A pandemia do novo coronavírus não só mudou a nossa rotina, como também as formas como fazemos muitas atividades. As compras no shopping se transformaram em apenas alguns cliques. E, se por um lado a adaptação tem sido relativamente simples em alguns pontos, por outro, existe algo difícil de aceitar – o distanciamento entre pessoas.

A socialização é inata ao ser humano, além disso, o contato físico é ainda mais acentuado na cultura brasileira. Os abraços e beijos como forma de cumprimento são comuns e, em datas comemorativas, eles se tornam ainda mais especiais. Por isso, deixar de lado todos os instintos tem sido um esforço de diversos bauruenses neste domingo, Dia das Mães.

Claudia Regina Francisco Florentino tem se empenhado duplamente no enfrentamento ao COVID-19. Enfermeira, ela trabalha em dois hospitais da cidade (São Francisco e Unimed), atuando diretamente com pacientes infectados com o novo coronavírus. Além disso, ela ainda tem se mantido longe de familiares por estar no grupo de risco.

Sabendo da facilidade em se transmitir a doença pelo contato próximo, Claudia afirma que ficar longe da mãe, Ivone Bertoloni, especialmente neste Dia das Mães é ainda mais difícil. Isso, porque Ivone está em tratamento contra o câncer.

“Tivemos momentos difíceis devido à doença. É péssimo, porque nesta datas comemorativas gostaríamos de estar junto com quem amamos, em especial, com ela. Faremos chamada de vídeo, única forma de sentir perto nesta data, mas sabemos que não é a mesma coisa. Por amor, faremos isso”, relata Claudia.

Saudade que dura meses

Para Tatiana Molini, a data agrava uma saudade que se prolonga desde o Carnaval. Ela se mudou para Bauru há quase três anos e, desde então, mora longe da mãe. Assim, as duas estão distantes desde o começo da quarentena e, mesmo com o Dia das Mães, o reencontro ainda não tem data.

Ela conta que nunca passou a data longe da mãe, Marilena Molini, e passar por isso tem trazido sentimentos divergentes. “Tem o cuidado e uma saudade imensa. Então é o misto de saudade e de medo que alguém fique doente, além de muita expectativa de quando nos veremos de novo. Porque pelo visto é o que mais vai demorar”, explica.

Ela ainda conta que a decisão não foi fácil e até pensou em visitar a mãe. Porém o fato de Marilena ter 76 anos e doenças pré-existentes, consideradas fatores de risco, pesou na hora de manter a distância. Dessa forma, Tatiana e seus três irmãos combinaram uma vídeo chamada com a mãe e ainda adicionaram alguns detalhes especiais. Todos irão cozinhar a mesma receita e brindar virtualmente.

Distantes na mesma cidade

Joice Carvalho comemora a data com sua mãe, Terezinha, desde que nasceu (literalmente). Em 1982, o Dia das Mães foi em 8 de maio, mesmo dia em que a bauruense vinha ao mundo. Desde então, a data é uma oportunidade para comemorarem juntas, embora, este ano, os planos sejam outros.

“É a primeira vez que vamos passar o Dia das Mães distante! Tivemos que tomar a decisão por conta do meu pai e da minha mãe que são grupos de risco. Então é melhor ficarmos distantes, pelo menos este ano, para garantir que eles continuem com saúde”, conta.

Mesmo com a distância, Joice encontrou uma outra forma de comemorar a data. Ela encomendou um presente para deixar no portão da mãe. E quando tudo passar, ela já sabe o que fazer. “É fácil, a gente vai fazer um almoço, se abraçar, conversar, ficar todo mundo junto, minha mãe, os filhos e os netos”, diz.

Ideias para homenagear as mães de longe

Ligar, deixar um presente no portão, fazer uma festa por vídeo chamada são ótimas opções para alegrar as mães neste domingo. Entretanto, há outras formas de presenteá-las e ainda respeitar o distanciamento!

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