Considerada um dos maiores nomes do esporte de Bauru e ex-capitã da seleção brasileira dentro da quadra, Suzete Gobbi trabalha fora das quatro linhas há mais de 20 anos formando novos talentos do basquete aqui na cidade.

Uma história que começa em 1995, quando escolheu a Escola Criarte para matricular o filho Matheus e foi convidada para implantar a educação física no colégio. Três anos depois, inaugurou a escolinha Suzete Basquete.

A proposta soma a metodologia lúdica da Escola Criarte, a vontade da Suzete de compartilhar as vivências como atleta e o conhecimento científico da educação física para ensinar o esporte por meio das atividades inventivas, desenvolvimento a longo prazo e formação de pessoas.

Apesar de estar dentro da Criarte, a Suzete Basquete é aberta a alunos de todas as escolas, com idades entre 4 e 16 anos, para turmas masculinas, femininas e mistas. Com apoio do Confiança Supermercados e da Mezzani Alimentos, a escolinha oferece bolsas.

Escolinha de basquete

Para executar essa proposta, além da Suzete, a escola conta com uma equipe multidisciplinar, com assistentes técnicos (Fernando Meirelles, Eronides Ana da Cruz), preparador físico (Eduardo Mortari), fisioterapeuta (Gisele Blasioli) e ortopedista (Thaís Matsushigue).

Inclusive, foi essa estrutura que contribui para a realização do projeto ‘Treinando em Casa’, que atingiu visibilidade nacional. “Nós recebemos respaldo do Brasil inteiro”, comenta Suzete. Por meio de vídeos distribuídos pelas redes sociais (ainda disponíveis),  eles conseguiram manter o treinamento de jovens atletas por todo o Brasil.

No total, foram mais de 200 vídeos que traziam todo tipo de exercício, desde aeróbicos a habilidades com a bola. “A gente fez bastante coisa lúdica, que dava para fazer em casa, inclusive envolvendo a família”, comenta.

Carreira na quadra

Natural de Penápolis, Suzete foi capitã da seleção brasileira por mais de dez anos e participou de mundiais, pré-olímpicos e pan-americanos. Nos anos 80, liderou o grupo que marcou o início da carreira das estrelas Hortência e Paula.

Essa trajetória é levada para as aulas com as crianças, desde a “infância maravilhosa no interior brincando na rua” até o tempo como atleta de alto nível. Por isso, a ideia dela é compartilhar a trajetória de sucesso no esporte, incluindo o fato de que ainda joga campeonatos na categoria Master. 

“O respeito dos alunos é maior, porque a gente fala com convicção. Por isso, cobramos deles porque sabemos o que podemos cobrar. Ex-atletas, por terem tido essas experiências, conseguem passar essas vivências para a criança”, comenta a ex-atleta.

Escolinha de basquete

Da “hortinha” para as competições

Uma das experiências da Suzete é saber que a formação de atleta é um trabalho a longo prazo, ou seja, feito por etapas. Com duas aulas por semanas, os professores, dependendo da idade, ensinam com atividades lúdicas, praticam os fundamentos, treinam as equipes e participam de competições.

Escolinha de basquete

“São fases e não podemos pular. Tudo é feito de modo planejado”, comenta a treinadora, começando pela turma dos menores de 10 anos, que eles chamam de “hortinha”, na qual as aulas são mais lúdicas.  “Eles brincam e acabam despertando o gosto pelo basquete”. 

Professor nesta etapa, o preparador físico Eduardo Mortari complementa. “A ‘hortinha’ é o primeiro contato com a bola, quando eles começam a ficar empolgados com o esporte. É cheio de brincadeiras. Sem perceberem, eles aprendem a fazer a bandeja, o drible, etc. Aprendem se divertindo”.

Para os mais velhos, além das aulas mais técnicas, as competições servem como espaços de aprendizado. “Podemos ensinar todos os fundamentos, mas só vivenciando o jogo em si, com árbitro, uniforme e placar, é que dá para sentir o esporte”, enfatiza a treinadora.

Atletas e cidadãos

Nesse sentido, o futuro é um dos objetivos da Suzete, seja pela formação de atletas, seja pela educação. No primeiro, os resultados são vistos nas participações em campeonatos regionais e nos jogadores integrantes nas categorias de base de clubes profissionais.

Escolinha de basquete

“Recebemos muitas ligações dessas pessoas que estão trabalhando com as nossas crianças lá fora e falam da importância do nosso trabalho. Isso fortalece nossa proposta”, comenta Suzete.

No segundo, a equipe da escolinha entende a importância do esporte para formar pessoas. Esporte e escola estão conectados, comenta Suzete, contando casos em que a educação foi mais importante que os resultados em quadra.

“Já tiramos meninos importantes para o time em finais, porque faltavam ao treino, não tinham compromisso ou estavam com notas baixas. Sempre damos prioridade para quem mostra que está comprometido com a escola e o esporte. Queremos mostrar que os dois têm que caminhar juntos”, relata.

Esporte forma pessoas

Como provaram pesquisadores na Islândia em análise dos resultados de mais de 20 anos de uma iniciativa chamada Planet Youth, o esporte transforma vidas e contribui para a sociedade. 

Suzete destaca esse potencial, especialmente para as crianças. “Elas são o futuro! E aqui dentro da nossa escolinha de basquete, a gente faz o que pode para ajudar na formação das crianças”.

Por isso, uma das atividades da escolinha é incluir os alunos na participação em projetos sociais. Os pequenos contribuem com campanhas de arrecadação de alimentos, calçados e brinquedos, participam de projetos como o Ecopatinhas e ajudam na campanha Natal Au Au-Totó, que arrecada rações, organizado pela escolinha.

“As crianças abraçam todas as campanhas, inclusive cobram dos pais para doarem também, é muito bonito”, diz Suzete, que, a cada resposta, solta um largo sorriso. Isso porque, com uma vida dedicada ao basquete em quadra e fora dela, a ex-atleta mostra a potência do esporte.

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Serviço
Suzete Basquete
Endereço: R. Antônio Alves, 31-51
Contato: (14) 99609-2826
Instagram: @criartesuzetebasquete
Facebook: /criartesuzetebasquete

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