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Um curso de teatro na época de escola mudou todo o futuro da bauruense Marcella Marques. Aos oito anos, ela começou a estudar, junto com umas amigas, e acabou se apaixonando pela arte. Hoje, ela já tem no currículo vários cursos, como o Wolf Maia; peças que estrelou e até concursos. Morando nos Estados Unidos há seis meses para estudar inglês, Marcella aproveita todas as oportunidades que surgem no caminho e não pensa pequeno: o futuro será promissor!

Durante a folga em suas aulas, a equipe do Social Bauru conversou com a atriz, que comentou sobre suas experiências e ainda reforçou dos benefícios do nosso país. “Morando aqui, eu vi o quanto as pessoas reclamam do Brasil. O nosso país é muito bom e proporciona para nós muita coisa que aqui, nos Estados Unidos, não é dado”.

Quando você decidiu que seria atriz? Na infância, já percebia que era isso que queria seguir?
Marcella: Quando eu tinha oito anos, a escola onde eu estudava abriu uma turma com aulas de teatro. Aí, comecei a fazer, junto com umas amigas. Porém, cinco meses depois, a escola ia parar com as aulas. Como as professoras eram de uma companhia de teatro de Bauru e queriam que a gente entrasse na companhia, eu continuei fazendo estas aulas.

Foi assim o seu começo?
Marcella: Isso mesmo. Então, com oito anos, já estrelei a minha primeira peça e até viajei em cartaz para algumas cidades. Fiquei uns três anos com eles e acabei mudando para o curso do Paulo Neves, também em Bauru. Sou muito grata ao curso porque ele mudou completamente a minha vida! Lá, eles não davam só aulas de teatro, mas aulas de tudo: dicção, história do teatro e aulas de dança, entre outros cursos. Isso muito importante para a minha carreira. E, na mesma época, eu comecei a trabalhar como modelo.

Quando você saiu de Bauru?
Marcella: Aos 14 anos, eu e a minha mãe decidimos ir para São Paulo e tentar algum emprego por lá. Entrei em uma agência e eles pediram para que eu me mudasse para lá. Fui com a minha família e, em pouco tempo, passei no teste para participar no curso Célia Helena, que é considerado um dos melhores de teatro do Brasil. Estudei durante quatro meses, mas precisei parar porque as aulas eram no período da noite e eu não estava conseguindo conciliar com a escola. Aí, eu prestei uma prova para entrar no curso Wolf Maya, que tem estrutura e professores maravilhosos. Lá, você realmente se sente em um set de filmagem. Existem até alguns teatros lá dentro, com lugares e palcos disponíveis para que os alunos realmente pratiquem e não fiquem só na teoria dos processos.

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Hoje você mora nos Estados Unidos, certo? Quando foi a sua ida e por quê?
Marcella: Eu vim para os Estados Unidos para fazer um intercâmbio e acabei entrando no curso de teatro da escola. Apresentamos duas peças e entramos em algumas competições. A primeira foi com uma cena em dupla e as notas foram divididas em ‘ruim’, ‘regular’, ‘bom’ e’excelente’. Conseguimos o ‘excelente’. Agora, em abril, eu irei para uma competição estadual, onde irei concorrer novamente com esta cena. Também participei de um outro concurso, este sobre Shakespeare, onde ganhei em primeiro lugar. O prêmio eram mil dólares e uma bolsa de estudos para a faculdade. Além desta bolsa, também ganhei uma outra 100% com uma prova em uma faculdade da Flórida. Além destes, participei de outro concurso também sobre Shakespeare, onde ganhei em primeiro lugar na minha escola e em segundo na fase estadual. Estas experiências estão sendo boas para eu ver como as escolas daí foram determinantes. Faz seis meses que estou aqui e está sendo incrível ver como nós temos boas escolas de teatro no Brasil. Claro que aí é difícil que a gente consiga se sobressair, porque aqui nos Estados Unidos temos mais oportunidades, mas no Brasil, a educação teatral é muito boa. Tudo o que eu aprendi, mesmo com o teatro amador, todas as experiências me ajudaram muito. E gostaria de ressaltar: morando aqui, eu vi o quanto as pessoas reclamam do Brasil. O nosso país é muito bom e proporciona para nós muita coisa que aqui não é dado. Porém, quando se fala em arte, aqui eles acabam dando oportunidade desde cedo, já na escola. Sem contar que existem muitas competições, como as que eu participei, que incentivam que os alunos continuem praticando.

Quando você voltará ao Brasil?
Marcella: Eu volto em julho e aí eu irei decidir se vou cursar alguma bolsa que ganhei aqui ou se tento uma outra. Ainda não sei o que irá acontecer. Mas com pouco tempo que estou aqui, já estou muito feliz.

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