Na foto: Marcelo Bueno, Robson Tomazela, Daniel Amaral Barbosa, Michele Maticoli e Raphael Mortari; membros do podcast Sanduíche
Na foto: Marcelo Bueno, Robson Tomazela, Daniel Amaral Barbosa, Michele Maticoli e Raphael Mortari; membros do podcast Sanduíche

Você pode até não ter ouvido falar, mas os podcasts estão atingindo cada vez mais locais não só no País, como em diferentes partes do mundo. E como é sucesso, já chegou em Bauru.

Para quem não conhece, podcast são arquivos de áudio transmitidos de forma online e tem como característica principal o jeito informal que os integrantes discutem os mais diversos assuntos, sejam eles sérios ou mais descontraídos.

Para conhecer um pouco mais deste universo, o Social Bauru conversou com três podcasts produzidos na cidade para descobrir quais os assuntos que eles abordam, se é possível viver só fazendo isso e se realmente a produção é tão simples quanto pode parecer. Confira!

Podcast Sanduíche

A receita foi reunir um grupo de amigos que gostam de debater, trazer pontos de vistas diferentes e dar boas risadas. A partir disso, surgiu o podcast “Sanduíche”, de Daniel Amaral. O nome é uma homenagem à Bauru, a cidade lanche. O time é formado por cinco pessoas: Daniel Amaral Barbosa, Marcelo Bueno, Michele Maticoli, Raphael Mortari e Robson Tomazela. O “Sanduíche” não tem tema pré-definido, eles discutem os temas que gostariam de debater e, a partir daí, montam as pautas. “Evitamos, apenas, tratar de assuntos saturados por outros Podcast de cultura pop, então, enfatizamos mais nossas experiências pessoais nos temas. É como um bate-papo leve e descontraído”, diz. O podcast é gravado toda segunda-feira à noite e Daniel acredita que o caminho do sucesso é a fidelidade com a frequência dos episódios e a identificação com o comunicador. “Depois de um tempo habituado, aparecem amigos expondo suas histórias, sinopses e opiniões”, afirma. Pode parecer até fácil, reunir amigos, conversar, mas a produção de um podcast dá muito trabalho. No entanto, para o publicitário, pela diversão e o prazer do resultado final o trabalho vale à pena. “Quando finalizamos a edição de um episódio, ouço para poder revisá-lo e sempre dou risadas altas em lugares impróprios como em filas de supermercados ou banco!”, finaliza.

Juntacast

O Juntacast surgiu como uma ideia durante a Copa do Mundo de 2014 para complementar e variar os formatos do blog Junta 7. “Mas depois daquele 7 x 1 acabou não dando certo”, conta Matheus. Foi só em dezembro de 2014 que o Juntacast teve seu deslanche oficial. Hoje, o programa vai ao ar às sexta-feiras quinzenalmente e conta com cinco pessoas recorrentes: a apresentação do programa é feita por Lucas Cabrero; Matheus Bottura participa do bate-papo e edita; e Watana Melo, Gustavo Diccine e Vivian Frascarelli integram a equipe. “É como uma mesa de bar”, afirma Matheus sobre o formato do Juntacast. O podcast não tem tema definido, alguns são mais “cabeça”, outros mais descontraídos. “Por conta do blog ter nove colaboradores – alguns participantes do podcast, outros não -, temos uma pluralidade de assuntos para desenvolver, então os temas são bem variados”, explica Lucas. Na opinião dos membros, o que faz o podcast ter tanto sucesso é exatamente o amador andando lado a lado com o profissional”. “Podcasters grandes não pensam duas vezes em ajudar quem está começando porque estão todos no mesmo barco”, conta Lucas. Outra vantagem do podcast é que ele se encaixa muito bem no panorama atual da comunicação. “Você pode ouvir na hora, lugar e plataforma que preferir”, finaliza Lucas. E quais os temas que são proibidos? “Não colocando a mãe no meio, está valendo!”, brinca Matheus. Lucas já puxa o assunto para um lado mais sério: “Ano passado surgiu uma discussão sobre o machismo na podosfera e eu penso que é importante que todos os podcasters, amadores ou não, entendam que eles precisam ter responsabilidade pelo que produzem e publicam, não apenas o machismo, mas temas polêmicos no geral”.

Grupo Player 2 de Comunicação

O Player 2 nasceu em 2013 da necessidade que os criadores viram em ter algo com um jornalismo mais profissional dentro do mundo dos games. “Existiam muitos sites que versavam sobre o tema, mas poucos traziam o profissionalismo que a profissão pede”, explica Wagner Wakka. O podcast tem como tema principal a cultura gamer, mas também abre espaços para o que a rodeia. “Já falamos sobre o futuro da realidade virtual, já fizemos entrevistas com personalidades da área, bem como conversamos sobre história dos games. Já são mais de 100 episódios cada um com um tema e um convidado diferente”, afirma Wakka. Além de Wagner Wakka, Alex Benito e Rafael Rodrigues também são editores. O Player 2 ainda conta com cerca de 40 colaboradores e é gravado semanalmente. Por dois anos os editores viveram apenas do podcast. “Vale destacar que, como qualquer mídia, dificilmente você terá o retorno pela produção em si. Contudo, hoje temos uma gama de fãs que nos possibilitam atrair publicidade para o programa”, diz Wakka. E eles realmente investiram na parte publicitária, tanto que o Player 2 disponibilizou uma linha de camisetas para custear as despesas. Para eles, todo este sucesso que o podcast ganhou nos últimos anos pode se dar à flexibilização dos meios que fazem a transmissão. “Quem tinha acesso a podcast há 3 ou 4 anos era quem tinha iPhone. De lá pra cá, várias plataformas passaram a olhar para a podosfera. Há apps para ouvir em celulares, computadores, tablets. É mais fácil”, explica Wagner. Para ele, mesmo com todo o trabalho que leva em média 20h entre roteiro, gravação e edição, o carinho e as respostas que eles recebem dos ouvintes é o que vale à pena. “Já fomos convidados a eventos por conta de fãs que pediram que fôssemos chamados. Acaba virando uma grande família. Isso compensa muito”, finaliza.

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