“Enquanto repousam as rosas” traz a arte contemporânea para o observador, que segundo o artista Ailton Ribeiro é diferente da exposição de pintura clássica. “Meu trabalho é muito atual, ele conta com a participação do observador, diferente de quando alguém olha para uma pintura neoclássica e fica como passivo, apenas olha e pronto. No meu caso, o observador completa o trabalho, mentalmente, ele está participando de alguma forma. Meus trabalhos tem aspecto de inacabado até mesmo na pintura e o observador participa nisso também, no arranjo e na pintura, ambos tem o observador participando, isso é uma grande característica da pintura contemporânea”, detalha o artista.
O título “Enquanto repousam as rosas” provoca questionamentos trazidos pelo artista como: o que acontece enquanto as rosas repousam? O que se passa ao redor? Enquanto elas estão repousando, o que acontece? É a questão do tempo e da transformação que são colocadas para fazer refletir o observador.
É uma exposição inovadora, que não traz só pinturas, mas também mobílias e outras surpresas, além de mostrar os processos de criação do artista. O observador será conduzido pelos espaços e cada um lançará o seu olhar subjetivo para a exposição.
A abertura da exposição “Enquanto repousam as rosas”, do artista Ailton Ribeiro, será na sexta-feira, 28/10, às 20h30, na Pinacoteca Municipal e Casa Ponce Paz. A exposição é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura, a partir do Departamento de Proteção ao Patrimônio Cultural, e segue até o dia 09/12, de segunda à sexta, das 9h às 17h.
O tema natureza-morta
A natureza-morta é um gênero das artes visuais que tem como tema central os objetos inanimados, com o intuito de valorizar as qualidades de suas formas, cores, composições e texturas. Na arte contemporânea são utilizados ainda outros suportes como as esculturas, instalações ou videoarte destas representações de objetos inanimados, como referências à história da arte e como novas formas de representação.
A exposição “Enquanto repousam as rosas” traz como tema a tradicional natureza-morta, porém com a visão particular e contemporânea do artista Ailton Ribeiro. Para Ailton “a natureza-morta nunca está do mesmo modo, ela tem uma relação com o tempo, ou seja, está em constante transformação”. Um exemplo são as rosas – elemento marcante para o artista desde a infância.
Na exposição, cada objeto conta uma história individual e juntos eles contam outra. A natureza-morta de Ailton é viva e está em processo de construção: “É o caos em equilíbrio, uma desordem, não tudo arrumado e ajeitado como acontece na pintura clássica. A sensação é a de que acabou de colocar e não arrumou, está em processo. É o antes e o depois, uma ideia de tempo e continuidade”, finaliza o artista.
Serviço
Local: Pinacoteca Municipal e Casa Ponce Paz, Rua Antônio Alves, 9-10, Centro
Abertura: 28/10, sexta-feira, às 20h30
Período de visitação: de 31/10 a 09/12, segunda a sexta, das 9h às 17h
Mais informações: (14) 3232-1552
Realização: Secretaria Municipal de Cultura, Pinacoteca Municipal espaço Casa Ponce Paz