Desde a época colonial, a música sempre desempenhou um papel importante para interação dos negros que eram trazidos para terras brasileiras. Pensando no resgate da herança e difusão das rítmicas afro e da cultura afro-brasileira, por meio das cantigas, o percussionista bauruense Diogo Alves apresenta o projeto “Um Canto Para Meus Ancestrais”.

O material audiovisual está disponível no YouTube desde terça-feira, 23 de agosto, Dia Internacional em Memória do Tráfico de Escravos e sua Abolição.

Com músicas autorais inspiradas nos ritmos de matriz africana – como o ijexá, samba de roda e alujá -, a apresentação conta com as contribuições de outros músicos e cantores do interior paulista, com ambientação, fotografia e figurino pensados para fazer jus à cultura celebrada e rememorar a ancestralidade negra.

“No total, o show apresenta dez músicas. A ideia inicial era para que fossem todas instrumentais, mas não tem como montar um projeto com essa concepção sem incluir o canto, não tem como louvar os orixás só através dos toques. Por isso, também temos canções cantadas”, explica o percussionista, diretor geral e idealizador do projeto Diogo Alves.

Representante da cultura afro-brasileiraDiogo Alves (foto: Vilasmont Filmes)

“A ideia é levar a minha cultura, minha vivência, a cultura afro-brasileira para onde ela não estaria chegando se não fosse através da música. Muito sangue preto foi derramado para que eu estivesse gozando dessa oportunidade hoje. Quero levar esse discurso, dando voz ao povo negro e ancestral, para quebrar qualquer tipo de intolerância, preconceito religioso e falta de conhecimento sobre a cultura de matriz africana”, completa o artista.

Representante da cultura afro-brasileiraDiogo Alves (foto: Vilasmont Filmes)

Parceiros musicais

Com direção musical do pianista Paulo Maia e produção executiva de Israel Felipe, o projeto – contemplado pelo ProAC – apresenta canções autorais de Diogo Alves e de artistas convidados, em um show gravado no Teatro Municipal de Bauru.

Além do idealizador na percussão e o diretor musical no piano, participam do projeto Anderson de Paula (voz e violão), Joelma Moura (voz), Erica Silva (voz), Matheus Maia (saxofone), André Bonifácio (percussão), Leonardo Susi (bateria), Adriano Martins (baixo). O material conta ainda com apoio da Mister Rec Studio e Vilasmont Filmes.

Diogo Alves (foto: Vilasmont Filmes)

Apesar de estar apenas no meio digital, o projeto já tem horizonte para novas oportunidades no futuro. “Estamos estruturando e organizando a montagem deste show para percorrer o estado de São Paulo e outras capitais. E, claro, tenho o sonho de poder percorrer o país, para dar ainda mais visibilidade a estas vozes”, finaliza Diogo, que já recebeu os prêmios Zumbi dos Palmares e Luiza Mahin, por suas contribuições à comunidade.

Sobre Diogo Alves

Com grande influência do samba, jazz afrocubano e da música afro-brasileira, Diogo Alves iniciou sua trajetória musical cedo. Aos 15 anos, já participava de Festivais Femupo, em Barueri, acompanhando alguns artistas como Charles Gouveia, Luciano Furtado, entre outros.

Representante da cultura afro-brasileiraDiogo Alves (foto: Vilasmont Filmes)

Transitando no universo musical em diversos gêneros e grandes palcos Brasil afora, teve a honra de acompanhar diversos artistas no Circuito SESC, como Jô Moura, Cátia Machado, Mha Fernandes, além de tocar na Festa do Peão de Barretos como percussionista. Integra a banda do Projeto ‘Tributo a Emílio Santiago’ há mais de três anos, com a qual já tocou no palco do SESC Bauru, Alameda Quality Center e teve projeto aprovado no âmbito do ProAC 2020.

É membro fundador do “Balaio de Sinhá”, grupo musical que valoriza a cultura afro-brasileira, que apresenta o samba e ancestralidades por meio de músicas que remetem a ritmos brasileiros, como o ijexá e o barra-vento.

Com esse grupo, apresentou-se em diversas casas de shows, encontros culturais e eventos como no SESC Bauru. Devido ao seu envolvimento e engajamento na comunidade negra, Diogo recebeu, em 2013, o prêmio ‘Luiza Mahin’ concedido pelo Conselho Municipal da Comunidade Negra de Bauru.

Atualmente em Bauru, Diogo Alves ministra oficinas de vivências percussivas, uma importante iniciativa musical em que se estudam principalmente os ritmos afro-brasileiros. Como percussionista, acompanha diversos artistas da região em shows e executa gravações em estúdio, já tendo assinado diversos EPs com Leo Silveira, Jô Moura, Nel Marques e Nelson Itaberá. Seu projeto musical em execução mais recente é o ‘Project Groove Cozinha’, disponível no canal do YouTube do artista.

Serviço

O projeto “Um Canto Para Meus Ancestrais” está disponível no YouTube, no canal do percussionista Diogo Alves. O material também pode ser conferido em áudio nos aplicativos de música.

Mais informações pelo site diogoalvesafro.com.br.

As informações são da Zaz Conteúdo Assessoria de Comunicação.

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