Carol Bataier, que atua como jornalista em Bauru, é daquelas que amam um projeto novo. Para ela, poder exercitar o dom da escrita é sempre um prazer – por mais complicada que esteja a agenda. E, assim, ela entrega seu talento para mais uma empreitada, o projeto Conntinuum. O projeto é formado por Gustavo William, que é analista de sistemas; Osni Junior, analista de TI; Diego Cardoso, dublador e dramaturgo; e Pedro Alcântara, dublador e diretor de dublagem. Juntos, eles dão voz a contos de temas variados, enaltecendo a literatura.

Nós batemos um papo com os integrantes, que comentaram ainda mais sobre o projeto. Veja só:

Carol, você já conhecia o Junior, que criou o projeto? Ficou surpresa com o convite? Até porque dois são dubladores e você nunca fez nada semelhante, né?

Carol: Eu não conheço pessoalmente nenhum dos outros participantes! (risos). Quem me convidou foi o Gustavo. Nós nos conhecemos pelo Twitter, eu uso essa rede faz bastante tempo e, por lá, divulgo os textos que escrevo. E, uma vez, fiz um vídeo com o texto de um escritor chamado Gabito Nunes. Fiz a narração, captei umas imagens com celular e editei. Mandei o link no Twitter e o Gustavo me chamou pra entrar no projeto depois de ver esse vídeo, com a intenção de que eu possa colaborar tanto com textos quanto, eventualmente, com narrações. Eu fiquei bem feliz, sim, porque eu gosto demais de contar histórias, gosto de escrever e explorar novas possibilidades, como a narração. E, todos ali são muito bons, seja nas escritas ou nas narrações. Então, dá um orgulho, sim. Antes de entrar para o projeto, eu já tinha enviado um conto para narração. Mas o convite para integrar a equipe foi sim, de certa forma, uma surpresa.

E como funciona? Qual o objetivo do projeto?

Junior: Nós escrevemos por diversão e por que gostamos. Particularmente, eu acho muito divertido escrever essas historinhas e dar vida a personagens e situações. Acho que o objetivo é compartilhar essa diversão com o pessoal que acompanha nosso trabalho.
Carol: Para mim, o objetivo principal é trabalhar minha criatividade e me divertir.
Diego: Para mim, é um projeto que me contempla em muitos sentidos. Como ator dublador, é uma chance de exercitar minhas habilidades com narração e uso da voz; como dramaturgo, me permite praticar a escrita para outra mídia, experimentar ideias e me divertir muito. Além disso, sempre adorei podcasts e fico muito feliz de poder contribuir para o avanço do formato.
Pedro: No Conntinuum, criamos um tipo de conteúdo que normalmente pode ser ouvido em pouco tempo, já que as edições raramente passam dos 20 minutos, e que permite que a pessoa viaje e fuja da realidade, mesmo que os temas e estilos de histórias variem bastante. Então, podemos dizer que o objetivo é oferecer um conteúdo de entretenimento de qualidade que também seja de fácil acesso a quem não está familiarizado com podcasts em geral.

O projeto tem a intenção de ser comercial? Há algum retorno financeiro ou é um hobby?

Carol: Pra mim, e acredito que para todos os integrantes, é um hobby. Claro que se um dia houver retorno financeiro, não vamos reclamar. (risos) Mas, para mim, é uma forma de exercitar meu lado criativo e manter o envolvimento com uma atividade que me dá prazer.

Como vocês escolhem os contos?

Carol: Os contos têm, quase sempre, um ar de fantasia, às vezes de surreal. Mas não existe um critério estabelecido. Somos livres para criar. Nos outros projetos que faço parte, eu escrevo normalmente crônicas. O legal do Conntinuum pra mim é isto: aqui, treino minha escrita em contos.
Junior: Eu percebo que cada um da equipe tem um estilo diferente. Por exemplo, eu geralmente escrevo coisas que parecem sonhos – você acompanha o “meio da história”. Eu sinto que a Carol faz um estilo mais intimista e carregado de sentimento, Pedro tem os dois pés enterrados na ficção científica e o Diego acabou de escrever seu primeiro conto, que tem uma mistura de todos os estilos. Critério, mesmo, acho que é só o fato de evitar textos com conteúdo erótico ou algo assim.
Pedro: Sempre escolhemos gravar os contos que nos divertem, emocionam ou nos tocam de alguma forma. É muito mais fácil pro público gostar se a gente também curtir o que fizermos.

E como está sendo a recepção das pessoas? O que elas tem te falado? (eu, particularmente, adorei o projeto!)

Carol: Ah! Tem sido muito legal. Eu acho lindo quando as pessoas comentam. Quando publicamos a página do Facebook, no dia seguinte um colega de trabalho me contou que a companheira dele (tenho ela no Facebook e ela passou a curtir a página quando enviei o convite) ouviu 5 episódios em um dia. Eu fiquei muito feliz! Acho que todo mundo gosta de ouvir histórias, né? Então, é um projeto que tem uma aceitação boa. Que bom que você gosta também!

Carol, você já era adepta de algum projeto semelhante ou acompanha podcast? Fazer tarefas ouvindo algum conteúdo é algo comum na sua rotina?

Carol: Eu e o Gabriel Duarte, jornalista e meu amigo, tínhamos o projeto Isto é água, que é de textos poéticos narrados e editados em vídeo. Fizemos alguns, mas ficou parado por falta de organização nossa e também falta de tempo. Editar vídeo dá trabalho! Antes disso, fiz também alguns vídeos com narração para o Grão de Fato, blog para o qual colaborei uns anos atrás. Eu estou sempre envolvida com trabalhos relacionados à poesia, contos e criatividade. Eu adoro me envolver em projetos! (risos). Trabalho ouvindo aquelas trilhas sonoras de mantras e sons para concentração, sabe? Sou muito dispersa e isso me ajuda! Gosto de ouvir podcasts quando tenho a atenção toda dedicada a eles. Mas confesso que não costumava ouvir esse tipo de gravação, isso se intensificou com o Conntinuum. Mesmo fazendo parte do projeto, eu me surpreendo com as gravações dos outros integrantes.

E para você, como está sendo a experiência?

Carol: Tem sido muito legal. É divertido. Uns dias atrás, fiz minha primeira gravação. Estava insegura, mas depois da edição ouvi e fiquei surpresa. É legal também para perceber onde posso melhorar. Mas, de modo geral, é tudo bem divertido! E acaba sendo um estímulo para que eu continue escrevendo, pensando em novas histórias…

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