Você sabia que a primeira pessoa a ser diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) foi um estadunidense chamado Donald Grey Triplett?

Donald nasceu em 1933 e é conhecido como o “Caso 1”. Ele ainda está vivo e mora no Mississippi. De lá pra cá, muita coisa mudou – inclusive a forma como a medicina lida com pacientes neuroatípicos e o papel da tecnologia nas intervenções e tratamentos.

Neurofeedback

Um dos tratamentos desenvolvidos ainda no século XX foi o neurofeedback. Ele era usado inicialmente para ajudar a reduzir ataques epiléticos, na década de 1970.

Em 1980, passou a ser aplicado no tratamento de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Os resultados positivos fizeram com que sua utilização se expandisse. Hoje em dia, o método é aplicável a patologias como o TEA, transtorno bipolar, depressão, ansiedade, síndrome de burnout, entre muitas outras.

Como funciona?

O neurofeedback não é invasivo nem necessita do uso de medicamentos. Primeiro, o paciente responde a uma anamnese – que são perguntas que ajudarão o profissional a entender melhor sua condição. Depois, o aparelho é colocado na cabeça da pessoa com a ligação de eletrodos em diversos pontos.

Após muitas pesquisas sobre métodos efetivos internacionalmente, a psicóloga Dra. Edna Aguiar descobriu o neurofeedback e decidiu aplicá-lo em sua clínica, o Instituto Terapêutico ABA.

“Eu dou tarefas para ele durante o neurofeedback. Por exemplo, se for um adulto, peço para contar de trás para frente. Com isso, eu vou olhando no monitor. Ao final, eu faço o mapeamento cerebral e vejo as áreas que precisam ser trabalhadas”, explica.

O objetivo do método é ajudar o paciente a ter o autocontrole de suas ondas cerebrais. As atividades que serão conduzidas no tratamento irão depender da patologia a ser tratada.

Para trabalhar as reações e emoções, o paciente é exposto a algum tipo de estímulo. Pode ser uma música ou um jogo, por exemplo. Dessa forma, o cérebro responderá a esta motivação.

“É uma terapia que trabalha com o neurônio. Se a pessoa for agitada, você tem que inibir; se for parada, tem que estimular. Então nós identificamos onde precisa ser estimulado ou inibido e trabalhamos diretamente naquela área”, explica Edna.

A psicóloga destaca, ainda, que o neurofeedback não substitui a medicação. “Alguns pais relatam que a quantidade de medicação ficou a mesma – embora a tendência seja aumentar com o tempo. Ter esse trabalho paralelo ajuda muito”, acrescenta.

O neurofeedback vem como um complemento da terapia ABA, que é o ponto forte do instituto.

ABA (Análise do Comportamento Aplicada)

O método ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla original) é uma ciência, considerada uma das mais eficazes no tratamento do TEA atualmente.

Esta terapia é baseada em evidências e trabalha com a junção entre comportamento e aprendizado. Ela tem como objetivo integrar o paciente à comunidade em que ele vive.

Os profissionais envolvidos na intervenção adaptam o programa às necessidades de cada pessoa, trabalhando os comportamentos que precisam ser ampliados ou reduzidos.

Entre os exemplos citados pela psicóloga, está o atraso da fala, que necessita de estímulos. Já a estereotipia – que são ações repetidas sem motivo aparente, podendo ser falas ou gestos – é um comportamento que precisa ser inibido.

A Dra. Edna destaca que a terapia não fica só dentro do consultório. “Damos orientações para os professores de como trabalhar com a criança na escola e também pretendemos expandir a ABA para a casa dos pacientes”, completa.

Atualmente, os pais já recebem orientações dadas pelas profissionais do instituto, sendo parte fundamental do tratamento.

Sobre a Dra. Edna Aguiar

A Dra. Edna Aguiar nasceu em Pederneiras, e lá se formou em pedagogia. Trabalhou e fez sua carreira na APAE, atendendo crianças com deficiência.

“Mas não era só aquilo que eu queria, eu pretendia ir além do que a pedagogia me proporcionava”, lembra a profissional. “Então fiz psicologia. Também fui estagiária e psicóloga na APAE, sempre trabalhando com crianças com TEA”.

Buscando entender o comportamento das crianças neuroatípicas, Edna se especializou em neuropsicologia, veio para Bauru e passou a trabalhar em uma clínica com a terapia ABA.

“Lá eu trabalhava sozinha, não tinha uma equipe completa. Eu queria montar um espaço que tivesse desde a psicóloga até a terapeuta ocupacional”, explica.

Há um ano, ela fundou o Instituto Terapêutico ABA em Bauru. A clínica faz diagnósticos de transtornos relacionados ao desenvolvimento e comunicação e atende especialidades como psicologia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, fazendo um trabalho interdisciplinar.

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Serviço
Instituto Terapêutico ABA
Endereço: Rua Padre João 3-42 – Vila Santa Izabel
Horário de atendimento: De segunda a sexta, das 8h às 20h e aos sábados das 8h às 13h
Contato: (14) 99798-4843
Facebook: Instituto Terapêutico ABA
Instagram: @ins.ter.aba

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