Paola Faccin nasceu em Sinop, no Mato Grosso, embora parte de sua família tenha vindo de Santa Catarina. No sul, o avô e o pai de Paola já trabalhavam com madeira, e levaram esses conhecimentos para o centro-oeste do país.

“Meu pai aprendeu a entalhar com um dos funcionários da empresa do meu avô, quando era bem jovem. Ele descobriu uma paixão”, conta a filha. Enquanto a empresa fazia portas e janelas de forma industrial, ele acrescentava esses detalhes artesanais.

Algum tempo depois, a sociedade da qual o pai de Paola fazia parte se dissolveu, e então ele decidiu abrir a própria empresa. A Artepam, como foi chamada, também fornecia portas e janelas feitas em medida padrão e larga escala para abastecer lojistas.

Em busca do desperdício zero

Há aproximadamente 10 anos, a família de Paola decidiu sair do interior do Mato Grosso e se mudou para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A mudança de cidade também trouxe mudanças para o negócio: ao invés de produzir em larga escala, eles passaram a fazer produtos sob medida, buscando acabar com o desperdício de madeira na produção.

A família sempre trabalhou com madeiras nobres extraídas por manejo sustentável. “É um processo caro, burocrático e lento – que é o correto. A madeira foi ficando mais cara e mais escassa, então decidimos diminuir a quantidade de produtos e aumentar a especificidade deles”, completa a matogrossense.

Portelar em Bauru

No final de 2021, ela decidiu vir para Bauru para abrir uma empresa independente, mas ainda ligada à fábrica da família: a Portelar Portas. O carro-chefe da loja são as portas pivotantes – geralmente usadas na entrada principal das casas e que abrem girando em um eixo vertical.

Paola conhecia a região – ela se formou na Unesp em Botucatu e o pai já distribuía produtos para cá. Segundo ela, Bauru está em uma localização vantajosa para a logística e o clima, mais ameno que o de Campo Grande, é melhor para o tipo de madeira que a Portelar trabalha: a Itaúba.

Junto com a proprietária veio o gerente Alexandre de Paulo, também natural de Campo Grande. Ambos montaram o showroom da Portelar na Avenida Getúlio Vargas e estão atendendo desde janeiro deste ano.

Outro fator determinante para a escolha da cidade, segundo a proprietária, foi a mão-de-obra mais qualificada. “Nós estamos em uma linha de produção semi-artesanal, então precisamos disso, e encontramos aqui em São Paulo”, completa. Por enquanto, as peças vêm do centro-oeste. Em breve, a Portelar terá uma fábrica em Piratininga e toda a produção também será feita por aqui.

Cuidado desde a escolha

Na produção local, o intuito será o mesmo: zero desperdício na confecção. O cliente procura a empresa com o projeto, a equipe da Portelar faz a medição na obra e a porta é feita na medida exata indicada pelo vão.

“Nós temos um respeito muito grande pela nossa matéria-prima, entendemos que vivemos de um produto esgotável. Por isso nossa linha de produção não aceita desperdício”, comenta Paola.

A Portelar demora, em média, três dias para produzir uma única peça, visto que boa parte da confecção é feita de forma manual. Além disso, a madeira de Itaúba é densa e pesada, e isso exige o uso de um maquinário específico para garantir a qualidade do acabamento.

Além disso, a equipe da empresa ainda tem todo o cuidado no transporte e manuseio. “A porta é delicada, por mais que seja pesada e bruta. Então nós acompanhamos a entrega e damos instruções para que o cliente não tenha um produto inferior por causa de descuido”, conta.

Vantagens de fabricar e vender

Segundo Paola, ser o fabricante da peça abre uma margem de possibilidades para os clientes. “Eu tenho um modelo de porta e consigo criar várias outras a partir deste modelo. Posso criar opções em cima da necessidade do cliente e sugerir coisas diferentes”, conta.

Além disso, ela ainda pontua que os clientes têm mais confiança por estarem em contato direto com o produtor inicial da peça. Então, caso algo dê errado, a empresa sabe exatamente como agir.

Manejo sustentável

A Portelar utiliza madeiras serradas que são extraídas de matas regulamentadas pelo IBAMA e pela SMA (Secretaria de Meio Ambiente). É este órgão que decide quais árvores podem ou não ser retiradas e quais são as consequências da extração para a área.

“O manejo sustentável tem uma legislação bem pesada feita pelo Estado e visa manter a mata de forma que ela se regenere naturalmente”, completa Paola.

Madeira de Itaúba

Toda a linha de produção da Portelar é feita com base na madeira de Itaúba. Além de ser um material de alta durabilidade, ainda é resistente a cupins, fungos e outros agentes que, em geral, fazem peças de madeira apodrecerem mais rápido. Esta tora, inclusive, era utilizada para fazer cercas para gado e postes de iluminação.

Alguns detalhes das portas, no entanto, são feitos de Sucupira Preta. Paola conta que, há 20 anos, o uso dessa madeira era feito com muito menos cuidado do que agora. O pai dela, que já não gostava de desperdício, passou a guardar tudo o que sobrava das peças e mantém até hoje.

Atualmente, com a escassez do material, a Sucupira é bastante valorizada, e os detalhes nesse tipo de madeira se tornaram um dos diferenciais da fabricante, graças ao estoque da família. Ela também é densa, resistente e muito nobre, assim como a Itaúba.

Outros parceiros

Apesar de ser fabricante das portas, a Portelar trabalha com fornecedores parceiros para puxadores, fechaduras e portas internas – que é o caso da marca Rohden.

“É uma empresa que trabalha com portas internas de alto padrão, o acabamento deles é impecável. A Rohden costuma trabalhar com grandes construtoras, mas agora estão abrindo a possibilidade de vender para o consumidor final e nós aproveitamos para trazer a marca para cá”, explica.

Em breve, a Portelar Bauru terá também um showroom da Rohden com mais opções de portas.

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Serviço
Portelar Portas
Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 21-100 – Jd. Europa
Horário de atendimento: De segunda a sexta, das 8h às 18h, sábados das 8h às 12h
Contato: (14) 99833-1437
Instagram: @portelar_

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