Na infância, lá em Salvador-BA, Luciana Domingues falava para a mãe que seria veterinária. Uma frase comum para qualquer criança que adora brincar com os animais, mas que para ela era mais do que um desejo dessa idade. A partir de 2000, fez a graduação e o mestrado na capital baiana.

Assim, o caminho para o Doutorado foi natural. Mas nesse momento, sentiu que precisava “explorar novos horizontes” e o estado de São Paulo foi esse destino, primeiro na Unesp em Jaboticabal e em seguida em São Carlos, para o pós-doutorado.

No total, foram 15 anos na academia. “E nesse tempo todo, eu fui vendo como a veterinária é abrangente. Tem um mundo de opções”, diz a Dra. Luciana Domingues, ao destacar como a área vai além da clínica. “É ver o animal como um todo”.

Por isso, olhar as tendências e os avanços científicos na área faziam parte da rotina dela e uma chamou a atenção: a nutrição animal para cachorros e gatos. “Era uma oportunidade para melhorar a qualidade de vida dos animais de modo preventivo, que nós sabemos ser uma lacuna da rotina clínica”, comenta.

Portanto, depois de alcançar todas as titulações e perceber o crescimento da nutrição para pets, o foco mudou. Em alta na capital paulista, a ideia então foi trazer para o interior. “Hoje quem normalmente escolhe a ração é o tutor, sem orientação veterinária, e com ajuda de balconistas das lojas”, admite a doutora. “E o veterinário nutricionista veio para pegar essa responsabilidade e ver junto com o tutor a melhor alimentação e suplementação”.

Nutrição animal

Segundo Luciana, a nutrição animal tem duas funções principais. Uma é a manutenção de saúde, que inclui alimentação saudável e balanceada entre macronutrientes carboidratos, proteínas e gordura. Ou seja, uma ação preventiva. “É fazer o tutor levar o animal para fazer check ups, ao invés de ir esperar estar em situação de emergência e urgência”, comenta a veterinária. 

A outra é o suporte para animais com patologias, enxergando como cada doença exige uma dieta específica. “Por causa do equilíbrio orgânico, o sistema começa a ser menos sobrecarregado, e o animal se cura mais rápido”, explica a veterinária, dizendo que, para alguns casos, a nutrição será necessária após a cura por um tempo ou até mesmo pelo resto da vida.

Atualmente, a função de suporte representa 90% do atendimento da Dra. Luciana Domingues, a partir de indicações após atendimento clínico. Foi assim com a Lígia Remaeh, tutora do Sushi, um Shih-tzu. Após o pet dela apresentar sintomas, entre eles os olhos vermelhos, ela passou por alguns veterinários. A solução veio depois de uma profissional veterinária cogitar ser alergia e recomendar o paciente à Nutri Vida, a clínica criada pela Luciana especializada em nutrição animal.

Lígia Remaeh e a filha com o Sushi (foto: Acervo Pessoal)

Foram alguns meses de trabalho de Luciana, no qual o objetivo era encontrar o melhor cardápio para o Sushi. Logo nos primeiros momentos, o Sushi não só melhorou o olho, como também ficou mais animado e disposto, pela recuperação de articulações. Lígia conta que o seu pet não levantava a pata para urinar – comum em machos -, e até isso ele começou a fazer.

“Então, a qualidade de vida dele melhorou assim 500%, sem exagero. É outro cachorro. Até o pelo dele ficou melhor”, comenta Lígia. Além disso, a tutora diz que, com o tratamento, agora sabe exatamente o que o Sushi pode ou não comer.

Cinco anos de Nutri Vida

Moradora de Bauru desde 2010, ela inicialmente ficava indo e voltando para São Carlos. Quando terminou o pós-doutorado, abriu o consultório Nutri Vida, em 2016.

Por lá, o serviço segue os mesmos passos de um nutricionista comum. Começando com a pesagem e tiragem de medidas para determinar percentual de gordura e massa muscular. Além de avaliar o histórico médico e de exames – normalmente já solicitados por um clínico – para indicar o balanço correto de nutrientes e vitaminas. 

