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Gabriela Sousa nunca pensou em desistir do sonho de fazer Medicina, mas já estava desanimada e tinha tomado uma importante decisão: iria parar de estudar por um tempo e dedicar-se à outras coisas. Mas, após ler a matéria do Social Bauru com a também estudante Marcella Gonçalves e ver que a bauruense demorou quase dez anos para conseguir cursar medicina, tudo mudou.

A estudante retomou os estudos com mais afinco e conseguiu passar no vestibular, após oito anos de tentativas! Ela procurou a nossa equipe para poder contar a sua história e continuar com esta corrente de fé e perseverança. Confira o bate-papo:

Você sempre sonhou em ser médica?
Gabriela: Sim. Quando eu tinha, mais ou menos, quatro anos de idade, lembro-me de assistir ao seriado Plantão Médico e ficava brincando com um kit médico, comprado pela minha mãe, que tinha seringa, estetoscópio e remédios. Então, quando meu irmão Hugo machucava o dedão do pé no jogo de futebol, eu fazia questão de passar remédio, brincando como se fosse médica!

Foram quantos anos tentando?
Gabriela: Eu tentei por oito anos.

Como era a sua rotina de estudos?
Gabriela: Eu fiz o 3º colegial em Belém do Pará. Tenho famíia lá e achei que seria menos concorrido em comparação com o estado de São Paulo. Porém, lá, a realidade era outra. Até o estilo de prova era diferente e o vestibular, naquela época, não era muito semelhante ao daqui. Como eu não tinha passado, voltei no ano seguinte a Bauru e fiz o um ano de cursinho. Mas confesso que não estava tão animada e eu não estudava como deveria para passar no vestibular de medicina. Até que em 2010 comecei a estudar de verdade e, a partir de 2013, comecei a prestar as instituições particulares também ; organizei todas as matérias, fiz cursinho e aulas particulares de 2010 a 2012). Senti que, no meu caso, eu estava passando por uma fase de amadurecimento, porque vestibular para o curso de medicina é muito difícil então, a cada ano que eu não entrava, eu tentava achar um novo método de estudo; fiz aulas de redação particular e treinei bastante; comprei alguns livros indicados por pessoas que passaram no vestibular de medicina e tentava ser bem disciplinada com os horários de estudos. Em 2013 eu comecei a estudar sozinha, então, comecei a ser mais disciplinada e montei uma agenda de horários focando mais as matérias que eu tinha dificuldade. Aulas eu só fazia de matemática e redação.

E você chegou a pensar em desistir?
Gabriela: No ano de 2015, cansada demais porque não vinha nenhuma aprovação – até mesmo as instituições particulares eram muito concorridas – eu cheguei a pensar que, se eu não passasse naquele ano, em 2016 eu ia dar um tempo. Mas seria apenas um tempo porque nunca pensei em desistir. Mas, quando eu vi a matéria do Social Bauru sobre como foi a luta da estudante Marcella Gonçalves para entrar no curso de medicina, eu fiquei muito mais animada. Eu me identifiquei com a historia dela, entrei em contato – já até a conhecia de vista dos cursinhos da vida… (risos). Nesta conversa, eu a parabenizei e disse que tinha ficado muito mais animada, porque tinha alguém que já tinha passado pelo o que eu estava passando e que podia me dizer que iria valer a pena se eu continuasse lutando. Voltei a estudar com mais ânimo e fé.

Estava muito nervosa quando prestou novamente?
Gabriela: Não, acho que depois de muito tempo fazendo vestibulares, eu não sentia mais aquele nervoso.

E você passou em qual universidade?
Gabriela: Cheguei a ir para segunda fase da Unicamp em 2013, mas fiquei muito longe na classificação e, em 2015, tive a aprovação da Unicastelo em novembro. Consegui o FIES e comecei a estudar.

O que sentiu quando viu que tinha passado?
Gabriela: Quando vi meu nome na lista de aprovados eu não acreditava, não conseguia acreditar que minha hora tinha chegado!

Muita gente, assim como você, também tem este sonho. O que poderia falar para estas pessoas?
Gabriela: O que eu posso falar para aqueles que sonham entrar em medicina? Se realmente é o que você mais quer, não desista! Tudo tem um tempo e o seu tempo vai chegar na hora certa, no momento perfeito. Encontre algo ou alguém que te anime e te dê forças para continuar tentanto. No meu caso, a minha força vinha de Deus e eu orava muito pedindo forças para continuar, ter paciência e fé para acreditar que minha hora ia chegar. tem uma frase que eu gosto muito e me dava muita força: ‘Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão”. Digo mais uma vez: não perca a fé.

Você deu um passo para a realização de um grande sonho. O que deseja daqui 10 anos?
Gabriela: Desejo estar realizada profissionalmente, em um local onde eu possa muito útil à sociedade e possa retribuir muito a minha mãe Nilce. Quando eu não acreditava mais, ela sempre acreditou, sempre me apoiou e, assim como eu, ela também ouviu muitas críticas ao meu respeito como: ‘sua filha esta perdendo tempo tentando entrar em medicina’. Mas, mesmo assim, minha mãe sempre esteve do meu lado e nunca me disse uma palavra contrária ao meu sonho. Então, espero retribuir de todas as formas tudo o que ela fez e faz por mim.

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