Quando um cliente entra na Itiban em Bauru, pode ser para mudar de vida, por meio do principal serviço do local: um emprego no Japão. É a ‘assessoria de pacote completo’, que inclui contrato de trabalho, visto e financiamento de passagem aérea. Além disso, auxilia em outras questões, como moradia, assistência 24h nos aeroportos e suporte no país.
Encontrar uma vaga não é problema. Toda semana as empresas parceiras da Itiban disponibilizam um grande número de oportunidades em todas as regiões do Japão. Em seguida, a agência daqui faz o direcionamento para o emprego no país asiático.
“A empresa manda a proposta, com horas de trabalho e benefícios e combinamos todos os passos até ele começar a trabalhar”, explica Priscila Kotaki, uma das representantes da Itiban em Bauru.
Até mesmo depois de iniciar no emprego, o cliente tem assistência. A Itiban tem um escritório próprio e credenciado no Japão para auxiliar os trabalhadores. “Não se adaptou na área e precisa de recolocação, o escritório de lá resolve essas situações”, explica Kelly Nako, outra representante da empresa na cidade.
Objetivo: mudar de vida
A Itiban atende descendentes e cônjuges de japonês, desde jovens e famílias a idosos. Os principais objetivos são ter uma nova vida e juntar dinheiro. Se por um lado o trabalho é desgastante, já que quase todas as vagas são em fábricas, por outro é uma mudança para o país em 19º lugar no ranking de desenvolvimento humano (o Brasil está em 87º).
No Japão, a desigualdade social é menor, o que indica que o salário oferece maior poder de compra. “Para você ter uma ideia, você compra um carro simples com um mês de salário, sem ficar com dívida”, exemplifica Kelly, comentando que os benefícios podem incluir horas extras, o que aumenta os rendimentos.
“O poder aquisitivo lá é maior do que no Brasil, e não existe tanta diferença social. O mesmo restaurante que o chefe come, nós conseguimos comer. O local em que ele compra as roupas, nós também compramos. Não sentimos essa diferença”, complementa Priscila.
Além disso, é uma vida em um país desenvolvido, com segurança, opções de passeios, como parques e até a Disney, e boa estrutura de mobilidade urbana. Com o trem-bala, é possível visitar rapidamente qualquer região do Japão. Fora de lá, dá para viajar para países próximos, como a Tailândia.
Apenas para descendentes
É obrigatório ser descendente de japonês ou casado com descendentes para fazer a mudança para trabalhar no Japão. É mais acessível para filhos e netos, os chamados Nissei e Sansei, respectivamente. Uma mudança neste ano ampliou o acesso ao serviço por bisnetos de japoneses, desde que já tenham tido experiências no país ou passem em uma prova de proficiência no idioma.
As vagas estão abertas para diferentes setores, como alimentação, lavanderia, confeitaria, construção civil, hotelaria, vendas, autopeças, alimentos e eletrônicos, nas mais de 500 empresas parceiras da Itiban.
A escolha da ocupação depende do perfil do cliente, que, em alguns casos, precisa passar por entrevista online ou presencial. Experiência profissional não é essencial, mas podem ajudar, assim como habilitações (por exemplo, para dirigir empilhadeiras ou carteira de motorista) e capacidade de falar o idioma.
Por fim, questões culturais também são levadas em consideração, como excesso de tatuagens, piercings, barbas e cabelos fora do padrão.
Especialistas em Japão
Há oito anos em Bauru, a Itiban foi fundada em 1995 em Maringá-PR, por Mario e Kleber Ariyoshi (pai e filho), visando ajudar pessoas que querem trabalhar no Japão. Em quase 30 anos, a empresa passou da dupla em família para 12 filiais no Brasil, atendendo mais de 70 mil clientes.
Com isso, tornaram-se ‘Especialistas em Japão’, como está escrito na atual marca. Isso porque, nos últimos anos, a agência ampliou os serviços.
Um deles é o suporte para intercâmbio, começando por aulas do idioma e podendo se direcionar para outras etapas de ensino, como cursos técnicos e faculdades. “Tem muitos brasileiros que gostam da cultura japonesa e querem aprender mais, então é voltado para qualquer pessoa que queira conhecer o país. Nesse caso, não precisa ser descendente”, explica Kelly.
Outro serviço é o auxílio para tirar visto para qualquer ocasião, como turismo, emprego, intercâmbio, visita a parente, entre outros. Ao contrário de outros países, não é preciso entrevista ou estar presente.
Ligação Brasil e Japão
Com cerca de dois milhões de japoneses e descendentes, o Brasil tem a maior população de origem japonesa fora do Japão, segundo dados da embaixada do país. No estado de São Paulo, é possível ver a força da comunidade nas festas temáticas, como a Festa das Cerejeiras e o Japan Fest Marília.
A conexão entre Brasil e Japão também acontece pelo fluxo constante entre as pessoas, porque é comum os descendentes daqui terem a experiência de viver lá. Inclusive, Priscila e Kelly já trabalharam no país, o que mostra outro diferencial da Itiban. “Nós falamos com propriedade de como é viver no Japão, as vantagens e dificuldades, compartilhamos experiências e explicamos porque vale a pena”, diz Kotaki.
Priscila já teve algumas experiências no país. Aos 15 anos, foi morar com a mãe. Em outra oportunidade, já com o apoio da Itiban, ficou cinco anos, se adaptou rapidamente ao trabalho e cultura, casou, teve dois filhos e até pensa em voltar para morar lá novamente.
Já a paulistana Kelly teve diferentes momentos no país asiático. Entre idas e vindas, passou mais de cinco anos lá, o que foi ótimo para se aproximar da cultura da qual é descendente. “É um lugar bom de viver, pessoas, trabalho, entre outras coisas. Lá eu cresci como pessoa, porque fui praticamente independente. Valeu a experiência em todos os aspectos”, finaliza.
Serviço
Itiban Especialista em Japão
Endereço: Av. Getúlio Vargas, 6-25 Loja 3 – Vila Guedes de Azevedo
Horário de funcionamento: De segunda a sexta, das 9h às 18h. Sábados, das 9h às 13h
Contato: (14) 3879-5111 | 0800-600-5115 (Ligação Gratuita)
Site: www.itiban.tur.br
Instagram: @itibanempregosnojapao
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