Diz-se que a torcida é a camisa doze de qualquer time. Você duvida? Então, preste atenção quando você estiver assistindo um jogo de futebol pela televisão.

O grito da torcida embala a narração do jornalista, as cores das camisas pintam o estádio e a animação leva o time para frente.

E se é emocionante só de olhar pela televisão, estar presente no meio da torcida é ainda mais legal! Corinthiana de nascimento, eu já pude sentir a sensação de assistir um jogo do meu time pertinho da torcida.

Abraçar pessoas que você nem conhece na comemoração de um gol, cantar as músicas e pular muito! As torcidas organizadas são muito mais do que um preconceito criado por casos isolados de violência.

Para confirmar isso, vamos te apresentar duas torcidas organizadas de Bauru, dos times paulistas que tem a maior rivalidade do futebol: Corinthians e Palmeiras.

Irmã mais nova

Não é de hoje que a torcida Mancha Verde canta o nome do Palmeiras a cada jogo que o time disputa. Eles estão levantando as bandeiras verde e branca desde 1983.

Aqui em Bauru, a Mancha também tem sua sede, contudo, em maio de 2017, o time paulistano ganhou mais uma torcida organizada: o Acadêmicos de Savóia, que hoje conta com mais de 80 membros.

O nome tem referência à academia dos anos 60 e 70 do Palmeiras. Além disso, o Savóia vem da Cruz de Savóia, símbolo da antiga casa real italiana e que faz parte do símbolo tradicional do time.

Ainda que a torcida não seja ligada à Mancha, o organizador da Acadêmicos afirma: “somos uma família em prol do Palmeiras!”.

Uma história para lá de macabra

Assim como a Acadêmicos, outra torcida organizada aqui de Bauru foi criada com objetivo de unir os torcedores, independente das grandes torcidas.

Sem relação com a Gaviões da Fiel, a Fiel Macabra, maior torcida do interior, foi criada em 10 de abril de 1993 com um único objetivo: torcer pelo Corinthians!

“A fiel nasceu e cresceu no interior. A única ligação que temos com as torcidas da capital é a amizade, contudo, nossa conduta, que chamamos de ideologia, não difere muito das organizadas”, explica Mário Boss, responsável pela divulgação da Fiel Macabra.

Com um total de 2.900 associados, a Macabra leva o seu nome devido ao período da história em que as torcidas organizadas da capital viviam em um verdeiro pé de guerra. “Diziam, na época, que a situação estava macabra. Daí o nome”, explica Mário.

Hoje, a torcida bauruense faz caravanas para todos os jogos do Corinthians, mas eles também organizam ações sociais como Festas Juninas, doações de sangue, Dia das Crianças, campanha do agasalho, campanha do leite e outras eventos beneficentes.

Chega de preconceito

Apesar de tudo, a imagem das torcidas organizadas ainda são ligadas aos atos de violência e depredação, mas não é bem assim: casos envolvendo algumas pessoas não definem um grupo inteiro!

“O preconceito vem de quem nunca participou de uma torcida organizada. Acredito que isso se deve às notícias difundidas nos meios de comunicação visando o lado ruim das torcidas. É isso que dá audiência. Na minha opinião,
os maiores culpados são alguns membros de torcidas que saem para brigar. Mudar isso é difícil, porque a violência já está instalada em todos os setores. O trabalho que vem sendo feito pelo Ministério Público, pela Polícia Militar e por outros órgãos junto às torcidas tem sido importante e vem diminuindo os números da violência”, explica o membro da Fiel Macabra.

É importante lembrar que a maioria das pessoas que estão nas torcidas organizadas querem se unir por algo que gostam e se divertir.

“As torcidas organizadas são importantes para sua comunidade fazendo ações sociais e, principalmente, nas arquibancadas fazendo a festa que nós conhecemos”, explica a organização do Acadêmicos de Savóia.

Palmeiras, Corinthias, São Paulo, Flamengo… não importa o time! O que importa é torcer pra quem gosta e não deixar a festa acabar!

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