Agulha de sutura, pasta de amendoim e até mesmo roda de helicóptero (sim, helicóptero tem rodas). Esses são alguns dos itens que Daniel Robson Gonçalves, de 48 anos, também conhecido como Alteron, já fotografou ao longo de mais de 20 anos de carreira. 

Os motivos decorrem do tipo de registro que o jauense realiza: a fotografia publicitária, ramo que foi guiado por conta da demanda. Nessa área, Daniel tem como especialidade os registros gastronômicos e, principalmente, a macrofotografia – seção da fotografia que captura, com detalhes e nitidez, pequenos objetos e seres vivos, muitas vezes invisíveis a olho nu.

“A macrofotografia é um desafio. Por exemplo, tenho que tirar foto da agulha de sutura, que é milimétrica, e deixar claro que ali há um lugar para colocar a linha, um lugar microscópico. Eu uso uma série de equipamentos para fazer vários registros e fazer um empilhamento dessas imagens, uma sequência de 50 fotos para resultar em apenas uma final”, afirma Alteron. 

Daniel aponta para fotografia de agulha de sutura

Meus amigos me chamam de ‘MacGyver da fotografia’ [risos] porque meus serviços são solicitados para fazer aquela foto que normalmente o pessoal não consegue. A ideia é ajudar empresas e agências que, às vezes, tem alguém passando dificuldade para fazer uma foto de brinco, joia ou agulha, com nitidez, sabe? Eu faço. Sou um fotógrafo que faço de tudo [no ramo publicitário], mas tenho essas especialidades”, complementa. 

Daniel começou na fotografia aos 17 anos, em 1990, quando comprou a primeira câmera, uma Zenit analógica. Teve como mentor Vicente João Pedro, fotógrafo artístico de reconhecimento internacional, e passou por diversos tipos de fotografia, desde registros de casamento até festinhas juninas de escola. Todavia, a macrofotografia entrou na vida do profissional durante a graduação em biologia, por volta de 1999, quando Daniel passou a tirar fotos de pequenos seres vivos.

“Na época de faculdade, eu fazia macrofotografia analógica, manipulando o negativo. Eu fazia um ‘sanduíche’ com os negativos e fazia a sobreposição de partes nítidas. No ramo publicitário, o primeiro trabalho que fiz envolvendo macrofotografia foi para uma joalheria que tinha que mostrar a gravação em uma peça pequena. Nisso, na hora veio a época da faculdade, onde fazia fotos de órgão reprodutor da flor, folhas e etc”, conta. 

Independente da macrofotografia, o modo de trabalho de Daniel inclui a observação do briefing do cliente,  análise da demanda e proposta de roteiro e produção. 

“Tenho estúdio próprio fixo e portátil, equipamentos e softwares de última geração e sempre atualizados. Possuo desde color-checker para gestão de integridade de cores, até câmeras e iluminação mais recentes”, explica.

Parte do estúdio de fotografia de Daniel

Especialista em fotografia de culinária

A segunda especialidade de Alteron fica com a fotografia de culinária, segmento também conhecido como ‘Food stylist’, em tradução livre: ‘estilista de comida’. 

Nesse ramo, o profissional busca valorizar a coloração e textura dos pratos com intuito de deixá-los mais atrativos ao cliente final, que escolherá (ou não) o alimento por meio do que vê.

Fatias flutuantes de um hambúrguer, bebida gelada ‘transpirando’, convidando o espectador para um gole, e comidas atrativas caindo no ‘splash’ ou em uma grelha (que parece estar quente) estão no rol de composições que Daniel produz. 

“A ‘gambiarra’ que a gente faz para tirar foto de comida não está escrito [risos]. Pra fazer o queimado da carne é de um jeito, o queijo tem que estar de uma maneira que dê para identificar que trata-se de um queijo, mas não pode estar muito derretido se não fica estranho. A cebola em hambúrgueres, por exemplo, não vem crua. Mas se eu frito e coloco no lanche, ela parece uma gosma amarela. Não é cativante para quem está vendo e não comunica muito bem que aquela ‘gosma amarela’ é a cebola. Tudo isso tem que ser pensado no momento da produção”, explica sobre algumas técnicas. 

Daniel fica responsável pelo antes, durante e depois da produção das imagens, que envolve desde iluminação adequada para cada tipo de bebida ou prato até o modo que a composição da fotografia se comunicará por si só. 

Aulas de fotografia no Senac

Lecionar agrega ao currículo de Daniel, que há 12 anos entrou para o corpo docente do Senac de Jaú, local em que ensina sobre fotografia, marketing e publicidade, sendo essa última a área que graduou-se na Universidade do Sagrado Coração (USC), atual Unisagrado em Bauru.

“Por dar aula, a gente aprende muito mais do que fazendo cursos. É muito bacana. Eu gosto de ensinar e me abre portas. Eu crio muito e aprendo ao lado dos alunos e isso me gera uma ampla bagagem fotográfica”, finaliza. 

Daniel segura itens utilizados na produção das fotografias

Além das aulas, Daniel toca o estúdio em Jaú, onde atende clientes do Brasil inteiro (que enviam os produtos até ele) e já teve experiência com a própria agência de publicidade, que deixou de lado para dedicar-se a outras áreas da licenciatura e trabalhos pessoais. 

Serviço

Alteron Fotografias Publicitárias
Horário de atendimento:
Endereço: Rua Riachuelo, 276 (Ramal 34) – Centro de Jaú/SP 
Contato: (14) 98111 3329
E-mail: [email protected]
Instagram: @alteron.photos
Site: www.alteron.com.br

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