A dança do ventre, de origem árabe, é uma forma de expressão corporal e emocional que envolve muito a criatividade e a independência.

Esse estilo de dança conquistou o mundo, e no Brasil, academias de dança do ventre se espalharam por todo o país, transferindo aos alunos os conhecimentos de uma arte milenar.

Em Bauru, a arte da dança do ventre conquistou todo o tipo de público e explora vários ritmos, estilos e esbanja exuberantes vestidos e acessórios.

Cristiane Vidal tem 40 anos e pratica a dança do ventre no estúdio de dança Florescer de Bauru. Para ela, a dança é uma arte que envolve a imaginação de quem o pratica, fazendo-o ir além.

“Escolhi a dança porque é envolvente tem uma magia uma energia contagiante e que me fez enxergar de uma forma diferente, superar meus limites”

dança do ventre
Alunas de dança do ventre da academia Florescer

Além da magia que envolve a dança do ventre, a prática auxilia o condicionamento físico e mental, criando um equilíbrio entre ambos.

Lucy Arruda pratica a dança há quatro anos e vê a arte como algo inclusivo. Em sua turma de dança, há pessoas de todas as idades e sexos.

Ainda assim, dentro da dança do ventre, a sexualização dos movimentos é visto de um jeito deturpado, fazendo com que, muitas das dançarinas já tenham passado por momentos de preconceitos contra corpo e imagem.

Sexualização e a imagem na dança do ventre

Aline Cristina Carneiro é professora de dança do ventre há dez anos e afirma que a dança possui sim figurinos e movimentos sensuais, contudo, o objetivo da arte não é explicitar essa sensualidade.

“O trabalho que desenvolvo hoje com a dança é mais um resgate de autoestima, tão longe no cotidiano de muitas mulheres”.

A visão da dança do ventre de quem está de fora, contudo, ainda é modificada, principalmente pelos padrões de beleza impostos pela sociedade, fazendo com que muitas dançarinas sofram preconceitos pelo seu corpo.

Até mesmo dentro das apresentações profissionais de dança do ventre há padrões que devem ser seguidos, em que contratantes buscam por bailarinas altas e magras, excluindo quem não estiver dentro das medidas estipuladas.

Aline, contudo, luta contra isso dentro das suas aulas e apoia qualquer tipo de pessoas que queiram praticar a dança do ventre. Para ela, dançar é a melhor forma de quebrar os padrões.

Lucy Arruda foi uma das alunas que sofreu preconceito por “não se encaixar nos padrões de beleza”, contudo, sua professora, Aline Cristina sempre apoiou a bauruense para continuar na dança.

“Por estar acima do padrão do peso, não me davam oportunidade de mostrar minhas habilidades na dança. Era triste, pois minha professora Aline Cristina me apoiava assim como as outras meninas fora do padrão 38”.

A professora vê na dança um momento para que os alunos possam esquecer o mundo externo e se sentirem bem consigo mesmos.

“ [Na dança do ventre] Temos um espelho enorme para aprendemos a nos olhar e começar a enxergar coisas que na correria do dia a dia passa despercebido”.

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