Após cinco dias de festival on-line, o Filma Bauru chega ao fim. O Festival de Cinema do Interior contou uma mostra competitiva de curtas-metragens de ficção, documentário e animação, e uma mostra não competitiva de curtas experimentais, videoclipes e videoartes.

Foram mais de 50 filmes exibidos ao público de forma gratuita. Entre eles: curtas-metragens, videoclipes e videoartes. Parte das produções audiovisuais participaram da competição concorrendo aos prêmios de Melhor Curta-metragem de ficção, animação e documentário, e ao Prêmio do Júri Popular, por votação aberta no site.

O público surdo e com deficiência auditiva também teve acesso às obras do festival. A fim de promover acessibilidade, as apresentações e a cerimônia de premiação tiveram a presença de intérprete de Libras.

Além disso, todas as produções audiovisuais exibidas no festival contaram com a janela de Libras. A iniciativa, produzida pela própria equipe do evento, é uma das únicas entre os festivais de cinema do estado.

O encerramento do Filma Bauru foi realizado no último sábado, 09 de outubro, com a revelação dos vencedores da mostra competitiva. Confira abaixo os ganhadores:

Melhor Ficção – “Duda”

Sinopse: Faz seis dias que Maria não dorme. Atormentada por traumas da sua primeira gravidez e grávida de 8 meses do seu segundo filho, novamente não distingue a realidade da alucinação: seus dias e noites são cercados de amarelados pesadelos. Imersa em um vertiginoso fluxo de consciência essa mãe vai reviver o terror da depressão pós-parto.

Direção: Carol Lobo.

Melhor animação – “Covid 19 Zeitgeist 20”

Sinopse: Short film inspirado numa short story de Tolstoy, feito durante a quarentena da pandemia. De palavras a GIFs, épocas diferentes com algo em comum. De quanto tempo um homem precisa?

Direção: Eddie Silva.

Melhor documentário – “O espaço do não ver”

Sinopse: Por meio de ruídos sonoros e de fragmentos em imagem, o universo promove um entrecruzamento de segmentos artísticos entre música, fotografia, poesia e cinema na construção de uma linguagem que explora os sentidos auditivos e visuais humanos, no intuito de provocar sensações que abrangem a inclusão por um reconhecimento do “invisível” de áreas da territorialidade municipal.

Direção: Guilherme Bonini.

Melhor filme por Júri Popular – “Fisgado”

Sinopse: Um pescador tenta por vários dias fisgar um peixe. Observar seu comportamento é a única forma de conseguir. Fracassar significa almoçar o que não quer. “Fisgado” é uma análise sobre as realidades e aquilo que existe além do que se conhece.

Direção: Guilherme Oisi.

Não conseguiu assistir aos filmes vencedores ao vivo? Após o fim do festival, os quatro premiados vão voltar ao ar por mais 24 horas, ou seja, ficarão de 9 a 10 de outubro, até o fim do dia. Assista no canal do Filma Bauru no Youtube.

Sobre o Filma Bauru

Idealizado pelos realizadores Abel Freitas e Alexandre B. Borges, o Filma Bauru nasceu a partir do projeto “Bauru em Cena”, contemplado pelo Prêmio Estímulo à Cultura de Bauru – edital 2012. Pensando no circuito audiovisual desde a produção até a circulação, o projeto envolveu a produção do curta-metragem “Pós-Fim” e a realização de uma mostra competitiva para estimular o contato entre produtores e estudantes da cidade.

A mostra, realizada em 2014, já com o nome Filma Bauru, contou com a estreia do curta-metragem no Sesc Bauru. Bem como oficinas, palestras e com a exibição e premiação de curtas locais no Teatro Municipal “Celina Lourdes Alves Neves”.

Desde 2018, o festival vem crescendo e ampliando a sua programação a partir do envolvimento de mais realizadores da cidade, que viriam a compor o atual Plano Conjunto – Coletivo Audiovisual de Bauru. Na 2ª edição, o evento contou com a exibição dos curtas-metragens produzidos por meio do Programa Estímulo à Cultura do município.

Já na3ª edição, em 2019, o Filma Bauru passou a contar com filmes produzidos em todo o estado de São Paulo, exceto capital. Foi produzida a primeira sessão de filmes em praça pública, consolidando mais um dos pilares do festival: a descentralização do acesso à produção cinematográfica local e regional.

Agora, em 2021, alcançamos um novo patamar, e a acessibilidade se torna mais uma palavra-chave do festival.

 

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