Dirigido pelo bauruense Rafael Botta e com narração de Nany People, o documentário “Como Somos” foi selecionado para o 12º For Rainbow (Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual).

O filme bauruense está entre os seis longa-metragens selecionados para participar do festival e concorre ao lado de projeto do Canadá e do Quênia.

“Recebi a noticia com uma felicidade imensa, porque isso representa muito pra mim e para a equipe do filme. Será a nossa estreia nacional e não poderia ser melhor. Estrear num dos melhores festivais de cinema LGBT e ao lado de tanta gente bacana é motivo de muito orgulho pra gente”, conta o diretor.

“Como Somos” teve uma pré-estreia em Bauru, realizada no dia 31 de agosto, mas depois disso não exibido outra vez. Rafael explica que para participar de festivais e projetos, o filme precisava ter um tempo menor, por isso ele passou por uma reedição e agora inicia oficialmente a sua carreira.

E o primeiro passo já foi dado, o documentário está participando de um dos festivais mais importantes do Brasil. Confira o bate-papo que fizemos com o diretor de “Como Somos”, Rafael Botta.

– Você está competindo com projetos de outros países como Canadá e Quênia. Qual a importância disso para Bauru e para os bauruenses?

Rafael: Esse documentário foi pensado desde o princípio para retratar a realidade da comunidade LGBT local, poder dar voz às pessoas, às nossas histórias e levar isso tudo para que outras regiões vejam como é a vida por aqui. Isso é muito gratificante.

Ele é, acima de tudo, um filme político também, pois em tempos em que se tem dúvidas em relação aos direitos e até mesmo à segurança da comunidade LGBT, levantar questões importantes como as que abordamos no filme é fundamental.

Para minha surpresa, são só quatro filmes nacionais e dois internacionais. Então se pensarmos em um festival como o For Rainbow, em que muitos filmes são inscritos, o nosso orgulho aumenta ainda mais. Ele é um filme esteticamente simples, um documentário num estilo mais tradicional, mas que valoriza o que há de humano nesses personagens.

– Ser selecionado para o For Rainbow era algo que você imaginava?

Rafa: Desde o princípio, a ideia era ter esse filme em festivais, então é algo que estamos trabalhando. Mas é sempre imprevisível e a seleção para um festival envolve questões que vão além do empenho em fazer um bom filme.

– Participar do festival já é uma visibilidade enorme, certo? O que espera para o documentário depois do For Rainbow?

Rafa: É uma baita visibilidade. Principalmente para mim, particularmente, estreante nos festivais, e já de cara entrando para o For Rainbow. Vou acompanhar o festival todo e a troca com os realizadores dos demais filmes, com a organização e com o público será muito enriquecedora. Com certeza, voltarei de Fortaleza com novas conexões e experiências que vão agregar para os próximos trabalhos.

– O documentário já está disponível para o público?

Rafa: Não, ainda não. Sobre novas exibições em Bauru, ainda não temos previsão, o que sabemos é que ele entrará em cartaz comercialmente na cidade em 2019, assim como em outras cidades também.

Sobre a internet, ele não deve ficar disponível tão cedo, pois há uma estratégia e expectativa voltadas para os festivais de cinema. Também estamos negociando com um canal de TV, que tem interesse em incluir o Como Somos em sua grade de programação de 2019.

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