Abrir o Spotify e colocar uma playlist para tocar é algo natural para muitas pessoas atualmente, contudo, ainda há amantes de um jeito mais retrô de se ouvir música: pelos discos de vinil.

O vinil foi uma mídia inventada por volta da década de 40, capaz de armazenar até 30 minutos em cada lado do disco. Uma revolução tecnológica na época e uma tendência que volta aos poucos no gosto popular

Mas qual será o motivo para o vinil estar tomando, mais uma vez, espaço entre as pessoas?

Por que ouvir discos de vinil?

O mercado dos LPS está de volta à ativa e há vários motivos para isso, sendo que, uma delas, é qualidade do som e a maior longevidade do produto. Além disso, a produção e a venda dos discos de vinil se mostram mais lucrativas, como afirma Matheus Fino, bauruense apaixonado por LPs.

Matheus ainda vê mais vantagens nos discos de vinil, como a praticidade na hora de estar discotecotecando e a facilidade de mixar uma música na outra, além de ter uma seleção de música rápida e facilitar a pesquisa na hora do trabalho.

E existem mais bauruenses que concordam com Matheus.

Gustavo Moreira é colecionador de discos de vinil e possui um acervo com mais de seis mil LPs. Para ele, a nitidez da música em um disco é superior, “a música do vinil é mais clara, você consegue observar e ouvir os diversos instrumentos com mais clareza. E aí também tem o lance do chiadinho do vinil, é uma coisa gostosa”.

O disco de vinil também tem a vantagem de conter história em suas formas arredondadas, trazendo de volta as lembranças das décadas passadas.

“O colecionador de vinil é aquela pessoa saudosista também, que herdou do pai, do avô, disco de vinil, porque vinil também tem esse lance sentimental, você está pegando na história”, afirma Gustavo.

O consumo retrô

Assim como o vinil está se evidenciando no universo da música, junto, ganha força as modas retrô e vintage.

André Otávio Fernandes é dono da loja Mundo Retrô em Bauru e cada vez mais vem percebendo um aumento no consumo de discos de vinil, principalmente de um público mais jovem.
“Uma turma jovem que nasceu na era do CD, mas criou uma ligação forte com o vinil, está se especializando, estudando e curtindo bastante, isso é muito bom!”

O consumo retrô tem incentivado os consumidores a fazerem o conhecido “garimpo”, indo de loja em loja, procurando por discos de vinil e até mesmo, roupas, acessórios e eletrônicos das décadas anteriores, estimulando, assim, uma nova forma de consumo.

Vinil vs Streaming

Em uma era tão variada e com tantas opções de consumo de música, há espaço para todas as plataformas, desde o vinil até o streaming, permitindo um maior acesso aos artistas de diversos países, aumentando o poder de escolha do consumidor.

Segundo André, o campo de opções dos discos de vinil não era tão abrangente no passado. “Na época do vinil, o consumidor era limitado ao que tocava na rádio, e ao que estava disponível nas lojas de vinil da cidade. As novas plataformas acabaram com isso, o consumidor tem maior liberdade de escolha e maior variedade musical”.

Contudo, sendo discos de vinil, sendo por outras plataformas transmídias, o mercado da música oferece opções para todo o tipo de gosto.

“Somos direcionados a consumir muito e cada vez mais rápido; uma tecnologia nova já sai da loja com prazo de validade, já os objetos antigos não, eles eram feitos pra durar, tanto que muitos funcionam até hoje!”, finaliza André.

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