Com esses dados em mãos, é hora de fazer o cardápio personalizado – entregue na hora – e escolher entre ração e comida natural, identificando cada necessidade. São definições que dependem da vontade do tutor. “Não adianta querer mudar para comida natural se ele não tem tempo de preparar”.

Apesar do alerta, com a Lígia, a surpresa foi: a preparação não dava tanto trabalho quanto ela imaginava, considerando a possibilidade de armazenagem dos pratos – que a Luciana ensina. 

A veterinária orienta também a melhor forma de manter o cardápio e os modos de preparo, além de oferecer suplementos. “Não é igual fazer para humanos. Então, eu ensino o modo de cozimento, de congelamento e armazenamento”.

Após essa definição, o primeiro retorno geralmente acontece em 30 dias, e depois varia de acordo com cada caso e cada doença.

Prevenção pelo estilo de vida

Apesar da nutrição ser o foco na Nutri Vida, que atende apenas cães e gatos, o serviço no consultório inclui medicina preventiva e estilo de vida, que significa oferecer orientação para manutenção da saúde além da alimentação.

Na medicina preventiva, a veterinária elabora protocolos com orientações para vacinação, vermifugação, controle de ectoparasitas e alertas sobre a importância de exames de check up anual. 

Para o estilo de vida, a partir de dados médicos e informações dos tutores, a Dra. Luciana sugere a realização regular de passeios, tipos de atividades físicas e mudanças para o ambiente, avaliando questões comportamentais dos pets. “É algo que influencia totalmente na saúde do animal”, garante a doutora.

Dessa forma, a Dra. Luciana considera que, para cães e gatos tenham uma vida saudável, existem três pilares: nutrição balanceada, medicina preventiva e estilo de vida saudável. 

As consultas são realizadas em hora marcada, e podem ser agendadas pelo WhatsApp pelo (14) 99185-9330. O consultório fica na Rua Luiz Gama, 7-75, Independência, e atende de segunda a sábado.

Importância da nutrição animal

Mais do que a oportunidade em uma área nova, o objetivo da veterinária se transformou em alertar para os cuidados na alimentação. A ideia era atender uma exigência dos próprios tutores, que começaram a cobrar indicações do que dar de comer aos pets. “Se existe nutrição para humanos, porque não para os animais?” era a questão.

A primeira dúvida das pessoas era o dilema ração ou comida natural. Por um lado, a ração é mais prática para o dia a dia, mas como comida ultraprocessada, possui químicos como conservantes. Já a comida natural exige maior dedicação, mas é mais saudável e com mais nutrientes, além de ser hidratada. 

Entre as duas, o importante é buscar orientação para saber como comprar uma ração ou o que é importante considerar ao dar comida. “Geralmente os tutores não sabem a quantidade de carboidrato, proteína e gordura”, comenta a Dra. Luciana.

Com mais conhecimento na área, a nutrição animal passou também a fornecer informações mais precisas, como não tirar o sal da comida – na quantidade certa, ele dá sódio, cloro e iodo, além de possibilitar palatabilidade – e permitir alimentos cítricos como abacaxi, laranja e tangerina. Tirando carambola, uva e abacate, os animais podem comer qualquer fruta que gostarem.

Essas são apenas algumas orientações de uma área que pensa cada mordida do seu pet. Por isso, ao final da consulta, Luciana entrega um manual completo sobre alimentação.

Seu animal, assim como Sushi, agradece. “O trabalho da nutrição animal melhorou a qualidade de vida da minha família. Como nós entendemos o pet como parte da família, então a mudança da disposição e da saúde dele é uma melhora no nosso dia a dia também”, conta Lígia.

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Serviço
Consultório Nutri Vida
Endereço: Rua Luiz Gama, 7-75, Independência.
Horário de funcionamento: De segunda a sexta, das 9h às 18h. Sábado, das 8h30 às 11h30.
WhatsApp: (14) 99185-9330
E-mail: [email protected]
Facebook: Nutri Vida – Nutrologia Veterinária (@nutrividavet)
Instagram: @nutrividavet

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