Atualmente, a correria faz parte do cotidiano e com isso o nosso corpo também fica acelerado. Uma consequência é o estresse, tão presente no dia a dia, mas que desenvolve sérios problemas. Quem explica é a coach, Deborah Toschi: “se alguém está em descompasso internamente e fisicamente, como sentir-se bem em casa, com a família e socialmente? O profissional não terá energia e equilíbrio suficiente para realizar atividades complementares, saindo esgotado do trabalho e pensando apenas em chegar em casa e dormir”.

Por isso, é importante prestar atenção aos acontecimentos que nos aborrecem no dia a dia, só assim é possível trabalhar para que não afetem a nossa vida pessoal e profissional. Alguns bauruenses já passaram por muitos momentos ruins que geraram estresse, mas desenvolveram formas para aliviar esta situação, mesmo na correria do dia a dia. Conversamos com cinco bauruenses para descobrir quais são essas táticas. Confira:

– Sair do modo automático

“Como tenho uma rotina muito cheia e acelerada, tento praticar atividades que me ajudem a reduzir o fluxo de pensamento, estresse e ansiedade. Pode ser algo que exige mais concentração, como a meditação até a leitura de algum texto mais leve e relaxante. Não pratico todos os dias, já que às vezes é muito difícil sair do modo automático, mesmo que esse modo seja desgastante e estressante. Mas posso dizer que na maioria dos dias, sim. Geralmente, dedico momentos para aliviar o estresse no fim da tarde e início da noite, que é o intervalo entre o trabalho e a faculdade. Descobri quando comecei a estudar e a incorporar o Budismo à minha vida. Percebi que muitas vezes nos estressamos por falta de atenção a nós mesmos. Na maior parte do tempo, não nos observamos e isso é algo desgastante. Por isso, meditar e respirar de forma consciente e praticar atividades que sejam agradáveis são essenciais. Muitas vezes a gente procura aliviar o estresse descontando-o ou criando expectativas em cima de outras pessoas. Quando a gente assume essa responsabilidade, por mais difícil que possa ser em alguns momentos, nós lidamos com esses problemas de forma mais saudável. É mais fácil começar do que estabelecer uma rotina. No entanto, o esforço vale à pena. Sair do automático é algo que melhora muito a nossa qualidade de vida”. – Vinicius Ribeiro Gálico

– Yôga

“Tudo começou em um curso de acupuntura em que foi me indicado praticar Yôga para manter o meu corpo mais equilibrado, pois tinha um ritmo de vida muito agitado e estressante. Trabalhava o dia todo como fisioterapeuta e à noite praticava Muay Thai e musculação. Minha vida agitada começava às 7h e só terminava às 21h. Através do Yôga aprendemos a respirar melhor, oxigenamos mais o cérebro e todo o nosso corpo, possibilitando um maior e melhor desempenho deste e tomando melhores decisões no dia a dia. Aprendemos a parar e a se sentir bem com isso, e perceber o quanto este momento é tão precioso. Muitas pessoas vivem com a mente no passado ou no futuro e esquecem que tudo o que temos é o presente. Com a prática de Yôga aprendemos a concentrar nossa atenção no momento presente e a contemplá-lo. Com as técnicas corporais do Yôga, passamos a nos sentir melhor com o nosso corpo, aliviando as tensões, adquirindo mais força, elasticidade, equilíbrio, saúde, energia e melhorando o desempenho do mesmo. Aprendemos também a relaxar! Há uma parte da prática que é destinada às técnicas de descontração e relaxamento. E por fim, aprendemos a administrar a mente. O ideal seria praticar todos os dias, mas como sabemos que a disponibilidade para se dedicar varia de aluno para aluno, indico pelo menos duas vezes por semana. Quando começamos a entender e a viver esta filosofia tão preciosa tudo fica mais fácil. As posições, por exemplo, se tornam fáceis de executar e, com a prática, fica ainda mais estável e agradável a permanência. Todos podem praticar Yôga desde que tenha uma boa saúde e que tenha autorização do seu médico. É necessário que as gestantes avisem o instrutor ou professor que estiver ministrando a aula. Para elas é necessária uma atenção específica e há certas restrições” – Amanda Carvalho

– Artesanato

“Faço artesanato desde muito tempo, era criança ainda e, quando adolescente, isso se intensificou. Fazia meus próprios cadernos, minhas agendas, customizava minhas roupas, bolsas, enfim… Não comecei para aliviar o estresse, mas certamente me ajudou demais a ser uma pessoa mais centrada. Depois de anos, virou minha profissão e sou muito feliz, pois tenho um trabalho que é um hobby e um hobby maravilhoso que é um trabalho. Não sei separar um do outro. Quando fazemos artesanato não o tratamos como uma obrigação, um dever a cumprir e sim como uma ‘hora para relaxar’, pois, além de tudo, podemos produzir coisas bonitas, do nosso gosto e que nos faz bem. Nessa hora é permitido errar, aliás, é necessário errar, pois só assim vamos aprender de verdade e isso nos alivia da obrigação de sempre acertar. Só isso já nos alivia o estresse! Eu sei que os novos tempos, a modernidade e a tecnologia fazem com que até as crianças de hoje já sofram com o estresse e eu acho que artesanato deveria fazer parte do curriculum escolar. Teríamos adultos mais seguros e menos estressados se tivessem um tempo pra si mesmo. Todos nós podemos pintar, bordar, costurar, desenhar… enfim todos somos capazes!” – Regina Xavier

– Atividades circenses

“Atualmente estou gestante e a atividade que estou praticando são alongamentos e fortalecimentos para manter o corpo saudável e para ajudar na hora do parto. E o ritmo de treinamento pode variar dependendo da intensidade do treino. Regularmente, eu treinava três vezes na semana. O circo entrou na minha vida em 2002, quando morei em Corumbá (MS), onde fiz dois anos de escola de circo. Indico as atividades circenses das crianças aos adultos sem restrição de altura, peso, idade. O circo tem riqueza nas diversas modalidades como malabarismo, acrobacias de solo, acrobacias aéreas, equilíbrios e outras, o que possibilita desenvolver habilidades diferentes. A maior dificuldade de começar é sair de casa e ter coragem para se superar novos desafios, superados com as técnicas e treinos específicos de cada modalidade seguindo orientação dos professores” – Tatiana Robles Santiago

– Praticar esportes

“Eu pratico corrida e treino funcional em dias alternados. Geralmente prefiro realizar estas atividades no período da manhã, a corrida em torno de 6 horas e os treinos funcionais às 11h. Descobri a corrida por intermédio do meu namorado Mike e me apaixonei por ser um esporte que posso realizar sozinho ou em grupo, sem horário fixo e com treinos intensos que melhoram minha capacidade cardio respiratória, além da estética. A atividade funcional surgiu por estar cansado da musculação tradicional e por ser uma atividade dinâmica e também intensa, me conquistou completamente. Tanto uma como outra me fazem desligar do cotidiano e me estimulam sempre a ultrapassar meus limites. Desta forma, junto a treinos fortes, consigo aliviar todas as tensões do dia a dia. Indicaria para qualquer pessoa que deseja melhorar a qualidade de vida, trazendo muito mais saúde para o dia a dia. Lembrando sempre de procurar profissionais capacitados e obterem liberação médica para a realização destas atividades” – Thiago Perin

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