Um projeto que surgiu em uma roda de amigos, hoje, já ajuda em média 45 pessoas por dia em Bauru.

Esse é o Projeto Galpão, que teve como iniciativa o propósito de ajudar o próximo! Diante da convivência dos membros do grupo com pessoas em situação de rua, surgiu a ideia de ajudá-los no que mais precisavam: banho e higiene.

Gustavo Coutinho é um dos idealizadores do projeto e comenta que, além do auxílio com a higiene, também é oferecido roupas e alimentação. “Nós também fornecemos alimentação, mas outros grupos na cidade também trabalham com isso, de maneira que, o que diferencia o Projeto Galpão, é o banho”, diz.

Assim nasceu a família Projeto Galpão

Família, porque, além das necessidades de higiene e alimentação, as pessoas em situação de rua precisavam de amigos e família com compromisso e parceria.

Segundo Gustavo, muitas pessoas que frequentam o projeto criaram vínculos fortes com os voluntários e vão ao Galpão porque se sentem bem, são bem recebidos e desfrutam de uma refeição entre amigos.

Hoje em dia, o projeto atende, em média, 45 pessoas, mas, em alguns momentos, esse número chega até 60 pessoas. Por questões estruturais, ainda existe um limite de banhos por dia que o Projeto Galpão pode oferecer, porém, o jantar é servido para todos.

Como o Galpão funciona?

No Galpão, existem dois banheiros com chuveiro e vaso sanitário um para homens e outro para mulheres. No espaço, também existe uma cozinha, onde as refeições são preparadas e servidas às pessoas.

Durante as terças, quartas e sextas-feiras, o horário de atendimento é das 20h às 22 horas, com jantar previsto para às 21h. Já aos sábados, o projeto funciona das 17h às 19h30, com jantar previsto para às 18h.

Próximo ao horário de abertura do Galpão, as pessoas chegam e aguardam em frente ao portão. Assim, um voluntário do projeto faz uma lista com a ordem de chegada das pessoas.

“A partir do horário do atendimento, cada pessoa é chamada por nome. Já do lado de dentro, ela escolhe as roupas que vai vestir, que ficam penduradas em araras, e dirige-se à mesa de controle”, explica Gustavo.

Na mesa os voluntários do projeto preenchem a ficha de cada atendido com dados pessoais e os dias em que estiveram lá. Além disso, elas recebem toalha, sabonete, shampoo, condicionador, escova de dente e aparelho de barbear e itens de higiene.

Conhecendo outra realidade

O idealizador Gustavo comenta que o projeto tem grande importância para a sociedade bauruense.

“Para quem se envolve, o maior ganho é conhecer uma realidade totalmente diversa e poder enxergar além do estigma social que pesa sobre a população de rua. Envolve, ainda, uma identificação: voluntários e atendidos acabam por perceber que têm quase tudo em comum e que, o que nos divide, é uma questão totalmente periférica”, explica.

O que une essas pessoas, moradores e voluntários, é a amizade e o carinho que são cultivados a cada encontro.

E aí, vamos nos voluntariar?

Os voluntários são o coração do Projeto Galpão, eles cozinham, limpam, cuidam e conversam. Esse é o diferencial e você pode fazer parte dessa equipe ajudando no Galpão ou fazendo doações.

Atualmente, o projeto precisa de alimentos, produtos de limpeza e higiene, roupas masculinas de frio e cobertores. Além disso, ajuda de eletricistas, pintores, encanadores e pedreiros são bem-vindas.

Assim, o Projeto Galpão caminha e vai longe! Para eles, o amor ao próximo é o que move a iniciativa.

“Não atendemos mais moradores em situações de rua, atendemos nossos amigos. Pessoas que agora têm nome para nós. Vamos ao projeto para encontrar o Fernando, o Pacheco, o Adalberto, o Mineiro, o Ivan. Pessoas que podem até sair um dia da rua, mas não sairão de nossos corações!”, finaliza Gustavo.

O Projeto Galpão está localizado na Rua Treze de Maio, 1-45, em Bauru.

 

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