Há três anos, o artista bauruense Victor Luk resolveu ampliar o estilo. Na adolescência, a expressão artística dele – das cores, formas e letras – ia para os muros da cidade, desde quando se aproximou da turma do skate e do graffiti e passou a praticar as técnicas com spray.

“Com o tempo, a gente vai amadurecendo e mudando as ideias”, diz o artista de 38 anos ao explicar a decisão de mover sua arte para os quadros. “Transferi todo esse sentimento para as telas, para as pessoas terem minha arte em casa”. Desde a transição, o artista já produziu mais de 50 obras.

Nessa mistura entre o muro e as telas, o bauruense define seu estilo como “abstrato radical com cores fortes”, feita para levar o colorido da vida para a arte. O resultado são quadros alegres e brilhantes. “Eu gosto de trazer o impacto de uma cor viva para deixar um sentimento de prazer e de paz”, diz.

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O processo de Luk inclui trabalhar com spray, tinta acrílica e formas geométricas por meio de estêncil – que ele mesmo produz. O bauruense gosta também de usar fita adesiva para fazer os moldes da tela, uma técnica não muito comum, mas que, para ele, dá um visual mais agradável.

Nós fizemos uma entrevista com Victor Luk para conhecer mais sobre o trabalho do artista. Confira abaixo.

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Quando você começou a produzir? Como foi sua trajetória nas artes?

Eu comecei na adolescência com grafite, os coloridos nos muros, com desenhos e letras. Eu comecei a andar de skate e andava com o pessoal que gostava do graffiti. Me interessei também e fazia artes nos muros. Passei um bom tempo fazendo isso, até que eu comecei a me interessar por quadros. Na adolescência eu não pensava em tela, era só muro, muro e muro. Depois, a gente vai amadurecendo e mudando as ideias. Aí, eu comecei a pensar nos quadros e transferi todo esse sentimento para as telas, para as pessoas terem isso em casa. Esse início do trabalho de pintura de tela foi há uns 3 anos mais ou menos.

Como você define o seu estilo artístico?

Defino minha arte como abstrato radical com cores fortes. Eu gosto muito disso, acho que traz vida para a arte, as cores, o colorido… é uma coisa que traz vida para as pessoas. Então, eu defino o meu trabalho como um graffiti abstrato, porque eu uso nos quadros também. Se você olhar no Instagram, vai ver que eu uso tinta, spray, mesclo bastante isso aí. Não uso só pincel, uso estêncil também para fazer algumas formas geométricas, que é uma coisa que eu gosto. 

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De que forma você pensa uma obra? Qual sentimento você gosta de proporcionar para as pessoas?

Quando eu penso em uma obra, eu penso em trazer vida para aquela tela, por meio das cores e das representações geométricas. Por exemplo, a cor azul me remete à água, à vida… o verde e o amarelo também. Todas as cores tem um lado que você pode remeter a alguma coisa boa, e eu tento levar isso para as telas, por meio das cores. Por isso, deixo os quadros bem coloridos e proporcionais também, porque não adianta você julgar várias cores e não pensar no proporcional, no que essa tela pode representar por meio dessas cores.

As cores são realmente um destaque das obras. Como você considera a utilização das cores nos quadros?

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Eu gosto de utilizar as cores mais vivas que nós temos. Eu sei que todas as cores têm a sua importância, mas eu gosto de trazer aquele impacto, de uma cor viva, que deixa um sentimento de prazer e de paz. É isso que eu tento proporcionar para as pessoas por meio do meu trabalho.

Quais técnicas e materiais você utiliza?

Eu trabalho com spray, tinta acrílica, formas geométricas através de estêncil, que eu mesmo produzo ou compro pronto para fazer as formas geométricas. Uso fita adesiva para fazer os moldes também na tela, uma técnica que não é muito utilizada. Hoje em dia, o pessoal usa mais pincel, então eu gosto de misturar a tinta no pincel, com o spray, porque eu acho que dá um visual muito alegre. É uma coisa que, para mim, traz vida, paz, alegria e todos os sentimentos bons.

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Onde o público pode ver seus trabalhos?

Hoje, a minha arte está exposta na Casa Mix, que é um pessoal que trabalha com molduras de quadros e têm um painel que deixa os artistas exporem as obras para a venda. Tem na Espelharia, que é na Rua Nossa Senhora de Fátima, que é uma loja bem legal, sofisticada. Tenho quatro obras também lá na Casa Autoral. Em Bauru, estou vendo alguns outros lugares para colocar, eu acredito que vou conseguir colocar as obras em mais uns três lugares.

Hoje em dia, o Instagram é uma ferramenta excepcional para divulgar o trabalho. Eu posto lá desde o momento em que estou começando as telas, o começo da pintura, faço os stories com vídeos e fotos. Então, o pessoal consegue acompanhar legal. Tem uns vídeos postados produzindo os quadros desde o começo, dá para ver como é o meu trabalho.

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Você vende os quadros que estão mostrados no Instagram? Como faz para comprar?

Alguns quadros do Instagram já estão vendidos, outros ainda estão comigo e outros estão nas lojas que eu falei. E para comprar, você pode entrar em contato comigo e a gente negocia o valor pelo Instagram. Os que estão nas lojas, aí o consumidor pode pegar, e comprar por lá, e depois eles repassam para mim. Assim que eu estou vendendo, tenho a pretensão de colocar em alguns sites também, mas ainda não pensei em qual exatamente. 

Para conferir as obras do bauruense, você pode acompanhar no Instagram ou no canal no YouTube dele. Alguns quadros estão disponíveis também nas lojas Casa Autoral, Espelharia, Casa Mix e AmorArt. 

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