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Essa entrevista com a Cavalo Morto durou menos de 1 hora. Mas poderíamos ficar mais tantas outras que histórias não iriam faltar. Com mais de 20 anos de carreira, a banda bauruense coleciona shows históricos, fãs e muito prestígio por onde passa.

De um jeito singular, os integrantes conseguiram se inovar ao longo da carreira e ainda, amadurecer ao lado de seu público. Hoje, a Cavalo Morto acredita que faz um som totalmente diferente daquele no início dos anos 90. No começo, a banda se inspirava mais no rock and roll clássico, típico dos anos 70, com muito Deep Purple, Jimi Hendrix e Black Sabbath. “Na verdade, era essa a nossa ideia, fazer uma banda só com o som dos anos 70. Até a nossa roupa era assim!”, afirma Erick Castro, baterista da banda.

Segundo os integrantes, a transformação deu-se por conta da mudança de som nos anos 80. “No começo, o heavy metal estava muito em alta, mas depois começou a estagnar com a entrada do grunge e foi uma década de incertezas. Mas nós fomos para um lado mais pesado, de Metallica e Pantera. Até o nosso visual mudou, mas foi tudo muito natural. O público mudou e nós mudamos junto”, diz o vocalista Alan Breslau.

Com os anos, tudo foi mudando, um amadurecimento que veio com o tempo e com as experiências e, hoje, a banda acredita estar em sua melhor forma. “Essa é, sem dúvida, a melhor formação que a gente já teve. A mais frutífera e a que está indo mais longe. Hoje, estamos atingindo patamares que a gente nunca imaginou que um dia iria atingir. Já pensamos até em parar por estar muito estagnado. Com certeza, nesses mais de 20 anos de banda, os últimos foram os melhores. Estamos muito maduros e está rolando mais shows na região”, diz o Alan.

E os frutos, que foram plantados ao longo dessas duas décadas, estão sendo colhidos hoje. Atualmente, a banda comemora o campo que se abriu na região de Bauru, lugares que podem sentir e testar um novo público, totalmente diferente do habitual. Na cidade natal existe mais competição – sadia, diga-se de passagem -, mas que interfere no resultado final, já que a pressão é muito maior.

Para os amantes do som dos caras: uma novidade: depois de tantos anos, a Cavalo Morto conseguiu se reinventar e irá trazer, em breve, suas músicas autorais em suas apresentações. “Ainda está muito no início, mas estamos nesse processo. Nunca pensamos que, em 21 anos, iríamos compor agora! Então, está sendo muito legal. O problema é que não tem retorno. Ninguém paga para ver um som próprio. Mas, se você toca música do Black Sabbath que você não aguenta mais ouvir, o público inteiro canta e se arrepia. E na verdade, é isso que o que a inda dá aquele tesão para gente”, afirma o vocalista.

E empolgar o público não é uma missão muito difícil para esses caras que já são famosos por seus shows nada singelos. Ver gente gritando, pulando em cima do palco ou na própria mesa já é rotina, seja em uma casa noturna ou em um lugar aberto. O próximo destino será em um navio, no cruzeiro Motorcycle Rock Cruise. Atenção tripulantes: ‘os possuídos pelo rock’ estão chegando.

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