No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, a banda bauruense Bebé Pacheco e Ubandu lança música inédita ‘Qual a Minha Cor’. Com ritmos afro-brasileiros, o single estará disponível nas plataformas digitais, incluindo o YouTube, de forma gratuita. O link para pré-save é este. A faixa traz uma prévia do que está por vir: lançamento do álbum ‘Brechó’, em 28 de novembro (terça-feira). O projeto da banda reúne oito faixas inéditas, que combinam ritmos como afrobeat, brega, maracatu ao groove, balada e funk percussivo.

Para se concretizar e ganhar o mundo, ‘Brechó’ contou com apoio do Programa Municipal de Estímulo à Cultura de Bauru (PEC).

Bebé Pacheco e Ubandu no Sesc Bauru em janeiro de 2023 (Foto: Raul Giunta)

História de Qual a Minha Cor

‘Qual a Minha Cor’ (2023) foi escrita pela artista bauruense Bebé Pacheco. Artista, mulher e negra, Bebé trouxe em forma de poesia situações que vivenciou ao longo de anos.

O single fala sobre a mulher negra de pele clara e seu reconhecimento como pessoa racializada, que sente e sempre sentiu o peso do racismo, da objetificação de seu corpo como a morena exportação’, mas não havia o identificado, nem se entendido como pertencente à raça negra, porém nunca como pessoas não racializadas. É uma resposta à ideologia do colorismo que se dissemina como uma ferramenta do racismo no Brasil”, informa sobre o processo criativo Bebé Pacheco. 

 

Ver esta publicação no Instagram

 

Uma publicação partilhada por Bebé Pacheco (@bebepachecosou)

Bebé cantava como hobby nas rodas estudantis. Mas foi por volta de 2021, confinada em casa em decorrência da pandemia de Covid-19 e gravando covers para o YouTube, que passou a ver o hobby como profissão.  Profissão essa que tem como foco conectar e conversar com as pessoas por meio da música. 

Comecei a deixar o meu cabelo natural crescer para então eu começar a fazer arte e música, porque era assim que eu queria que as pessoas me vissem: na minha essência. Comecei a fazer música para me conectar com essas pessoas que experienciam situações parecidas”, complementa.

Para sair do papel e virar obra fonográfica, o projeto contou com a colaboração entre Bebé e Ubandu, composta por Adriano Martins (baixo elétrico), Ed Florindo (percussão), Adriel Dias (bateria), Julio Calleja (guitarra) e participação de Vitor Napolião (teclas).

Bebé Pacheco e Ubandu no Sesc Bauru em janeiro de 2023 (Foto: Raul Giunta)

Percussão nigeriana

Das oito faixas do álbum, ‘Qual a Minha Cor’ é a única que tem a sonoridade do Tambor Udu, popularmente conhecido como Moringa

O instrumento de percussão, de origem nigeriana, se caracteriza em uma peça de cerâmica, anteriormente utilizada para transportar água, com abertura normal de vasilha e um buraco na “barriga”. Tocado com as mãos, o som do instrumento lembra o fluxo das águas. 

“É muito interessante a inserção desse instrumento na música. Eu compus a música batendo em uma mesa de vidro e quando eu enviei a gravação para o Adriano, ele me perguntou se eu tinha usado uma moringa. Mas eu não havia. Foi então que ele deu a ideia de colocarmos o tambor udu e ela vai ao encontro do que acredito pois o significado de seu nome é “a voz dos seus ancestrais”, comenta Bebé.

Serviço

Qual a Minha Cor (2023)
Lançamento:  20 de novembro de 2023
Plataformas: Apple Music, Deezer, Spotify e YouTube e mais outras.

Link para pré-save: https://onerpm.link/984512303448

Compartilhe!
Carregar mais em Cultura

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verifique também

Ao som de pagode, Sun7 no BTC terá shows da Envolvência, Kamisa 10 e Grupo Vibe

No dia 11 de maio, a partir das 18h, o BTC recebe a ‘Sun7’, uma festa ao som de pagode com…