Por meio da Reconciliar Associação Beneficente (RECAB), fiéis e voluntários da igreja Ministério Reconciliar uniram forças e criaram o projeto Mercado Solidário.

A iniciativa tem como finalidade ajudar famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica a fazerem compras de alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal.

De acordo com Rute Bueno Jabur, voluntária e membro da igreja, o Mercado Solidário pretende proporcionar mais do que cestas básicas.

“Nós queremos ir além da entrega de cestas básicas. Queremos dar a dignidade para que cada família tenha liberdade de escolher os itens que compõem a sua compra mensal”, afirma.

“Na primeira compra, recebemos uma mulher que compartilhou com a gente que há muito tempo ela não entrava em um mercado e escolhia os produtos da compra dela. Ela falou isso se emocionando e esse tipo de coisa mexe muito com o nosso psicológico”, complementa Rute.

Prateleiras do Mercado Solidário (Foto: Ministério Reconciliar/Aline Baptista)

A voluntária ainda esclarece que as consequências do avanço da pandemia, como a falta de emprego e renda, foram alguns dos motivos que resultaram na atuação do projeto na cidade desde julho deste ano.

“A gente está falando de fome, não tem como ficar bem assim”, declara.

Vulnerabilidade social em Bauru

De acordo com a Secretaria Municipal do Bem Estar Social (SEBES), cerca de 10.257 famílias bauruenses estão em situação de extrema pobreza e possuem renda per capita de R$89,00 ao mês. Outras 3.218 famílias estão em situação de pobreza e têm renda per capita mensal entre R$89,01 e R$178,00.

As informações são das famílias inscritas até abril de 2021 no Cadastro Único, base de dados do Governo Federal para identificar e conhecer as famílias brasileiras de baixa renda.​ É por meio deste cadastro, que o governo federal, estados e municípios implementam políticas públicas.

Segundo a SEBES foram realizados 2.789 novos cadastros entre fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021 em Bauru. A secretária Ana Cristina De Carvalho Sales Toledo explica que esses novos inscritos não puderam ser avaliados para terem direito aos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

“As famílias que acabaram por ingressar na situação de vulnerabilidade social em decorrência da pandemia, não conseguiram acessar os benefícios do mesmo, acentuando a pobreza no município, informa.

Manutenção do Mercado Solidário

Neste sentido, iniciativas como o Mercado Solidário é uma das alternativas para as famílias desamparadas. No entanto, a falta de donativos é um dos motivos que compromete o atendimento aos 22 núcleos familiares cadastrados que retiram produtos mensalmente.

(Foto: Ministério Reconciliar/Aline Baptista)

Rute informa que a associação pediu por apoio de algumas empresas de Bauru para ajudar no abastecimento mensal do Mercado.

“A gente até tentou algumas parcerias com empresas, mas não conseguimos sucesso. Quem hoje ajuda a abastecer o projeto são os próprios voluntários e membros da igreja que se solidarizam com a causa”, informa.

Por conta disso, os voluntários estabeleceram que o projeto atuará apenas uma vez ao mês até dezembro deste ano.

“Temos 30 dias para reabastecer as doações e conseguir abrir novamente para uma outra compra”, esclarece Rute. “A intenção é manter o projeto funcionando normalmente, mas precisamos colocar um início e um término para termos noção de como vamos conseguir abastecer o mercado. Se chegar mais doações, a gente vai manter o mercado”, complementa.

(Foto: Ministério Reconciliar/Aline Baptista)

Como ajudar o Mercado Solidário

Para continuar atuando, o Mercado Solidário aceita doações de alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal na sede da igreja Ministério Reconciliar de segunda a sexta-feira das 12h às 18h.

Além disso, a associação também recebe ajuda financeira para reverter a compra de produtos. No caso de doações por meio do PIX, é necessário deixar descrito que a doação é para o Mercado Solidário.

Cadastro das famílias

Para ter acesso ao Mercado Solidário, um membro da família deve procurar a RECAB para fazer o cadastro social contendo informações sobre o núcleo familiar, como nome, endereço, renda per capita e o motivo da procura por ajuda. Qualquer família bauruense que precisa do auxílio pode se inscrever.

(Foto: Ministério Reconciliar/Aline Baptista)

Após o preenchimento do formulário de inscrição, os voluntários são responsáveis por realizar visita social e averiguar a veracidade dos dados.

Com a aprovação no processo, a RECAB faz o agendamento para que a família possa realizar a compra mensal no Mercado, que oferece os seguintes produtos:

  • Alimentos não perecíveis
  • Produtos de limpeza
  • Produtos de higiene pessoal
  • Hortifruti
  • Carnes em geral

“O representante da família recebe um carrinho e durante a compra ele passa pelos corredores e coloca os produtos de acordo com a proporção da família. Em média, cada família leva de 50 a 60 kg de produtos”, informa Rute.

Depois da compra, os membros são acompanhados pelos voluntários e podem retornar depois de 30 dias.

Serviço

Telefone WhatsApp: (14) 99623-2425
PIX: CNPJ 09420025000119
Facebook: Ministério Reconciliar
Instagram: @sejareconciliar
Endereço: Avenida Castelo Branco, 3-50, Jardim Independência.

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