A ideia de ecomuseu é relativamente nova e se refere a um conceito de museu a céu aberto. Foi nesses parâmetros que o Museu do Café de Piratininga começou suas atividades, em 2014.

Localizado a 13 km de Bauru, o museu está na Fazenda São João e é uma opção de passeio para toda a família. Além do espaço rural, o Museu do Café também conta com patrimônios arquitetônicos e um museu de ciências.

“Mais do que um museu histórico, a gente propõe um museu de ciências, voltado à educação científica, ambiental e à educação para a sustentabilidade. Tudo isso inclui o conceito de museu a céu aberto ou ecomuseu”, explica Guilherme do Amaral Carneiro, um dos proprietários da fazenda.

5 motivos para visitar o ecomuseu

1- Patrimônio arquitetônico
Além da construção que abriga o museu, os visitantes ainda podem ter contato com materiais que remetem à época da produção do café. Portanto, os visitantes podem conferir como funciona uma antiga fazenda de café e como ela age nos moldes atuais de produção. Além da produção agroecológica e orgânica que está sendo introduzida no espaço.

“Temos uma série de materiais como a máquina da tulha, onde fazia a beneficiamento do café. Temos uma máquina centenária de peroba rosa, com valor histórico considerável”, explica Guilherme.

2- Conhecimento
O Museu do Café conta com uma equipe multidisciplinar de biólogos, geógrafos e pedagogos. Dessa forma, estes profissionais oferecem o conhecimento para quem for visitar. Assim, o museu é voltado para a educação científica, educação ambiental e para a sustentabilidade.

“Temos muitas atividades que envolvem esses temas. Então fazemos roteiros que integram as questões históricas e ambientais. Queremos ensinar sobre o passado, rever a exploração humana e a degradação ambiental para poder ter um futuro mais sustentável e humano. Essa é a nossa missão”, revela o idealizador do museu.

3- Importante espaço geográfico e ambiental
A fazenda que abriga o museu está localizado na Cerra da Jacutinga, um divisor de águas entre o Rio Batalha, que vai para o Rio Tietê, e o afluente do Rio Turvo, que vai para o Rio Paranapanema.

4- Ecologia
O ecomuseu também conta com atividades ao ar livre como trilhas ecológicas, acompanhadas por biólogos. Durante o percurso é possível encontrar cachoeiras, quedas d’água e muitas surpresas, como pegadas de animais silvestres. Ainda no sentido ambiental, o museu abriga um acervo com pegadas de animais em gesso, ossos e animais empalhados.

Mas também tem animais vivos no Museu! O local conta com tucanos, papagaios, maritacas e até cobras. “Somos um espaço que tem parceria com a polícia ambiental da região de Bauru. Então eles fazem a soltura imediata de animais do tráfico aqui na fazenda. Nós atestamos a soltura deles aqui na fazenda, caso não tenham condições para isso, nós cuidamos deles”, diz Guilherme.

5- Fazendinha
Segundo os proprietários, a atividade que mais chama a atenção das crianças são as atividades com os animais como leitão, carneiro, podendo até tirar leite da vaca.

Vale a pena visitar!

Quem não perdeu a oportunidade que é ter um espaço como o Museu do Café pertinho de onde mora, foi a bauruense Nathalia Assis. Surpreendida com local, ela contou para o Social Bauru como foi a experiência do passeio.

“Fui para conhecer um lugar novo que tem a vivência com o campo e com a natureza, foi muito agregador. Nós fizemos a trilha, acompanhados por um biólogo, que foi falando sobre o lugar e a história. Outra coisa que me surpreendeu bastante foram as cachoeiras e o lugar para servir o café da manhã, que foi maravilhoso”, relembra Nathalia.

Ela ainda ressalta a preocupação com a preservação do espaço e a educação.

“A fazenda tem esse compromisso, além de ser turístico, tem a questão da educação. O mais interessante é o processo de manutenção do museu e do compromisso com a memória, que temos deixado de lado. Então ele cumpre com o papel de museu muito bem. Recomendo todo mundo a ir lá”, diz.

Antes do Museu do Café de Piratininga

A Fazenda São João, que abriga o Museu do Café, foi adquirida pelo avô de Guilherme em 1960 e é propriedade da família desde então. A história da fazenda começou muito antes, no início do século XX e foi uma das primeiras a produzir café, fazendo parte também da ocupação do centro-oeste paulista.

Foto: Nathalia Assis

Antes de virar um museu, ela foi espaço para a produção de café durante 30 anos. A partir da década de 90, a criação de gado e a cana tomaram o lugar do café. Hoje em dia, uma parcela da área da fazenda também está arrendada para a plantação de eucalipto.

De uma área de 600 hectares, 40 alqueires não está arrendado. Essa é a parte histórica do local, onde se encontra a sede e o espaço que abriga a toda a história da fazenda.

Para o feriado

O Dia das Crianças é nesta sexta-feira (12) e o Museu do Café de Piratininga está preparando atividades especiais para as crianças e toda a família.

Na sexta, o museu organiza o “Lá vou eu no museu” com oficinas de argila e brinquedos artesanais, além de trilhas e visitas monitoradas. Já no sábado (13), o evento é com a Casa do Circo, que irá apresentar atividades circenses para as crianças.

Os eventos são das 09h30 às 13h30 com entrada de R$10,00 (idosos e crianças até 10 anos pagam R$5,00). Para quem deseja tomar café da manhã no Museu do Café (das 09h às 12h), será cobrada a entrada mais R$20,00.

Serviço
Museu do Café de Piratininga
Local: Rodovia Engenheiro João Baptista de Cabral Rennó, km 248
Horário de funcionamento: sábado, das 9h às 15h, sem necessidade de agendar. Nos demais dias, inclusive domingo, funcionamos sob agendamento, conforme horário do interessado

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