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“Palavra de origem zulu e xhosa, línguas africanas do grupo bantu, Ubuntu carrega um conceito de difícil tradução. É mais que humanidade enquanto grupo. Ubuntu reflete a condição coletiva do ser humano, que não pode viver isoladamente, e que só somos o que somos através das outras pessoas”.

Com esse entendimento, a Estação Cultural vai receber neste domingo, 17, o debate “Diálogo Ubuntu: Feminismo negro pra quê?”, com objetivo de discutir a realidade da mulher e de jovens negros no Brasil. O encontro acontecerá a partir das 13h, no Saguão da Estação, e vai contar com palestrantes vindas de grupos e instituições do Rio de Janeiro para debater a temática.

A mesa de discussão sobre o feminismo negro terá a participação de Silvia Regina Almeida, do Instituto Omolara Brasil/Rio de Janeiro, Clátia Regina Vieira, membro do Fórum Estadual das Mulheres Negras do Rio de Janeiro e Coordenadora da Marcha Nacional das Mulheres Negras contra o racismo e a violência e pelo bem viver, Eliana Custódio, coordenadora da área de Empreendedorismo no Instituto Omalará Brasil, Patrícia Alves, do Instituto Omolara Brasil/SP-Bauru.

Além do debate, ocorrerá um tutorial de turbantes com Greice Luiz, Nina Barbosa e Ozias Japhette; tutorial de trança com Bruna Brunex e o desfile com a temática “As negas podem ser o que elas quiserem”. Também haverá uma breve apresentação do trabalho de Jô Moura e Curimba. Jô trará suas vivências enquanto mulher e negra por meio de sua música, juntamente com um grupo de percussionistas para fortalecer as raízes do seu canto.

A discussão, portanto, será ampla, com convidadas de diversas áreas para que todas contribuam com suas experiências enquanto mulheres negras. De acordo com Patrícia Alves, uma das organizadoras do evento: “Todas as participações estão posicionadas, têm uma intencionalidade política bem definida”.

Patrícia também pontua que o evento propõe uma reflexão quanto a questão da mulher negra na sociedade como um todo. “A mulher negra tem um ponto político, tem a especifidade de que além da questão de gênero, tem a questão da raça”. Apesar da particularidade do tema, o evento é aberto a toda a população e é gratuito. “A gente traz o protagonismo da mulher negra, mas todos estão convidados para participar e refletir”, comenta Patrícia Alves.

A realização é do NUPE (Núcleo Negro da UNESP de Pesquisa e Extensão) Charloo e Instituto Omolara, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, comunidade do Facebook “Só Preta sem Preconceito”, Instituto Omalara – RJ, Fórum das Mulheres Negras do Rio de Janeiro e Conselho da Comunidade Negra de Bauru.

Serviço
“Diálogo Ubuntu: Feminismo negro pra quê?”
Local: Estação Cultural (Praça Machado de Mello, s/nº)
Data: 17/07
Horário: a partir das 13h
Gratuito

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