou K7 na abreviação brasileira, dominaram o mercado fonográfico. Eram o jeito mais prático de escutar os artistas e logo se tornaram parte da cultura.

Relembrar essa ligação da música com os formatos físicos é a proposta do guitarrista Amil Mauad e da sua banda The Zombrain. 

Em parceria com a gravadora Tudo Muda Music, o grupo lança neste mês um lote de fitas cassetes do álbum de surf music ‘Surfin’ at Bauru River’, divulgado digitalmente em abril. Um vinil e um CD físico também estão nos planos.

O retorno do vinil já vem acontecendo de um tempo pra cá. Na Europa, isto está bem latente há algum tempo. A volta dos cassetes também vi acontecendo primeiro por lá, e desde o ano passado que as bandas aqui vem lançando também, reabrindo este novo mercado”, comenta Amil.

As fitas já estão disponíveis para comprar e podem ser adquiridas em contato pelo whats app (14) 99716-3787, e-mail [email protected] ou nas redes sociais @the_zombrain (Instragam) e The Zombrain (Facebook). 

A arte da fita cassete

Mas nos dias de hoje, para convencer os amantes da música a comprar um formato físico, é preciso ir além do som. Toda a arte do lançamento foi imaginada para criar uma experiência artística completa, indica o guitarrista.

“Hoje em dia, o fã que compra o material físico espera encontrar um belo material gráfico, acabamento, etc. O som já está na internet, de forma gratuita.   Eu como fã espero isso dos produtos que adquiro, e procuro oferecer aos nossos fãs esta experiência também”

Junto com as fitas, futuramente o fã vai poder comprar acessórios que compõem o conceito do CD.The Zombrain é uma banda de instrumental surf music, mas gosto do título de horror music e a parte visual, os temas das músicas, a atmosfera que envolve o ouvinte conta muito, é o que transforma a experiência de uma audição mais completa”, diz Amil.

A arte da capa do álbum digital, depois adaptada para a fita cassete, foi desenvolvida pelo próprio Amil Mauad, baseada na música ‘Surfin’ at Bauru River’, e desenhada em folha A3 pelo artista Cassiano Campos. A contracapa vira um minipôster. 

O verde forte e chamativo da própria fita foi pensado como parte de um primeiro lote, com o nome “Zombie nose green catarrh series”. A primeira cor foi escolhida “por representar o som” da banda, mas a ideia é lançar outros lotes, também com cores vibrantes.

‘Surfin’ at Bauru River’

O álbum está disponível gratuitamente pelo Bandcamp. Lançado em abril, a banda conquistou o público no meio musical, tanto que as fitas já tem encomendas para Bauru, região, litoral paulista e cidades do Sul e Nordeste.

Além disso, a obra ficou entre as mais tocadas da “Surf Rock Radio”, uma webrádio especializada em surf music, em Londres, na Inglaterra. Segundo Amil, o grupo teve uma boa repercussão fora do Brasil.

“As estatísticas dos meus canais mostram que, tanto as audições no Bandcamp quanto os clipes do Youtube, cerca de 30% dos acessos são do Brasil, e os outros 70% são de fora do país. Isso é maravilhoso”.

O próximo passo, de acordo com o músico, é esperar a volta dos shows e colocar o pé na estrada. “Estamos sedentos por palco! Podem esperar muita sonzeira em breve. Tudo que produzo de material é uma base para as apresentações ao vivo. Estar no palco para nós é essencial”.

Clipes

Desde o lançamento do álbum, a banda já gravou e disponibilizou no YouTube três clipes. Confira abaixo.

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