Jogar um Lolzinho ou um CS é bom demais. E quem nunca se sentiu um verdadeiro jogador profissional durante as partidas? Contudo, a realidade de um jogador profissional é bem diferente. Assim como qualquer esportista, é necessário muito treino e dedicação.

E ainda que os e-sports (esportes virtuais) estejam ganhando força no Brasil, as universidades se mostram um local de ainda mais apoio a essas modalidades. Aqui em Bauru, os Texugods são um time de League of Legends e Counter Strike: Global Offensive da Unesp, criados em 2017 para disputar a primeira edição da Copa LIEU (campeonato do InterUnesp).

Ao todo, são 23 pessoas no Texugods e hoje, o time se encontra no TOP 8 do TUES (Torneio Universitário de e-Sports). Conversamos com a equipe, que contou um pouco sobre a preparação do time, as dificuldades e o mercado dos e-Sports no Brasil e na região. Confira:

– Como surgiu a ideia de criar a equipe aqui na Unesp?

A ideia de criar o time originalmente surgiu da necessidade do campus de Bauru ter uma equipe para disputar a copa LIEU. Mas, conforme as ideias e diretrizes foram estruturadas, começamos a almejar ser um time “alto nível” no cenário universitário. Identificamos que no nosso campus contava com muitos jogadores, e enxergamos
a necessidade de ter uma organização para treiná-los para uma alta performance e conseguir bater de frente com os principais times do cenário.

– Muitos ainda acham que os e-Sports são apenas entretenimento, mas como realmente é o processo de preparação? Você fazem treinamento? Como é?

A principal diferença entre uma performance profissional e entretenimento está na seriedade e esforços. Nós temos uma rotina de treino, buscamos partidas amistosas contra outros times do cenário e também times amadores aspirantes a profissionais, para praticarmos contra jogadores do mesmo nível. No treinamento, testamos diversas estratégias e composições. Também procuramos sempre estudar os oponentes e possíveis oponentes dos torneios seguintes, para analisar e estudar o seu estilo de jogo, trazendo uma resposta adequada para cada time enfrentado.

– Rola aquele nervosismo quando vocês vão competir? Como lidam com isso?

R: Sempre rola um pouco, não tem como né? Principalmente porque costumamos enfrentar oponentes muito fortes. Nós sempre entramos com a mentalidade de que temos potencial
para enfrentá-los no mesmo nível, e mantendo o foco nas táticas estudadas e ensaiadas antes do jogo.

– E qual é a sensação quando você estão jogando?

A sensação é a de estar muito vivo, pois é um momento que estamos muito atentos naquilo que estamos fazendo. Cada clique, cada tomada de decisão e cada jogada podem definir o rumo inteiro de um jogo. Jogamos com times muito bons e experientes, que sabem  aproveitar cada erro e passo em falso nosso, então a tensão e a adrenalina tomam conta dos nossos corpos e mentes durante a partida, pois é o momento de estarmos 100% focados.
Criamos um sentimento muito forte de confiança e cumplicidade com os companheiros de equipe, pois assim como em todos os esportes, não apenas nos eletrônicos, o campo é um ambiente muito hostil, então também acabamos reforçando muito essa parceria nesses momentos.

texugods

– Para vocês qual a importância de estimular os e-Sports desde o universo acadêmico?

É importante que hajam iniciativas de esportes eletrônicos principalmente para acolher um público órfão deste tipo de entretenimento, e que está buscando uma maior imersão neste cenário. Quando ingressamos na universidade, somos apresentados a diversos eventos de jogos universitários, que contém diversas modalidades esportivas, mas não existia até então uma identificação por parte do público de e-Sports. Nós mesmos só descobrimos o tamanho do cenário gamer nas universidades quando participamos da fase presencial da LUE (Liga Universitária de E-sports), em que tomamos conhecimento do tamanho da comunidade que compartilhava dos nossos interesses.

– O que é mais legal em fazer parte de uma equipe de eSports universitários?

Principalmente o networking. Por muito tempo os jogadores de jogos eletrônicos foram taxados como nerds, alvos de chacotas e etc. É muito bom conhecer um meio com tantas pessoas que são apaixonadas por e-Sports e tem um nível de habilidade e conhecimento tão aprofundados quanto os nossos. É uma quebra de estereótipos, porque temos um preconceito de que os gamers são antissociais e retraídos, mas no cenário conhecemos pessoas super simpáticas, solícitas e que também adoram aquela balburdiazinha que todo universitário curte!

Para acompanhar os Texugods, basta segue a página do Facebook ou Instagram.

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