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Depois de conhecermos a história de Mário Benedito Pereira, estudante de jornalismo da Unesp de Bauru que viajou de Sergipe a São Paulo, de bicicleta, para conhecer o apresentador Silvio Santos, resolvemos conversar com outras pessoas da cidade que também já fizeram de tudo para estar ao lado de um ídolo.

Como o caso de Isabelle Picolo, também estudante de jornalismo em Bauru, que viajou até Salvador, ao lado dos pais, para participar do DVD que a cantora Ivete Sangalo gravou para comemorar os 20 anos de carreira. “Foi um momento supermarcante pra mim. Muito especial, mas uma loucura, pois fiquei apenas dois dias na cidade! (risos). Mas ter isso registrado, sabendo que eu estava lá, é muito legal”, diz.

Isabelle começou a ser fã de Ivete quando tinha 10 anos e, alguns anos depois, conseguiu vê-la pela primeira vez, aqui em Bauru. “Eu fui a um show aqui no Recinto Mello de Moraes e com uma amiga que também era fã. Cheguei às 9h, sendo que os portões só iam abrir às 20h! As pessoas passavam na rua e ficavam olhando para gente! (risos). Depois, assistimos ao show bem em frente ao palco e, quase no fim da apresentação, o segurança falou para o pessoal do fã-clube formar uma fila porque a Ivete iria receber a todos. Quando a porta do camarim se abriu e eu, finalmente, conheci minha cantora, fiquei sem palavras! Óbvio! Mas ela já fez uma piada e aliviou o clima. Pediu pra que eu sentasse ao seu lado, perguntou se eu tinha gostado do show, falou pra tirarmos a foto. Foi tudo muito rápido, mas valeu cada segundo. A Ivete é muito carinhosa e olha nos olhos para conversar. Você percebe que ela gosta do que faz e gosta de estar ali. Fiquei feliz demais! Mal consegui dormir depois que cheguei em casa e lembrando de tudo o que tinha acontecido”, conta.

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Hoje, Isabelle já coleciona nove fotos com a cantora e teve a oportunidade de acompanhá-la em vários lugares, assim como a bauruense Priniellen Prado, que é fã da banda Nx Zero, liderada pelo músico Di Ferrero. “Eu conheci a banda quando ela começou a ser reconhecida e aparecer na mídia. Aí, uma amiga já gostava do som deles e eu comecei a ouvir também. O primeiro show que eu assisti foi em 2009, mas só consegui conhecê-los meses depois, quando ganhei uma promoção de uma rádio de São Paulo que podia passar um dia inteiro com a banda”, relembra.

Depois da ansiedade do primeiro encontro, Priniellen afirma que agora já se acostumou com os encontros e com a intimidade – tanto que até preparou uma festa surpresa para um dos membros da banda. “Teve um show em Lins que era no dia do aniversário do guitarrista. Então, eu e umas amigas combinamos de fazer uma festa surpresa para ele. Aí, no final, todos da banda foram e ele gostou bastante. Até ostou fotos nas redes sociais e ficou agradecendo”, diz.

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Já Chélide Teixeira, que é fã da cantora Sandy há 20 anos, teve a sorte de encontrar a artista, pela primeira vez, em Bauru. “Eu já tinha participado de várias promoções, mas consegui ser sorteada justo em um show na minha cidade”, relembra. Depois desse dia emocionante, a jovem teve a oportunidade de trabalhar na produção do DVD da Família Lima, onde reencontrou a cantora. “Hoje, trabalho em São Paulo como assistente de produção e participei da produção do DVD da 20 anos da Família Lima. Até acompanhei a entrevista dela para o making of do DVD e vi o show da coxia. Depois que a Sandy cantou, fui levar água para ela. Minha mão tremia, fiquei bem nervosa de estar perto dela! É difícil controlar a emoção de estar trabalhando ao lado de um ídolo”, confessa.

Apesar das críticas que já ouviram, todas afirmam que ser fã de um ídolo e conhecê-lo é uma experiência única e emocionante! “Muitos podem não entender nem concordar e achar perda de tempo ser fã de alguém, comprar CDs, DVDs, ir a todos os shows. Acho que tem coisas que só quem é fã de alguém consegue entender, né? Mas como dizem por aí: cada louco com a sua mania. E acima de tudo deve haver respeito”, diz Chélide e Isabelle completa: “Acho que todos deveriam ter essa ‘experiência’ de ser fã. É diferente de tudo e bem diferente do que essas pessoas pensam”.

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Emoção inexplicável
A jornalista do Jornal da Cidade não imaginou que seu encontro com o ídolo Alexandre Pires, vocalista do grupo Só pra Contrariar, iria ser tão emocionante como foi, na Grande Expo Bauru em 2014. “Eu me lembro que, antigamente, quando o locutor da rádio anunciava que seriam tocadas as músicas mais pedidas, ficava esperando ao lado do aparelho de som com o dedo na tecla Rec e uma fita cassete pronta para iniciar a gravação de Essa tal Liberdade. Essa música marcou uma fase importante da minha vida. Então, no ano passado, quando soube que o Alexandre iria se apresentar com o grupo Só pra Contrariar na Grande Expo Bauru, pensei : ‘essa é a minha grande chance de conhecê-lo. Nossa, assim que entrei no camarim e dei de cara com o Alexandre Pires, minhas pernas amoleceram e eu fiquei praticamente sem reação. Eu lembro que consegui dar um beijo no rosto dele e dizer que estava realizando um sonho naquele momento. Minha sorte foi que minha irmã estava comigo e me empurrou para o lado dele na hora da foto com as fãs. Ela também contou a ele que eu estava grávida e ele acariciou minha barriga e tirou uma foto extra comigo. A sensação de estar ao lado de uma pessoa que, até então, você considerava tão distante é indescritível. Saí de lá como se estivesse vivendo um sonho”, confessa.

Lilian também defende a postura de quem vai atrás de um ídolo, apesar de se considerar uma fã mais ‘contida’, atualmente, e achar que algumas loucuras não são bem-vindas. “Não sou adepta de atitudes extremas para ficar ao lado de um ídolo. Porém, para aqueles que criticam o simples fato de ser fã de um determinado artista, eu só diria que é próprio do ser humano buscar heróis e se espelhar em pessoas que possam servir de exemplo e transmitir coisas boas. Isso faz parte da vida e ajuda a transformar o dia a dia em algo leve e prazeroso”, finaliza.

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