A bauruense Jô Araújo não deixou de alugar filmes e ouvir cds
A bauruense Jô Araújo não deixou de alugar filmes e ouvir cds

Você sabia que na era da Netflix existem pessoas que ainda alugam filmes? E que, mesmo com o Spotify logo ali com músicas e mais músicas de todas as décadas, alguns ainda colecionam discos e cds? O mundo da moda diz que o que um dia foi bonito sempre volta a ter destaque anos depois. Com o mundo tecnológico não é diferente, afinal, o antigo pode ser deslumbrante.

Para alguns, o uso do antigo é um hobby. Esse é o caso da jornalista Julia Dantas. Ela ganhou uma câmera analógica do pai em seu aniversário e se diverte com a ‘nova’ experiência. “Como é um tipo de fotografia que nunca havia feito, é legal pensar como era o processo antigamente. Você fica muito mais seletivo sobre o que vai fotografar, até por questões econômicas com filme e revelação”, explica Julia. Mas na hora de apostar no antigo ou no novo para o trabalho, não há dúvidas. “O processo é bem diferente da foto digital e é uma experiência interessante. Mas para uso profissional, acredito que seja pior do que a fotografia digital”, conta. “Não sei até agora se as fotos saíram com foco ou não!”, diverte-se.

Com certeza, os meios tecnológicos facilitaram a vida em sociedade em mais sentidos do que atrapalharam. Entretanto, o antigo tem um encanto difícil de encontrar no novo. Joelma Marino é jornalista e costumava escrever cartões de natal à mão para os amigos e parentes. Para ela, “a letra da pessoa transmitia a alma, o carinho, o amor”. “Parei com o costume em 2015, porque a troca de cartões parou de ser recíproca. Tive que me render aos grupos de família no Whatsapp, mas ainda prefiro telefone fixo e conversas pessoalmente”, diz Joelma.

É muito comum que o amor pelas antiguidades ou costumes venham de família. “Essa história de alugar filmes é um costume de longa data que começou pelo meu pai”, conta a maquiadora e estudante de psicologia Jo Araújo. Além dos filmes alugados, Jo também compra cds, mas isso não quer dizer que ela não tenha se rendido ao meio online. “Eu acredito que me rendi, porém parcialmente. As séries eu normalmente busco na internet, mas ainda acho essencial o tempo que dedico saindo de casa e indo até a locadora”, afirma. A estudante acredita que a locadora oferece mais opções, no sentido que existem prateleiras inteiras que você talvez nem pensasse em procurar online.

Juliana Siqueira também não abre mão de escolher os filmes na locadora. “É bem mais gostoso assistir na TV. Os meus amigos acham um pouco estranho, principalmente porque as locadoras são cada vez mais raras”, afirma. E as lojas de cds e vinis? Você já reparou que está cada vez mais difícil de encontrá-los? Aran Carriel não só é jornalista e amante dos vinis, como também tem uma loja para quem não abre mão da vitrola. “Não é uma resistência nem preferência exata. É mais um hábito cultural que nunca abandonei porque não me há necessidade”, afirma. O DJ Teruo Kosaka segue na mesma linha com uma coleção de, aproximadamente, 2.000 cds. “Eu confesso que só baixo quando preciso de algo especial. No mais, sempre ouço os meus cds”.

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