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Tudo novo: esse é o lema da de Saulo Imparato, Leandro Maia e Raphael Gouveia. Para entender bem a história desses três músicos, é preciso voltar um pouco no tempo.

Saulo foi o primeiro baterista da Blind Snake, antiga banda de Leandro e Raphael. Por problemas na agenda, meses depois da formação, o baterista deixou a banda, foi substituído e a Blind seguiu se apresentando nos bares da cidade.

Porém, como a banda estava passando por uma reformulação do repertório e mudança de integrantes, Leandro e Raphael decidiram mudar tudo de novo. Foi aí que Saulo entrou em cena novamente.

Para a nova formação, nada que um nome diferente. Pela dificuldade do público e proprietários das casas noturnas em pronunciarem Blind Snake, os músicos fizeram uma reunião e decidiram que dessa vez teria que ser um nome mais brasileiro. “Pensamos em vários nomes e tínhamos a palavra Caranga que significa carro e lembra o rock and roll. Aí fizemos o logo com esse nome em novembro do ano passado. Tivemos muitos problemas com o nome Blind Snake e Caranga é muito mais sonoro”, afirma Leandro, o vocalista da banda.

Além disso, o repertório também passou por uma grande mudança. Os clássicos do rock dos anos 60 e 70 como Neil Young, por exemplo, deu espaço para hits mais atuais como as músicas de The Killers, Maroon 5 e Franz Ferdinand. Se antes era o rock que imperava no som dos caras, hoje é o pop rock o carro-chefe da Caranga Trio.

“Mudamos o repertório por uma necessidade nossa, por querermos oferecer um novo produto ao público e ao contratante. Todo mundo sempre toca a mesma coisa e a gente queria fazer um rock mais divertido. Se você chegar a um lugar que não é tão underground e tocar Peter Frampton ninguém vai entender…”, diz o vocalista e Saulo completa:  “se tocar o que é mais atual, a interação é muito maior”.

E essas experiências passadas só estão ajudando nesse novo projeto. Os antigos ritmos que tocavam como erudito, rock clássico e metal foram a escola que eles precisavam para conseguirem tirar as músicas que apresentam atualmente. “Quando você toca com alguém que tem time, groove do rock, facilita muito!”, conta Leandro.

Apesar de a cidade contar com muitos músicos que se apresentam na noite, Leandro, Saulo e Raphael afirmam que isso só facilita o trabalho deles e sim, tem espaço para todo mundo. “Hoje o cenário está muito diferente do que era antigamente. Apesar de ter muitos músicos, existem muitos bares que abrem as portas para a gente. Além disso, estão valorizando muito mais o nosso trabalho hoje e como existe uma oferta muito grande, esses músicos estão mais profissionais e responsáveis. Sempre digo que um cirurgião nunca vai trabalhar bêbado, por que existem músicos que vão? Só porque trabalha na noite? E hoje esse músico sabe que se não fizer um bom trabalho, logo será substituído porque a procura é grande”, conta Saulo.
 

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