lucas-queen-topo

Há um pouco mais de um ano, Lucas Vianna saiu de Bauru para morar em São Paulo por causa de sua esposa, que é cantora e queria explorar as oportunidades da metrópole. Mas, por acaso, ele também entrou ‘na dança’ e agora é um dos astros do ‘We Will Rock You’, musical em homenagem ao Queen que está em cartaz em São Paulo.

Depois de muitos testes e com o aval de Brian May e Roger Taylor, músicos da banda, Lucas foi selecionado para integrar o espetáculo e começar uma carreira que nunca imaginou. Lucas conversou com nossa equipe sobre esta nova experiência, o período de seleção e a emoção de tocar músicas de uma banda tão importante em sua vida.

“Queen sempre esteve na minha lista de bandas que são professoras de rock. São autênticos, criaram algo único e imortal, são canções que marcaram época”.

Confira:

Como foram os testes para participar do musical e quanto tempo durou?
Lucas: O processo de seleção começou com a escolha dos músicos que participariam dos testes, através do material enviado para a produção. Foram dois dias em um estúdio sendo avaliados pelo direto musical Pablo Navarro, um espanhol apaixonado por rock and roll e pelo Queen. Ele formava uma banda completa e ia trocando os músicos. O objetivo era achar a banda ideal, na qual os integrantes soassem melhor juntos. Foram muitos participantes nos dois longos dias. No final do processo, já com uma banda formada, ficamos sabendo que seriam filmadas três músicas e enviadas para que Brian May e Roger Taylor, próprios músicos do Queen, assistissem e aprovassem os escolhidos para integrar o ‘We Will Rock You Brasil’. Foi uma experiência muito marcante e gratificante na minha carreira como músico guitarrista.

Hoje, são quantas pessoas envolvidas no musical?
Lucas: São muitas pessoas. Só de atores e músicos, por volta de 40. Ainda faltam na conta todos da equipe técnica e de produção.

 
 

Gostaria que você falasse um pouco sobre o musical: é um show do Queen ou tem alguma história envolvida? Qual o roteiro?
Lucas: Essa é uma ótima pergunta. É a mistura das duas coisas. O sistema de som montado no teatro é muito mais potente do que o usual em musicais. Por isso, dá para dizer que é um verdadeiro show de rock com músicas do Queen. Mas há toda a história de um grupo de jovens (os Boêmios) que lutam para restaurar o direito de expressão, vestimentas e o rock and roll, que eles não sabem ao certo o que é. Apenas sabem sobre lendas e manuscritos sagrados sobre a Era do Rock. A história se passa em um futuro no qual a Terra se chama Iplanet e todos os habitantes são obrigados a se comportar, vestir, agir e ouvir músicas da forma como a Global Soft (empresa que domina o mundo) determina. O jovem Galileo Figaro junto com a rebelde Scaramouche se juntam aos Boêmios para combaterem a Global Soft e sua tirana líder, a Killer Queen.

Também li que no Brasil, diferentemente de outros países, a banda aparece em vários momentos da peça. Certo?
Lucas: Sim. Do que estou sabendo, a versão brasileira do musical é uma das que conta com o maior número de aparições da banda. Uma no início, outra no meio e todo o final. É muito bacana, pois a banda participa da história do musical, mas não vou dar ‘spoiler’; quem puder, vá conferir! Vai se divertir bastante!

Cerca de quantas músicas são apresentadas?
Lucas: São 22 músicas completas e diversos trechos de outras durante a peça.

Algum integrante do Queen já assistiu à apresentação de vocês?
Lucas: Ainda não. Brian May e Roger Taylor têm um carinho muito grande por esse musical e, sempre que possível, prestigiam as montagens que são feitas em todo o mundo. Até o momento não sabemos se eles conseguirão vir para o Brasil, mas espero muito mesmo que eles consigam. Será algo incrível tocar guitarra para eles.

Você se sente pressionado por tocar músicas tão consagradas? Dá um nervosismo?
Lucas: A pressão que existe é mais algo pessoal. Eu me cobro para sempre manter o mesmo nível de execução e não cometer erros. Nosso diretor musical é uma pessoa muito prazerosa de se trabalhar junto. O ambiente de trabalho não poderia ser melhor, a gente se diverte muito na plataforma da banda e isso ajuda demais na hora de tocarmos. O nervosismo foi mais intenso na noite de estreia, mas é algo diferente de sentir medo. É uma sensação que me ajuda muito a manter a concentração e curtir demais o momento!

E você é um fã de Queen? Qual a sua relação com a banda?
Lucas: Com certeza! Queen sempre esteve na minha lista de bandas que são professoras de rock. São autênticos, criaram algo único e imortal, são canções que marcaram época. Quem nunca ouviu ‘We Will Rock You’ ou ‘We Are The Champions’ em algum evento esportivo, por exemplo? Eu me lembro do dia que escutei pela primeira vez ‘Bohemian Rhapsody’, foi algo que mudou minha visão do rock. No momento que a música se transforma em uma ‘Operetta’ você entende que não há limites, tudo é música! Isso é incrível! Durante um tempo em que estudei música em Tatuí, em São Paulo,, toda a viagem de ida e de volta era embalada pelo disco Queen Live At Wembley Stadium de 1986. Eles são uma das minhas maiores influências musicais.

 
 

Esta é a primeira vez que você participa de um musical? E sempre foi uma vontade sua?
Lucas: É a primeira vez sim. Na verdade, eu nunca me imaginei em um musical. Foi quando me mudei para São Paulo e através da minha esposa, que é da área, que comecei a gostar desse gênero. Mesmo assim, não me via em algum musical. Quando surgiu esse do Queen eu pensei que poderia fazer os testes e ver como funciona esse meio artístico.

Há quanto tempo você está morando em São Paulo? Por qual motivo você decidiu sair de Bauru?
Lucas: Estou morando aqui há pouco mais de um ano. Vim para cá em busca de novas experiências artísticas. Por ser uma metrópole, São Paulo oferece diversos trabalhos diferenciados para músicos e artistas em geral. Sinto muita saudade de Bauru, onde tenho tantos amigos; alguns irmãos de outras mães. Sem contar toda a família. São pessoas que gosto muito de rever quando vou para a cidade.

Você é músico há muito tempo e está acostumado a subir no palco. Esta é uma outra experiência, rola o mesmo frio na barriga ou é tudo completamente diferente?
Lucas: Rola o frio na barriga sim e, como disse antes, isso é muito bom! Já me apresentei várias vezes no musical e hoje me sinto bem à vontade na hora que entro no palco para tocar o solo de guitarra de ‘Bohemian Rhapsody’.

Existe alguma possibilidade de o espetáculo percorrer cidades? Pode vir para Bauru, por exemplo?
Lucas: Até o momento, não sei se o ‘We Will Rock You’ irá para alguma outra cidade após o fim da temporada em São Paulo. Por ser um espetáculo muito grande em estrutura e investimento, provavelmente, se saísse de São Paulo, faria uma temporada longa em alguma outra grande cidade.

O espetáculo ‘We Will Rock You’ está em cartaz no Teatro Santander (Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2.041, Itaim Bibi, São Paulo) às quintas e sextas-feiras às 21h, sábados, às 17h e 21h e domingos, às 16h e 20h. Ingressos pelo www.ingressorapido.com.br ou www.entretix.com.br

Compartilhe!
Carregar mais em Cultura
...

Verifique também

Elba Ramalho faz show gratuito na Arena Paulo Skaf em Bauru

No dia 10 de maio, às 20h, a Arena Paulo Skaf em Bauru recebe o show da Elba Ramalho. Conh…