Não tem problema estar com a saúde mental afetada neste período. Apesar do clima festivo, dezembro é um mês que pode aumentar os sintomas de ansiedade e depressão em uma condição popularmente conhecida como ‘síndrome do fim de ano’, ou ‘dezembrite’.
Segundo o Dr. Fausi Santos, psicanalista e sexólogo de Bauru, a síndrome tem relação com o transtorno afetivo sazonal, esse sim, parte da Classificação Internacional de Doenças da OMS.
“É um transtorno que surge em climas específicos, como inverno ou datas comemorativas, por exemplo, no fim de ano. Principalmente quem já sofre com a saúde mental sente um agravamento dos sintomas”, diz.
O especialista explica que várias questões desse período contribuem para esse sentimento, como cobrança do trabalho com o fechamento de metas; fim do ano escolar para os estudantes; pressão por gastos em festas e presentes; comparação com o eu do ano passado; e reflexão sobre metas não concluídas.
“São inquietações que provocam o aumento do cortisol e adrenalina, que são hormônios estressores, e intensificam a depressão e ansiedade. Então, a pessoa fica com um organismo saturado de hormônios estressores”, enfatiza Fausi.
Sintomas da ‘dezembrite’
Como indica o psicanalista e sexólogo de Bauru, a ‘dezembrite’ agrava sintomas como:
- Compulsão: Nesse caso, especialmente os transtornos alimentares, seja por comer de forma compulsiva ou até se abster de comer, por exemplo, com bulimia. Compulsão por compras é outro elemento que pode servir como válvula de escape. É o prazer de comprar só pela compra.
- Insônia: As pessoas não conseguem dormir ou quebram a rotina do sono durante a noite inteira, acordando diversas vezes na madrugada.
- Impulsividade: Quem já tem dificuldade de controlar emoções, acaba tendo ainda mais dificuldade e podem ficar mais agressivas e impacientes.
- Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): Como Fausi resume, a pessoa é “sequestrada do presente”. Um exemplo é ficar preocupado em como será a ceia de Natal e, por isso, sofrer no dia a dia.
- Disfunções sexuais: Em homens, os mais comuns são disfunção erétil e ejaculação precoce. Já em mulheres, a hipoatividade sexual e as dores durante a relação.
- Sintomas físicos como cansaço também podem fazer parte dos efeitos da síndrome do fim de ano.
4 formas de lidar com a ‘dezembrite’
1- Praticar atividades físicas
Seja treinar em academia, praticar esportes ou atividades leves como caminhadas, a atividade física é essencial para cuidar da saúde mental. “Ajuda na liberação serotonina e da dopamina, que são neurotransmissores extremamente importantes para o bem-estar”, explica Dr. Fausi.
2- Fortalecer as relações sociais
O psicanalista e sexólogo cita o filósofo Epicuro para indicar outra forma de lidar com a síndrome do fim de ano. Segundo o pensador, existem três regras para ser feliz: comer tudo o que gosta com moderação, comer com alguém que gosta muito e ter fortes relações de amizade. “Ter bons amigos é essencial para o bem-estar, porque é o que faz a vida valer a pena”, enfatiza.
3- Momentos de reflexão
Epicuro também discorre sobre como é importante ter momentos de parada para refletir sobre a vida. Nesse caso, Dr. Fausi acrescenta como a época atual exige estar ativo o tempo inteiro, e que é importante parar para “sentir as texturas” da realidade. Ou seja, reduzir a velocidade do cotidiano também contribui para a saúde mental. “De repente, a gente começa a ter a sensação de que os dias estão passando rápido. Mas o dia continua tendo 24 horas, o mês 30-31 dias e o ano 365. Talvez seja a pessoa que está passando sem sentir a vida. Momentos de parada para pensar podem ajudar a sentir a existência”, diz.
4- Sair de casa e tomar sol
Pode parecer simples, mas é uma dica importante. “A falta de sol afeta o humor da pessoa, porque o sol fortalece a produção de Vitamina D, que está ligada a disposição, vitalidade e força. Então o sol da manhã e o do final da tarde fazem bem para a vida e saúde da pessoa”, finaliza Dr. Fausi.
Tratar com um psicanalista e sexólogo
Outra forma de lidar com a síndrome do fim de ano é o atendimento de um psicanalista. Fausi explica como esse tipo de profissional pode gerar formas de enfrentar a condição deste período.
O primeiro fator é a conversa, sendo o consultório um espaço para verbalizar os sentimentos e ter uma escuta profissional. “Quando o paciente fala e se escuta falando algo íntimo é como se fosse dar forma ao sentimento por meio da palavra. O paciente elabora e dá nome àquilo que faz sofrer. É terapêutico”, resume.
A partir das sessões de terapia, que aos poucos vão entrando em camadas mais profundas, o psicanalista e o paciente criam estratégias de enfrentamento às situações do dia a dia. No caso de Fausi, que também é sexólogo, o atendimento pode englobar também problemas sexuais.
“É oferecer ferramentas concretas para que a pessoa consiga usar e superar aquela condição. A terapia é importante não só para tomar consciência dos mecanismos que faz sofrer, mas também para criar estratégias com técnicas específicas visando fortalecer emocionalmente a pessoa”, explica.
Consultas com o Dr. Fausi
Fausi é formado em Filosofia, mestre em linguística e doutor em educação escolar, na linha de pesquisa em educação sexual. Há cinco anos, se especializou em psicanálise clínica e sexologia e passou a atuar como psicanalista e sexólogo.
Dessa forma, trata pacientes a partir dos mecanismos que estão no consciente e no inconsciente da pessoa, atuando em condições como transtornos de saúde mental e problemas sexuais.
Ainda assim, ressalta a importância de trabalhar em conjunto com outras especialidades médicas, como a psiquiatria, urologia e ginecologia.
O especialista faz atendimentos presenciais e online. “Quem busca um psicanalista, quer se libertar de traumas e complexos que o fazem sofrer. A vida é curta para ficar preso a amarras, sendo que temos condições de desfazê-las”, conclui.
Serviço
Dr. Fausi Santos – Psicanalista e Sexólogo
Endereço: Prime Square (Torre 2, Sala 1503) – Av. Getúlio Vargas, 22-25
Contato: (14) 99746-3249 (WhatsApp)
Instagram: @dr.fausi_
Facebook: Fausi Santos