O bauruense Leandro Teixeira e a paraguaçuense Vivien Giampani Teixeira sempre amaram viajar. Em meio a rotina do trabalho, o casal sempre dava um jeito de cair na estrada nas férias, nos feriados prolongados ou até mesmo nos finais de semana.

Desse modo, sempre que surgia um tempo eles aproveitavam para conhecer novos lugares. E foi por terem esse jeito viajante e aventureiro que ficaram conhecidos entre os amigos como o casal que viaja “sempre que dá”.

Hoje, essa é a expressão que nomeia o perfil de Instagram dos dois, em que eles compartilham suas experiências de viagem pelo mundo.

Viajando pelo mundo

Em 2018, Leandro e Vivien estavam em uma ótima fase em suas carreiras.

Ambos trabalhavam como executivos de marketing em empresas multinacionais em São Paulo a menos de uma quadra de onde moravam, o que os faziam ter uma rotina sem trânsito e com menos stress.

Justamente por estarem vivenciando esse momento bom, os dois começaram a pensar no que mais a vida tinha a oferecer além de toda aquela rotina.

Muita gente, que faz essas viagens de longo prazo, decide fazer isso depois de ter tido algum acontecimento muito importante na vida que fez repensar as coisas. Quando tem a famosa síndrome de burnout nos trabalhos, ou está muito infeliz na carreira e aproveita para rever e repensar a vida. Fomos o oposto disso, porque a nossa vontade de largar tudo e viajar veio depois de um momento de muita plenitude”, conta Leandro.

Assim, foi em uma viagem de férias à Tailândia que o casal percebeu que ainda havia muitos lugares para eles explorarem. A partir daí, quando voltaram para o Brasil, começaram a fazer o planejamento de uma grande aventura: um mochilão para conhecer países da Ásia e Oceania.

O foco era principalmente o sudeste asiático, porque a Ásia é apaixonante, cada cantinho tem um banho de cultura. E a gente tinha uma vontade muito grande de conhecer também o Japão e a Austrália. No nosso planejamento tinha 17 países para cobrir em um período de 15 a 18 meses”, diz.

Experiências de um casal viajante

Leandro e Vivien saíram do Brasil no dia 1 de setembro de 2019. O primeiro destino foi o Japão, onde passaram 36 dias conhecendo pontos turísticos e se aprofundando na cultura do local. Em seguida, foram para a Austrália e exploraram toda a costa leste do país em um motorhome. Depois seguiram para Tailândia, Mianmar, Laos, Malásia e Filipinas, onde a viagem teve que ser pausada devido à pandemia.

Neste último país, o casal passou por diversos perrengues, pois foi quando a Covid-19 se espalhou e os países começaram a fechar fronteiras, eles estavam em uma ilha.

A nossa decisão inicial era de continuar a viagem, porque ninguém imaginava que a pandemia ia durar tanto, então pensamos que teríamos que ficar mais um mês reclusos e não tinha problema. Entretanto, no começo de abril começaram rumores de que a embaixada faria um esforço para tirar os brasileiros das Filipinas. Qual a complexidade disso? O país estava fechado, por isso tinham pouquíssimos voos saindo das Filipinas e, pior do que isso, é um país com mais de 200 ilhas. Eles tinham mapeado e tinham pouco mais de 40 brasileiros, espalhados em sete ou oito ilhas e o transporte entre as ilhas estava proibido. Então o governo teve que providenciar alguma forma dos brasileiros saírem das ilhas para a capital e depois conseguir um voo”, explica Leandro.

Por fim, o casal foi convencido pela embaixada a embarcar de volta para o Brasil no voo de resgate que foi realizado no dia 10 de abril.

Sedentos por mais

Apesar da viagem não ter acabado como o esperado, já que o roteiro teve que ser encerrado antes de ser cumprido, as experiências vividas por Leandro e Vivien os deixaram mais experientes e já sedentos por uma próxima aventura.

Dessa vez, impulsionados pela vivência que tiveram viajando em um motorhome pela Austrália, eles decidiram fazer um roteiro parecido aqui no Brasil e posteriormente, dependendo da situação das fronteiras, nas Américas.

Decidimos fazer essa viagem por vários fatores, o primeiro deles é que nós voltamos para cá decididos que não estávamos prontos para retomar nossa vida normal e que queríamos continuar viajando. O segundo, foi que estar longe do Brasil nos fez dar mais valor para o país. A gente visitou muitos lugares bonitos, mas o Brasil é muito completo para turismo e temos que valorizá-lo. E também, porque viajar de motorhome, foi uma forma que encontramos de viajar na pandemia. Porque é um turismo seguro, conseguimos nos isolar e continuar nos movendo”.

O publicitário conta que a rota da viagem começa em Bauru e segue para Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Piauí e Maranhão, onde querem conhecer os Lençóis Maranhenses. Na volta, os dois descerão pelo Nordeste até São Paulo.

Após essa primeira etapa, se as fronteiras terrestres estiverem abertas, o casal vai fazer um roteiro famoso entre os viajantes: ir do Ushuaia até o Alaska.

casal viajante

Para os que sonham com grandes aventuras

De acordo com Leandro existe uma grande diferença entre viajar de férias e fazer viagens longas. Isso porque as viagens de férias, por terem um tempo contado, acabam limitando as escolhas dos viajantes.

Nas viagens de longo prazo você tem o tempo a seu favor. Nas férias o tempo custa caro. Ele faz com que a gente tenha que pegar transportes mais caros para chegar mais rápido, hotéis mais próximos ao aeroporto, dentre outras coisas. Com o tempo a seu favor, além de fazer uma viagem em ritmo mais gostoso, você consegue que ela seja muito mais barata. Isso sem contar a imersão cultural, que é muito maior. Você conhece gente interessante na estrada e consegue ver a vida de outras maneiras”, elucida.

Justamente pelo fato da viagem ser de longo prazo, Leandro e Vivien tiveram que abrir mão de seu trabalho e rotina, porém, não se arrependeram nenhum pouco da escolha, visto que a experiência foi transformadora para os dois.

Portanto, o casal aconselha a experiência para todos os bauruenses que amam aventuras e viagens.

A nossa dica para quem tem vontade de fazer isso é se planeje e se jogue, porque é incrível.  Mesmo que depois você volte a fazer o que fazia. Pelo menos você experimentou uma coisa diferente e decidiu voltar porque quis e não continuou fazendo só porque estava acostumado”, finaliza Leandro.

casal viajante

 

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