camila-bailarina-topo

“Esta menina, tão pequenina, quer ser bailarina. Não conhece nem dó nem ré, mas sabe ficar na ponta do pé”. Diferentemente do poema de Cecília Meirelles, Camila Maio não quer ser bailarina – ela já é uma grande bailarina. Recentemente, a baruense de apenas 11 anos conseguiu algo inédito: ela se tornou a primeira bailarina da cidade a conseguir uma vaga na Escola do Teatro Bolshoi de Joinville, em Santa Catarina.

Para se ter uma ideia, esta unidade é a única do mundo fora da Rússia e é considerada patrimônio cultural da humanidade pela ONU e UNESCO. Com uma seleção bem rígida, Camila venceu candidatos brasileiros e argentinos em dois dias de seletivas. O que deixaria qualquer pessoa muito nervosa, não é mesmo? Não para a Camila que conseguiu manter a calma e a leveza, típicas de uma bailarina.

O Social Bauru conversou com estudante do DEA – Divisão de Ensino às Artes da Secretaria Municipal de Cultura – e soube mais detalhes sobre esta conquista. Esta menina, tão pequenina… vai longe!

Há quanto tempo dança ballet?
Camila: Danço ballet há 5 anos.

Como surgiu o seu interesse pelo ballet? Foi influência da família, alguma amiga… como foi esse começo?
Camila: Pra falar a verdade, não lembro bem, mas sei que desde os três aninhos eu queria fazer ballet. Mas não tive influência nenhuma de amigos e nem familiares.

Como é a sua rotina? Você ensaia todos os dias?
Camila: Eu entro na escola às 13:30 e saio às 18:20. Mas minha aula de ballet começa às 18:30, então eu saio da escola e vou direto para as aulas. Faço de segunda, quarta, sexta-feira, e aulas de reforço aos sábados.

Sente muitas dores por conta da dança? Já teve algum problema com isso?
Camila: Na verdade, é raro eu sentir dores por causa do ballet. Apenas quando faço um alongamento muito intenso.

E em algum momento, você pensou em desistir dança e dos ensaios? É difícil conciliar com a escola?
Camila: Sim, já pensei nessa hipótese em um dia que eu não estava nem um pouco afim de ir à aula. Mas continuei, pois preferi pensar que era só um cansaço. Mas, na verdade, não é tão difícil conciliar com a escola.

E você estava nervosa para as audições? Como foi esperar cada dia… imagino que tenha ficado bem ansiosa!
Camila: Nem tanto. Sim, fiquei muito ansiosa, mas nervosa não.

Como se preparou para essas provas? Fez algo para ficar mais tranquila?
Camila: Eu pedi aos meus pais, recursos que poderiam ajudar à aprimorar minhas capacidades, como colo de pé, alongamento, etc. Me esforcei em todas as aulas, e também tinham aulas extras aos sábados.

O que sentiu quando viu que tinha sido selecionada? Você imaginava que iria conseguir?
Camila: Tive uma grande mistura de sentimentos, como alegria, orgulho, tristeza… Pra falar a verdade, eu não imaginava que iria conseguir, mas também não achava que eu não era capaz de ser selecionada, apenas fui lá, pensando o mínimo possível nos resultados.

E como será a sua rotina agora? O que irá mudar?
Camila: A partir de fevereiro do ano que vem, farei quatro horas de ballet na Escola Bolshoi, e o resto do dia na escola normal (isso, de segunda a sexta-feira). Muitas coisas mudarão, como horas de treino, novas amizades…

E você está nervosa com essa nova fase?
Camila: Eu não diria nervosa, mas sim, ansiosa.

Você ainda é muito nova e deve estar cheia de planos. Mas qual o seu maior sonho?
Camila: Meu maior sonho é frequentar a Escola Bolshoi na Rússia, sendo uma bailarina profissional.

Compartilhe!
Carregar mais em Cultura
...

Verifique também

Ao som de pagode, Sun7 no BTC terá shows da Envolvência, Kamisa 10 e Grupo Vibe

No dia 11 de maio, a partir das 18h, o BTC recebe a ‘Sun7’, uma festa ao som de pagode com…