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O bauruense Rodrigo Silva escolheu Dublin para ser a sua casa desde o começo desse ano. A oportunidade surgiu a partir de uma viagem de sua mãe que, assim como ele, também trabalha com música. “No ano passado, minha mãe veio para Europa para tocar em alguns lugares, inclusive Dublin. Daí ela viu que poderia ser um lugar bom para eu morar”, conta.

Apesar de ele estar na Irlanda há pouco tempo, apenas seis meses, Rodrigo já conseguiu seguir com a carreira que havia iniciado em Bauru – ele tem uma banda e toca em pubs e nas ruas da cidade. Mas, apesar dos compromissos que tem por conta de sua música, jovem não ficou de braços cruzados ao ver alunos e professores serem injustiçados por causa do fechamento de uma escola e participa de um movimento estudantil na capital irlandesa.

“Reivindicamos em prol de melhorias na parte da educação relacionado aos estrangeiros, pois todo ano muitas escolas fecham e muitas pessoas acabam sendo lesadas”, afirma.

Para o Social Bauru, Rodrigo contou mais detalhes desse movimento, a sua rotina no país europeu e os próximos planos. “Não penso em voltar a morar em Bauru. Sou admirador da noite e música, então me identifiquei com Dublin! (risos). Mas estou disponível pra onde a vida me levar. Pretendo conhecer muitos lugares ainda, vivenciar diferentes realidades e aprender muito – tudo isso é muito bom!”

bauru em dublin
Foto: Reprodução/Facebook

Você mora em Dublin há quanto tempo?
Rodrigo: Aproximadamente, cinco meses. Aterrissei na ilha no segundo dia do ano.

Por que decidiu ir morar aí?
Rodrigo: No ano passado, minha mãe veio para Europa para tocar em alguns lugares, inclusive Dublin. Daí ela viu que poderia ser um lugar bom para eu morar por conta de varias coisas, por exemplo, acessibilidade na parte financeira. Aqui não tem muita burocracia com visto e você pode estudar e trabalhar ‘part time’, durante o curso, e ‘full time’, após as aulas. Também porque é uma cidade movida à música, tem milhares de pubs e muito espaço para os músicos!

E eu fiquei sabendo que você faz parte de um movimento estudantil. O que seria isso?
Rodrigo: É apenas uma mobilização de estudantes e com alguns professores envolvidos também que foram afetados por conta de uma escola daqui de Dublin que fechou as portas, lesando centenas de pessoas e tirando a possibilidade de tirar ou renovar o visto. Nos juntamos e fomos à embaixada brasileira para saber quais são nossos direitos e o que podemos usar deles aqui nessa situação. Reivindicamos em prol de melhorias na parte da educação relacionado aos estrangeiros, pois todo ano muitas escolas fecham e muitas pessoas acabam sendo lesadas.

Tem adesão de muitas pessoas?
Rodrigo: Sim, até porque acredito que seja do interesse de todos. É uma situação muito séria você planejar seu intercâmbio, fechar com uma escola e ela simplesmente fechar as portas. Estudantes e professores perderam muito dinheiro!

bauru em dublin
Foto: Reprodução/Facebook

E você, pessoalmente, acha que vai acabar quando? Como estão sendo as negociações?
Rodrigo: Não temos previsões de nada, nem a embaixada sabe nos dizer pois eles não tem poder. O que eles podem fazer é entrar em contato com o governo irlandês e tentar estabelecer melhorias na parte da educação.

E como você é músico, consegue espaço para cantar aí em Dublin? Como surgiu a oportunidade?
Rodrigo: Não só canto, como toco! (risos). Sou músico, atualmente trabalho como ‘busker’, ou seja, sou um artista de rua. Toco violão e canto, além disso sou baixista e toco com bandas em pubs também. Eu já era músico no Brasil e desde lá já ia mantendo contato com músicos aqui em Dublin pra se integrar e saber como funciona o esquema de tocar nos lugares e na rua. Quando cheguei, na terceira semana já estava com uma banda de pessoas que conheci aqui. Músicos e oportunidades pra música chovem aqui!

E mesmo com algumas dificuldades, você tem vontade de voltar para Bauru? Por que?
Rodrigo: Bauru? Bem específico, hein! (risos). Tenho vontade de apenas visitar, matar a saudade da família e amigos, mas morar não. Não penso em voltar a morar em Bauru. Sou admirador da noite e música, então me identifiquei com Dublin! (risos). Mas estou disponível pra aonde a vida me levar. Pretendo conhecer muitos lugares ainda, vivenciar diferentes realidades e aprender muito – tudo isso é muito bom!

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