Patrimônio histórico é um título conferido a um bem móvel, imóvel ou natural que possui um valor inestimável para um grupo de pessoas. Aqui em Bauru, possuímos diversos bens considerados patrimônios, como o Museu Ferroviário ou a igreja Tenrikyo, mas você sabia que as árvores bauruenses também recebem esse título?

Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), a cidade possui 193 árvores tombadas, ou seja, que são imunes ao corte. O que garante que essas árvores nunca sejam cortadas é a Lei nº 4368/9 de acordo com os artigos 25, 26 e 27:

– Artigo 25: Qualquer árvore poderá ser declarada imune ao corte, mediante ato do executivo, levando-se em consideração: sua raridade; sua antiguidade; o interesse histórico, científico ou paisagístico; sua condição de porta-semente; qualquer outro fator considerado de relevância pela SEMMA.

– Artigo 26: Qualquer munícipe poderá solicitar a declaração de imunidade ao corte de árvore, mediante requerimento endereçado a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Parágrafo Único – A árvore declarada imune será considerada de preservação permanente.

– Artigo 27: As árvores relacionadas no Decreto nº 6.760, de 15 de outubro de 1993, ou em outros, são consideradas imunes ao corte.

A lei é de grande importância para que a cidade preserve as espécies que sobrevivem em Bauru. Mesmo com tantas árvores antigas, ainda não são suficientes para diminuir a sensação térmica em dias quentes, como explica Neide Sancho, da SEMMA: “Precisamos divulgar e conscientizar que não existe qualidade de vida sem a arborização urbana e, se não mudarmos rápido o rumo da nossa cidade, toda a nossa Bauru será uma verdadeira ‘panela de pressão’”.

Raridades plantadas
Segundo o engenheiro agrônomo, Luiz Fernando Nogueira Silva, Bauru tem biodiversidade muito grande por conta do tipo de mata da região – o cerrado. “Temos nosso cerrado (enquanto deixarem, espero que nunca se tornem raridade), temos nossa copaíba (Copaifera langsdorffii) da Getúlio Vargas, alguns timburis (Enterolobium contortisiliquum) na Av. Nossa Senhora de Fatima, sapucaia (Lecythis pisonis) no Aimorés, temos também pequi (Caryocar brasiliense), Louro pardo (Cordia trichotoma), angico do cerrado (Anadenanthera falcata), sucupira preta (Bowdichia virgilioides) e muitas outras. O mais importante é a conscientização que precisamos da arborização urbana e que isso significa arvores médias e grandes somente com isso que teremos qualidade de vida”, diz Luiz Fernando.

Confira quais árvores de Bauru são patrimônio histórico da cidade: www.bauru.sp.gov.br/arvorestombadas

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