Cada vez mais alunos estrangeiros buscam o Brasil em seus intercâmbios educacionais. Segundo a Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), o mercado brasileiro de educação estrangeira cresceu 23% em 2017, chegando a 302 mil estudantes que vieram para o país.

Esses números se refletem em Bauru, cidade universitária que conta com muitos intercambistas que estão de passagem ou vieram para ficar.

Mas, como será a visão de Bauru para quem é de fora? Conversamos com três estrangeiros que moram há alguns meses na Cidade Sem Limites e contaram como é o dia a dia deles!

Bauru por outros olhos

Quando passamos todos dias em um mesmo lugar, acabamos parando de perceber as nuances da cidade, que estão bem embaixo de nossos olhos. Contudo, esses intercambistas contam o que mais gostam em Bauru.

Christian Macías é do Uruguai e está em Bauru há pouco mais de três meses. Ele é intercambista pela Unesp e conta o que mais gosta na cidade:

“Gosto de Bauru por ser uma cidade universitária e por ter muitos jovens morando nela. Mesmo não gostando de calor, tem vezes que gosto de sair pelas noites e ficar num barzinho tomando algo; isso me lembra do verão e das férias, então parece que estou todo dia de férias!”, ele brinca.

Christian ainda conta que achou as pessoas de Bauru muito receptivas e que o estilo de vida da cidade é muito tranquilo, levando essa tranquilidade para o âmbito pessoal.

Essa receptividade também é vista por outros estrangeiros, como conta Yenisei Aguero, cubana que está no Brasil há seis meses.

“As pessoas de Bauru me receberam de uma forma muito legal!”, ela conta.

E ainda que Bauru seja uma cidade de interior, tem muitas coisas que chamam a atenção dos estrangeiros, como brinca a colombiana Valéria Velasco:

“Uma das coisas que é melhor do que Medellín são os rodízios de sushi! Isso não tem na minha cidade!”.

Saudades de casa?

Mesmo que Bauru se mostre uma cidade receptiva, a saudade de casa sempre bate. Para Christian, a diferença de temperatura é o faz o uruguaio pensar no seu país de origem.

“Bauru é uma cidade muito quente e fica longe do mar, então fico com saudades do frio e de ver qualquer corpo d’água maior do que o lago do Vitória Régia”, ele conta.

E o calor realmente foi uma questão que fez Christian mudar sua rotina, sem contar os primeiro dias em que ele ainda não conhecia ninguém, o que o fez se sentir um pouco sozinho.

“Nos primeiros dias foi difícil me acostumar ao calor: Bauru me recebeu com 31°C quando eu tinha deixado o inverno de 6°C de manhã. Então tive que sair para comprar roupa mais adequada (regatas e bermudas)”.

A língua também pode causar estranhamento para quem chega ao Brasil! Engana-se quem pensa que o português e o espanhol são tão parecidos assim.

“A coisa que mais me chocou foi a língua, porque quando eu cheguei, não sabia nada de português, então, isso foi muito difícil mesmo!”, comenta Yenisei.

Apesar de tudo, Bauru se tornou o segundo lar desses três estrangeiros, e ficando na cidade ou não, ela irá deixar marcas positivas!

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