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Ela é formada em Direito, mas sentia que faltava algo em sua vida. E foi, depois de uma reviravolta na vida pessoal e uma fase com início de depressão, que Carlla Luongo percebeu que deveria seguir seu coração e trabalhar com moda. Apesar de ainda não conseguir viver somente dessa vontade (Carlla trabalha no Banco do Brasil há sete anos), ela se sente realizada e completamente feliz! Nessa entrevista, a responsável por toda a produção de moda do Social Bauru Fashion Show contou sobre o início na profissão, as dificuldades em trabalhar com moda em Bauru e revelou detalhes da terceira edição do evento: “Já estamos pensando no próximo e, com certeza, será um novo desafio. O lance é surpreender!”

Quando você decidiu que iria trabalhar com moda?
“Há quase cinco anos minha vida pessoal deu uma reviravolta. Eu estava desmotivada e um pouco depressiva, precisava de um hobby. Sempre fui uma garota criativa, especialmente no jeito de me vestir. Senti que era o momento de me abrir para algo novo. Sou advogada e não queria fazer nada relacionado com essa área. Foi quando comecei a procurar cursos online na área de moda pra ver como era estudar algo legal sabe? (risos). Fiz uns dois cursos e vi que realmente queria investir nisso. Até porque era divertido. Procurei o Senac e cursei Produção de Moda e na sequência emendei o curso Técnico em Coordenação de Moda e Estilismo. Depois disso, participei de vários workshops e palestras em São Paulo. Agora, estou me preparando para uma pós na área. Enfim, como costumo falar para as novatas da equipe, o ‘bichinho da moda’ me picou e a partir daí, a paixão se tornou profissão. E uma profissão onde me divirto muito, é minha terapia.”

E desde quando você atua nesse ramo? Consegue atuar com moda ou tem alguma outra profissão?
“Desde que comecei a estudar, por ser muito inquieta, já comecei a buscar o que fazer. Topava tudo. No Senac mesmo foi quando surgiu um convite da coordenadora do curso da Carla Costa, em formar uma produtora, a Compose. Trabalhamos cerca de um ano juntas e foi muito bom, mas depois acabou não dando certo. E resolvi seguir sozinha, pegando freelas. Mas sempre tive uma atividade paralela, trabalho no Bando do Brasil há sete anos e, infelizmente, ainda não consigo atuar exclusivamente com moda. Mas é um sonho que estou em busca de conquistar.”

Qual o maior desafio de trabalhar com moda em Bauru? A profissão não é valorizada?
“Ser paga! (risos) Na verdade, como todo trabalho que envolve ideia, criação, pesquisa, ou seja, nada tátil, palpável, o trabalho com moda é muito mal remunerado por aqui. Na verdade, muitos acham que sabem fazer e fazem mal! E quando pedem que você faça, te oferecem permuta, ou pedem só pra você dar uma ajudinha, sabe? Por ‘inbox’ mesmo! (risos). O que as pessoas não entendem é que o profissional em moda não é apenas aquele que sabe combinar saia e blusinha, ou o tipo de estampa que será o hit da estação. Existe muito estudo e trabalho. E tempo gasto com isso. Na área de produção de moda, que é onde mais atuo, dependendo do trabalho, foto, vídeo ou mesmo desfile, é necessária criação de conceito, casting, escolha de looks, planejamento, montagem de equipe, orçamento, observação de cartela de cores… bem, não é à toa que fica bom, neh? Mas reclamações à parte, estou feliz, pois acho que é um segmento em expansão e estou trabalhando para criar mais oportunidades para todos os profissionais de moda da região e informo que não são poucos!”

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E como surgiu o convite para participar do primeiro SBFS? Foi o primeiro evento de moda que você participou?

“Então… foi engraçado como tudo aconteceu. Eu comecei a ver as chamadas pra casting pela fan page do Social, e fiquei atenta, até cheguei a mandar inbox, me oferecendo para ajudar, pois como eu disse amo muito trabalhar com isso, mas me responderam que o evento já vinha sendo planejado juntamente a outro produtor de São Paulo. Aí eu desencanei. Depois, a menos de um mês para o desfile, essa pessoa desistiu. Não conhecia o Vinicius pessoalmente, mas a Mirella Cabaz, dona de uma loja na época, era minha amiga e parceira já a algum tempo e foi a quem ele pediu ajuda. E ela rapidamente me contatou… Sem pestanejar aceitei! Sobre ser o meu primeiro evento? Deste porte sim. já trabalhei em desfiles, como camareira, produtora e como stylist. Coordenei também, junto com dois colegas no desfile de TCC da minha turma no Senac, que aconteceu na boutique VOGUE Casa de Moda. Mas nada se compara à complexidade da organização do SBFS.”

E qual a sua análise desse segundo evento, o que teve de diferença no seu trabalho?
“Sem dúvida, foi tipo ‘começar do começo’, entende? Nessa segunda edição, escolhi e preparei o casting, trabalhei junto aos lojistas para escolha do styling, ou seja, a ‘cara’ que queriam dar para o desfile e, desafiei a mim e a minha equipe a dar para cada marca, um desfile com características próprias. Quis fugir daquela coisa de todo mundo de cabelo preso, maquiagem igual. E nisso tive a ajuda de uma equipe incrível responsável pela ‘beauty’ do desfile : Kelly Mitie, Fer Aranha e João Di Carvalho, além da Jô, Cidinha, Elaine, Thaís, Allan, Carla e Karina, que captaram com perfeição a minha proposta. Sem esquecer dos meus amigos de curso e hoje meus fieis escudeiros na produção: Raffa, Lu, Grenda, Mayara e Marcela. É aquela estória: uma andorinha sozinha não faz verão, não é mesmo?”

Qual a sua expectativa para o terceiro?
“A melhor possível, né! (risos). E minha cabeça não para! Já estamos pensando no próximo e, com certeza, será um novo desafio. O lance é surpreender!”

**Para conversar com a Carlla, entre em contato no seguinte email: [email protected]

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