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O Kickboxing é considerado tanto uma arte marcial quanto um esporte de combate, como o boxe. É um sistema relativamente novo, cujas regras derivam da combinação de diversas técnicas de combate de uma variedade de outras disciplinas mais tradicionais, incluindo o Boxe, Kung Fu e Tae Kwondo.

O bauruense José Augusto Claus sempre se interessou por artes marciais, mas só conheceu o Kickboxing por causa da esposa Bruna. O amor pelo esporte foi imediato, mas somente nesse ano que José começou a competir. São pouco mais de seis meses em competições, e ele já foi campeão paulista e brasileiro. O próximo passo é o Pan-Americano de Kickboxing, que acontece em outubro no México.

O Social Bauru conversou com o atleta, que explicou como funciona o kickboxing, sua rotina de treinos, alimentação e apoio. Confira!

Por que se interessou pelo esporte?
José: Eu sempre me interessei por artes marciais e competições do gênero, já pratiquei outras modalidades, mas não tão assiduamente. Conheci o Kickboxing graças a minha esposa. Ela recebeu uma indicação da academia Thiago Vianna, se interessou e me convidou para ir conhecer junto com ela. Fomos na primeira aula, gostamos tanto do ambiente quanto do acolhimento que recebemos da equipe e praticamos juntos desde então.

Você pode explicar brevemente como o esporte funciona?
José: As competições são divididas entre as modalidades de ringue e tatame. As modalidades existentes no tatame são Point Fight, Light Contact e Kick Light. Já no ringue são Full Contact, Low Kicks e K1-Rules. Cada modalidade possui características específicas, como, por exemplo, as de tatame. Nelas devem predominar a técnica e não o excesso de força, já no ringue o excesso de força é permitido. Há também outras variantes, a contagem do Point Fight, por exemplo, é feita ponto a ponto, no K1-Rules é permitido conectar golpes como a joelhada e o soco giratório, entre outras peculiaridades.

Como funciona sua rotina de treinos? E a alimentação?
José: Atualmente treino de segunda à sábado, tanto treinos de condicionamento físico, quanto técnicos e de combate. Nos dias em que não consigo comparecer na academia, acabo realizando treinos em casa. Em relação à alimentação, minha esposa se preocupa muito em fazer comidas saudáveis, evitamos também frituras, comidas gordurosas e açúcares.

Quais campeonatos você já conquistou?
José: Iniciei nas competições este ano e já conquistei diversos títulos. Em fevereiro, aqui em Bauru mesmo, fui segundo lugar na modalidade Kick Light da Copa São Paulo de Tatame. No mesmo campeonato fui terceiro lugar na modalidade Light Contact. Em abril, fui campeão paulista nessas duas mesmas modalidades. Já no Campeonato Brasileiro, fui terceiro lugar na Kick Light e campeão na Light Contact. Ainda esse ano vou disputar a Copa Brasil de Kickboxing 2016 no início de Setembro e o 9º Campeonato Pan-americano de Kickboxing em Outubro. O Pan acontece em Cancún, no México.

Muitas pessoas associam luta com violência… Qual sua opinião em relação a isso?
José: Sempre que me deparo com pessoas que tem esse pensamento, que não são poucas, procuro explanar que há muitos valores envolvidos em uma arte marcial.
Em nossa equipe, temos turmas de crianças, onde a disciplina, o respeito e a humildade são plantados pouco a pouco. Temos também jovens, pais, mães, pessoas de idade e portadores de necessidades especiais, que buscam qualidades como, saúde, bem estar, autoconfiança entre muitos outros benefícios que o kickboxing oferece.
Temos também aulas de combate, onde o aluno somente participa se realmente quiser, devidamente equipado e instruído pelos professores, tendo a oportunidade de treinar com vários tipos de alunos, desde os que nunca entraram em um combate até campeões Brasileiros e Sul-americanos.

Já passou por alguma dificuldade?
José: A maior dificuldade acaba sendo a questão financeira. Infelizmente, nosso esporte é pouco incentivado no Brasil, acabo tendo que arcar com custos como viagem, hospedagem, alimentação e inscrição das modalidades. No caso do Pan-americano, que irei disputar em Outubro no México, como os custos são muito altos fica muito difícil arcar sozinho, estamos indo atrás de patrocinadores, mas não é uma tarefa fácil, como mencionei, por não termos muito incentivo no Brasil, torna-se muito difícil receber respostas positivas das empresas.

Já pensou em desistir por causa dela?
José: Desistir nunca me passou pela cabeça. Eu pratico o Kickboxing por amor ao esporte, à equipe e às pessoas a minha volta. O mestre Thiago Vianna sempre nos incentiva em nossa jornada, aconselha, acredita e luta por nós. Assim como os outros professores da academia, ele procura fazer tudo que estiver a seu alcance para nos ajudar. Recebo também muito apoio da família e amigos, que estão sempre tentando ajudar de alguma maneira, seja com doações, auxiliando na busca de patrocinadores ou até mesmo com palavras de apoio. Em especial, minha esposa, que é igualmente responsável pelas minhas conquistas, ela sempre me apoia e me ajuda nos treinos e campeonatos. Há também a parte profissional, na empresa onde trabalho, eles me ajudam muito, por muitas vezes me deram oportunidades como troca de horários, entre outras coisas, para eu poder me preparar para os campeonatos e assuntos relacionados. Como pode ver, eu nunca pensaria em desistir, não somente por mim, mas por todos aqueles que de alguma forma estão envolvidos no meu trajeto.

O que o kickboxing te ensinou?
José: Posso dizer que tanto o Kickboxing quanto a equipe a qual represento, me ensinaram muitas coisas. Respeito, admiração ao próximo, confiança, espírito de equipe, formação de caráter e a não desistir mediante as dificuldades. Em especial, uma das palavras que mais escutamos é a humildade, que é empregada em diversas situações, como no momento em que você ensina um aluno novo, agradece o seu adversário pelo combate, o cumprimento ao tatame, agradece seu mestre por ter acreditado em você, ganhando ou perdendo.

Quais são os seus sonhos e objetivos para o futuro no que diz respeito ao esporte?
José: Eu estou me dedicando bastante para os dois próximos eventos, a Copa Brasil e o Campeonato Pan-americano, darei o meu melhor para trazer mais alguns títulos para nossa cidade e para a equipe. Em seguida, é voltar o foco e a preparação para o ano que vem, onde os campeonatos se iniciam novamente. A longo prazo, pretendo conquistar a graduação necessária para poder lecionar, pois admiro demais nossos mestres na academia e todo o carinho e dedicação que eles têm por nós alunos, me cativa a querer fazer o mesmo por outras pessoas.

Existe alguma maneira da população apoiar o esporte e te apoiar? Qual?
José: Com certeza. Como eu já disse anteriormente, a maior dificuldade acaba sendo a parte financeira. Eu falo não só por mim, mas também pelos outros atletas da academia que competem, nós precisamos muito de apoio. Patrocínio de qualquer tipo será uma ajuda muito bem-vinda. Eu consegui alguns patrocinadores, como a empresa Baurumix, o site Terminal de Informação e a loja 3D Sport Suplementos. Infelizmente, por se tratar de um montante muito alto, ainda não tenho o valor total para o campeonato, por isso continuamos atrás de empresas que acreditam no papel importante que o esporte desempenha na sociedade.

Para quem quiser ajudar o atleta bauruense, o contato pode ser feito pelo próprio celular de José Augusto: (14) 988024495. A Academia de Kickboxing Thiago Vianna fica na Rua Amazonas, 3-43, Jardim Paulistano.

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