Algumas histórias de Bauru não começam aqui. A da Amily Joalheria e Ótica, por exemplo, começa em Duartina. Mais precisamente em 1978. 

Silas Bastos saiu de lá com mais dois irmãos, aos 18 anos, para tentar melhorar de vida em Bauru. A princípio, trabalhou em um hotel no centro da cidade, mas não via muito futuro nesse emprego.

Foi quando um colega o chamou para mudar de profissão e trabalhar com joias. “Na época, ele perguntou o que era isso. Ele nem sabia o que era uma joia”, comenta o filho, Fernando Bastos. 

Carreira como ourives

Silas foi contratado em uma empresa com 30 ourives, onde cada um fazia um determinado serviço. Foi lá que ele aprendeu o ofício: derretia e moldava o ouro – começou como aprendiz de brincos de argola.

Com o tempo, foi ganhando experiência e começando a fazer outros tipos de joias, como anéis e correntes. “Ele era um ourives completo, conta Fernando. Em 1987, Silas comprou sua parte da fábrica e nunca mais fez outra coisa.

Ele, inclusive, fez a própria aliança de casamento com Magda Bastos.

Alguns anos depois, entre 1999 e 2000, a família abriu sua unidade na quadra 1 da Rua Gérson França, no centro da cidade, e passou a usar o nome Amily (segundo nome da filha do casal e que era mais “diferente” para a época).

 

Também foi em 2000 que Fernando começou a trabalhar com o pai. Ele tinha apenas 12 anos e aprendeu a limpar as peças, lixar e polir. Silas faleceu em 2016, mas Fernando e a mãe mantiveram a loja, que funciona até hoje com todos os serviços.

Serviços da Amily Joalheria e Ótica

Na Amily, os clientes podem fazer joias personalizadas, trocar baterias e pulseiras de relógios e, desde 2009, também há a parte de ótica, com armações de diversas marcas e modelos a partir de R$150. A confecção das lentes fica por conta do Laboratório Perego.

“Em 2008, meu pai queria incrementar a loja e colocar algo a mais, então começamos com a parte de óculos”, conta Fernando. Para isso, ele foi até Londrina para fazer um curso técnico na área. 

O carro-chefe da Amily é a confecção de peças em ouro amarelo, de forma artesanal. É muito comum as pessoas levarem peças em ouro para que sejam transformadas em outras peças, como alianças, brincos e correntes.

Uma das clientes da loja, inclusive, pretende dar anéis e pulseiras para as duas filhas a partir de joias que eram da própria mãe, que faleceu. Essa é uma prática bem comum entre os clientes – a transformação de peças.

É ouro ou não é?

Fernando também faz avaliação para saber se as joias realmente são de ouro. Ele explica que, na maioria das vezes, consegue identificar apenas olhando e sentindo a peça (aparência, peso, textura), sem precisar de teste. 

“Quando as pessoas são mais desconfiadas, ou quando estou com muita dúvida, limo a peça e coloco um ácido. Se borbulhar e ficar verde, não é ouro. Se não borbulhar e ficar só um pouco marrom, é ouro”, explica.

Algumas histórias

Em tantos anos de trabalho, Fernando tem várias histórias para contar de clientes que procuraram a Amily Joalheria e Ótica.

Em 2009, um colega de faculdade dele quis fazer uma pulseira com parte do ouro que era do bisavô, vindo da Polônia. “Ele quis a pulseira em ouro rosé, branco e amarelo. Ela era bem grossa, uma peça única”, lembra. A peça levou cerca de 30 dias para ficar pronta.

Alguns anos antes, em 2003, Silas abordou um casal no calçadão de Bauru. Fernando reproduz as palavras do pai: “estou vendo que vocês são namorados, queria dar um cartão da minha loja, que fica logo virando ali”.

O casal realmente apareceu lá para fazer as alianças de casamento, dois anos depois. E após 17 anos, em janeiro deste ano, eles retornaram. “Trouxeram a mesma caixinha quadradinha com o logo. E também o nosso certificado da época”, conta Fernando.

A moça ficou até emocionada quando soube que Silas havia falecido.

Fernando também lembra do anel com o formato de estante de música que fez para a prima, em 2004. Ela se formou em música, foi para Cuba e até uma amiga cubana pediu uma peça na Amily quando veio para o Brasil.

Continuar essa história

Uma foto de Silas e Magda fica colada na parede da pequena oficina de Fernando, bem à mostra. Ele fala sobre os principais valores que o pai deixou para a família. “Ele sempre nos direcionou a fazer um bom serviço, ter um bom caráter e ser honesto, completa.

Para continuar esse legado na joalheria, Fernando carrega a lembrança nas mãos – literalmente. O anel que ele usa hoje, era a aliança do pai, que ensinou a ele muito mais do que apenas uma profissão.

publieditorial

Serviço
Amily Joalheria e Ótica
Endereço: Rua Gerson França, 1-69 – Centro
Horário de atendimento: Segunda a sexta das 9h às 18h e sábado das 9h às 15h
Contato: (14) 99813-0264 (WhatsApp)
Instagram: @amily_joalheria_otica
Facebook: /amilyjoias

Compartilhe!
Carregar mais em Negócios

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verifique também

Biomédica de Bauru destaca avanços em estética após participar de congresso em Mônaco

Pontuada pelo termo “vestida de pele”, a tendência da harmonização facial é, cada vez mais…