Será que existem diferenças entre as mulheres brasileiras e as suecas? Pois é exatamente isso que os cineastas Luiz Felipe Sandre e Tom Granberg Filipp vão descobrir. Os dois, que se conheceram durante um curso de cinema em Los Angeles, estão trabalhando juntos no projeto Similar, but Yet so Different, documentário que irá mostrar as diferenças entre as mulheres no Brasil e na Suécia.
“Eu acho que elas têm mais similaridades que diferenças. Elas são a ‘cabeça’ da família. Mas eu acho que na Suécia elas têm mais noção sobre os direitos delas. Eu acho que aqui no Brasil elas ainda não perceberam quais são esses direitos”, diz Luiz Felipe que já produziu vídeos consagrados que foram exibidos em festivais como o de Cannes.
O projeto conta com oito personagens que irão falar sobre as suas vidas e relatar como cada uma consegue sobreviver mesmo com as dificuldades.
“Queremos abrir a cabeça das pessoas. Não importa onde elas estão hoje, mas que elas saibam que têm a oportunidade de mudar qualquer situação. Mudar, principalmente, de uma forma otimista. O otimismo dessas pessoas, mesmo com todas as dificuldades, é muito grande. Elas estão sempre felizes. Então acho que esse é o maior exemplo que esse filme vai dar. Mostrar a força de vontade dessas mulheres”, afirma Luiz Felipe. Saiba mais sobre o projeto:
Quando vocês se conheceram?
Luiz Felipe: A gente se conheceu nos Estados Unidos, quando estávamos estudando cinema em Los Angeles. Foi lá que começou essa parceria. Lá mesmo a gente já começou a trabalhar juntos em alguns projetos. Depois eu me mudei para a Suécia junto com o Tom e aí começamos a trabalhar na produtora dele.
Por que você decidiu ir para a Suécia?
Luiz Felipe: Eu fui para trabalhar com ele. Como eu sou mais diretor e escritor e ele produtor, um complementava o trabalho do outro. Por isso que começamos a trabalhar juntos.
E tem sido fácil morar lá?
Luiz Felipe: Sim, eu consegui um visto de trabalho, então está tranquilo.
E por que vocês estão agora no Brasil?
Luiz Felipe: Estamos aqui por causa do nosso novo projeto. Viemos para tentar conseguir patrocínio e para fazer as gravações. O projeto é sobre mulheres brasileiras e suecas.
Mas as gravações serão só em Agudos?
Luiz Felipe: Por enquanto, vamos filmar alguns depoimentos em Agudos, mas a intenção é viajar pela região.
E como surgiu a ideia de fazer esse vídeo?
Luiz Felipe: A ideia surgiu durante uma conversa nossa, depois de um evento que aconteceu na Suécia. Esse evento aconteceu em uma lanchonete de um hospital e lá eles começaram emitir notas para os clientes com frases dizendo que eles não conseguiam mudar o passado, só o futuro. Algo assim. E muitas pessoas se revoltaram com isso porque falaram que as pessoas tinham esse poder de mudar o futuro. E eu achei muito estranho porque conheço muitas mulheres que tinham problemas e conseguiram mudar de vida. Achei interessante ver como as opiniões são tão divergentes. Então, foi a partir disso que eu pensei em fazer um documentário sobre esse assunto, sobre as diferenças entre as mulheres daqui e da Suécia.
E, até agora, quais as maiores diferenças que vocês já perceberam?
Luiz Felipe: Eu acho que elas têm mais similaridades do que diferenças. Elas também são a ‘cabeça’ da família. Mas eu acho que na Suécia elas têm mais noção sobre os direitos delas. Eu acho que aqui no Brasil elas ainda não perceberam quais são esses direitos.
E como você enxerga a mulher, Luiz? Que exemplos você teve na sua vida
Luiz Felipe: A imagem da mulher na minha família, por exemplo, é bem positiva. Minha mãe sempre foi muito batalhadora.
Então a vontade de trabalhar com isso também vem dela, né?
Luiz Felipe: Exatamente. Minha mãe é um exemplo.
E o que falta para vocês conseguirem executar o projeto?
Luiz Felipe: A gente precisa arrecadar os fundos para realizar todo o projeto. Qualquer ajuda será muito válida. Estamos com a ajuda da Prefeitura de Agudos, mas precisamos de mais auxílio.
Quanto tempo ficarão aqui?
Luiz: A princípio serão dois meses, depois vamos apresentar um outro projeto que temos em alguns festivais.
Vocês sempre quiserem trabalhar com cinema?
Luiz Felipe: Sim, quando eu era mais novo eu trabalhei com teatro e depois fui para o cinema.
Tom: Eu trabalha com tevê antes… nossa, isso faz muito tempo! (risos). Uns 12 anos atrás, na verdade. Depois comecei a trabalhar com cinema.
E você está há pouco tempo aqui, Tom, mas o que você mais gostou do Brasil por enquanto?
Tom: Nossa, a comida! (risos) A comida é realmente muito boa.
E o que você mais sentia falta daqui, enquanto estava na Suécia?
Luiz Felipe: Ah, comida também. Nossa, a comida brasileira é a melhor que existe. Voltei e já quis comer de tudo, inclusive um pastel em Agudos! (risos)
O que vocês esperam atingir com esse projeto? Qual o maior objetivo?
Luiz Felipe: Queremos abrir a cabeça das pessoas. Não importa onde elas estão hoje, mas que elas saibam que têm a oportunidade de mudar qualquer situação. Mudar, principalmente, de uma forma otimista. O otimismo dessas pessoas, mesmo com todas as dificuldades, é muito grande. Elas estão sempre felizes. Então acho que esse é o maior exemplo que esse filme vai dar. Mostrar a força de vontade dessas mulheres.
*Serviço
Para conhecer mais sobre o projeto e a produtora responsável pelas gravações é só acessar os links com os conteúdos do projeto: www.vimeo.com/119475446
Site da produtora TGF productions, responsável pela produção do documentário:
www.tgfproductions.se
Link da página “Similar, but Yet so Different” no Facebook:
www.facebook.com/similarbutyetsodifferent