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O cantor, ator, jornalista , humorista e ex-integrante do CQC, Rafael Cortez, visitou a cidade de Bauru nesta segunda-feira (24). O evento, que foi realizado no Anfiteatro Guilherme Rodrigues Ferraz, o Guilhermão, foi organizado para dar boas vindas aos calouros da Unesp e contou com um trote solidário. Todo dinheiro arrecadado com as vendas dos convites será doado ao projeto Ao Vivo Em Cores, da Faculdade de Engenharia de Bauru (FEB,) e cada participante doou um quilo de alimento não perecível. Minutos antes da apresentação, Rafael conversou com a equipe do Social Bauru e deu um show de simpatia! Sempre bem-humorado, o jornalista falou sobre as experiências na Band, seu próximo projeto na música e o novo programa que vai estrear em breve na Rede Record. Confira:

SB: Essa é a sua primeira vez em Bauru?
Rafael:
“Não é a primeira vez que eu venho para cá. Eu já vim algumas vezes. Fiz dois solos de humor aqui, os dois no Teatro Municipal. Só que uma vez eu paguei um mico violento aqui! Fui chamado para fazer uma discotecagem em uma balada. Vim para uma roubada master, na verdade. Ganhei um cachê que era uma merreca e a balada era em um galpão, um lugar bizarro. O lugar já estava em decadência. Na verdade, acho que foi por isso que me chamaram! Quando me chamam para algum lugar, é porque o lugar não anda bem. Certeza que a Unesp vai fechar no mês que vem!” (risos)

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SB: E você acha que o público do interior é diferente do público da capital? Interagem mais?
Rafael:
“Existem interiores e interiores. O interior de Minas, por exemplo, é muito bom em muitos aspectos, mas assustador em outros. É que cada estado tem a sua diferença. O carioca é mais fanfarrão, seja no interior ou na capital. O paulista já é mais soberbo. Agora os mineiros são muito mais respeitadores. Quando eu estou no interior de Minas, eu sempre tomo mais cuidado, mudo as piadas. Geralmente não falo de religião ou de sexo porque eles são mais tradicionais. Mas no interior de São Paulo eu nunca tenho problema. Aqui vocês são sempre fofos.”

SB: Encarar um auditório de um programa é muito diferente?
Rafael:
“Nossa, muito! Tudo é diferente. O que se aplica em teatro não se aplica na tevê. Quando a gente faz um programa de tevê, a gente tem a impressão de que a gente está falando só com aquelas pessoas. Mas isso é um grande erro. A tevê é feita para o telespectador. Para mim, foi muito doloroso sentir essa mudança. Quando eu fiz o Got Talent no ano passado, na Record, ele era gravado para 1.000 pessoas. Mas, mesmo assim, eu estou falando com o telespectador. No teatro não é assim, eu estou falando para todo mundo ali, nem me importo se estou sendo fotografado ou filmado.”

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SB: E ter que enfrentar esse auditório é um desafio maior que enfrentar a plateia do teatro ou algumas entrevistas que você fez no CQC, por exemplo?
Rafael:
“Ah, tudo é desafio. O importante é você não se acostumar. Todos os shows que eu fiz achando que eu ia me dar bem, eu me ferrei. Uma vez, eu vi uma entrevista da Fernanda Montenegro que ela dizia que sente frio na barriga ainda hoje. E ela tem 70 anos de carreira! Poxa, se ela pode, quem sou eu? Eu sou uma mosquinha ainda. Então, é saudável sentir isso. Se você baixa a guarda demais, não fica um bom show. Você tem que ir sempre achando que aquele é o seu último show.”

SB: E qual a entrevista que você fez no CQC que você mais gostou e qual a que você menos curtiu?
Rafael:
“Olha, na verdade, o que eu mais gostei e menos curti de fazer no CQC foi a Copa do Mundo de 2010. Eu não gostei porque eu detesto futebol. Não sei nada, não sei o que está acontecendo e não tenho a mínima de ideia de nada! Fui convocado para morar 36 dias na África do Sul e falar sobre futebol. Eu cobri muito futebol durante o CQC, mas eu fazia e ia para minha casa dormir. Agora na África do Sul foi diferente. E a parte legal foi que eu estava tão apavorado que pensei: ‘eu posso acabar com tudo e fazer as minhas piores matérias ou posso arrasar e virar o jogo’. Então eu usei aquele meu descaso, aquele frio na barriga e pânico para fazer matérias muito legais. Em termos de vivência foi horrível! Mas valeu a pena. Essas são as matérias que eu mais gosto. São essas que eu assisto no Youtube. Têm várias matérias minhas lá, mas sempre gosto de ver essas da Copa.”

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SB: E como será o seu próximo programa na Record?
Rafael:
“Vai estrear entre abril e maio. Mas eu não me surpreenderia se o programa entrasse no ar agora. Quando a gente apresenta um programa, você é só uma formiguinha e, por isso, a Record vai fazer o que achar melhor dentro do cronograma deles. Existe um grupo que quer colocar no ar agora, já outras pessoas acham que é melhor esperar. Então, acredito que possa ser a qualquer momento. O Take me Out é um super programa com um cenário incrível! Ele é um programa de namoro, onde 30 candidatas que vão selecionar homens para se relacionar. São mulheres lindas com uns caras bonitões também. O casting está bem caprichado!”

SB: Você está feliz com o projeto?
Rafael:
“Sim, muito! Ele é mais a minha cara. Esse programa é internacional e todos os apresentadores sempre foram humoristas. Já o Got Talent, o programa que eu apresentei o ano passado, era um programa para emocionar e esse não, é para divertir, é bem diferente.”

SB: E na música você tem algum projeto?
Rafael:
“Sim, eu tenho o MDB que é um projeto de uma banda que resgata as músicas mais divertidas do Brasil. Chama ‘Música Divertida Brasileira’ e eu vou fazer com a banda Pedra Letícia. Eles só faziam composições engraçadas, mas esse projeto vai ser um desafio. São músicas que foram caracterizadas como divertidas entre as décadas de 20 e 80. Mas vamos mudar, um sambinha pode virar um baião, por exemplo. É bem legal! Estamos ensaiando ainda e vamos estrear em abril.”

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